Mais um passo dado pela estilista britânica Stella McCartney para tornar a indústria da moda mais eco consciente. Há 20 anos, a estilista traz consciência para a indústria da moda, e se tornou a primeira casa de luxo a não usar peles, couro ou penas em suas peças. Dessa vez a estilista integrada-se à empresa americana Protein Evolution, essa que possui um processo patenteado concebido para resolver um dos maiores problemas do setor da moda que é a reciclagem das fibras mistas utilizadas nos produtos da moda moderna.
O objetivo das duas empresas é investigar e desenvolver em utilizar a tecnologia baseada em enzimas da Protein Evolution em reciclar e dar nova vida aos tecidos sintéticos como também outros resíduos plásticos, de forma que seja de baixas emissões de carbono, tornando a criação de fibras que sejam “boas como novas”. As empresas de moda que buscam ser mais ansiosas em suas produções, encontram dificuldades na reciclagem de fibras mistas, o que são uma das questões mais importantes nesse meio. E essa é justamente a atenção que essa paciente de duas grandes empresas trouxe, estando particularmente atenta aos resíduos tóxicos mistos, que inclui o poliéster e o nylon. A partir do próximo ano, fica de responsabilidade da Protein Evolution processar os restos de tecido de nylon e poliéster das coleções de Stella McCarteney para a criação de novas fibras. Junto a McCarteney, seus fornecedores trabalharão com o negócio em novas utilizações potenciais para as fibras em suas peças e outros produtos renováveis.
Stella McCarteney realiza parceria com Protein Evolution (Fot:Reprodução/Instagram) Em declaração, Scott Stankey afirmou “O nosso processo de reciclagem biológica patenteado permite esforços de circularidade em toda a indústria têxtil. Através da parceria com Stella McCartney, somos capazes de testar a nossa plataforma num ambiente real e aprender coletivamente a integrar sem problemas a nossa tecnologia nos processos de fabricação existentes”, disse o cofundador e diretor de tecnologia da Protein Evolution. A indústria da moda representa até 10% da produção global de dióxido de carbono e menos de 1% dos vestuários recolhidos para reciclagem são transformados em novas peças de vestuários em novo têxtil. McCartney ainda relembra o peso causado pela moda rápida no meio ambiente: “A quantidade de moda rápida produzida que depois seus destinos são aterros e grandes lixões, é impressionante chocante, tanto dos recursos naturais utilizados, como da enorme quantidade desperdiçada. Esperamos ser pioneiros num novo tipo de poliéster a partir de matérias antigas. Estabelecer objetivos climáticos é uma coisa, dar passos inspirados rumo a um futuro mais sustentável é o que realmente importa”, declarou a estilista. Foto Reprodução: Desfile Stella McCartney:Reprodução/Instagram