Nesta sexta-feira (29), David Leigh-Pemberton, que é o chefe de política e engajamento do British Fashion Council, usou suas redes sociais para anunciar que o uso de pele de animais exóticos para a confecção de roupas e acessórios de luxo está proibido nos desfiles da London Fashion Week.
Uma decisão louvável
Através do seu perfil no LinkedIn, David declarou que marcas que utilizem tais matérias-primas para a fabricação de suas peças não serão apresentadas nas passarelas da Semana de Moda de Londres. Ele aproveitou para pedir aos designers que respeitassem essas condições caso queiram participar do evento.
Alguns internautas deixaram comentários positivos e agradecidos sobre a decisão, admirando a transparência do responsável pelo evento ao abordar o assunto. “Proibir peles de animais selvagens na LFW é um marco muito importante na jornada para a moda sem vida selvagem. Obrigado a você e ao BFC por dar esse passo incrível para os animais selvagens”, comentou uma internauta.
Com esta declaração, Londres se torna a primeira cidade da Fashion Week a proibir o uso de peles, que, apesar de estar banido desde 2018, ainda permitia o uso de couro de cobras e crocodilos. Agora, a British Fashion Council também está refletindo sobre o uso das penas de pássaros, que ainda é permitido.
Publicação de David Leigh-Pemberton no LinkedIn (Foto: reprodução/Linkedin/David Leigh-Pemberton)
Ativistas de direitos dos animais
A decisão foi muito bem recebida pelo PETA, uma organização que defende os direitos dos animais. Eles usaram o X para agradecer pelo anúncio, incentivando que outras cidades, como Milão e Paris, deem o mesmo passo à frente que Londres.
Na última Semana de Moda em Paris, ativistas da PETA chegaram com cartazes sobre o uso de peles de cobras e crocodilos na confecção de produtos da marca Hermès, cujo desfile acabou sendo interrompido.
Um dos produtos da Hermès que já foi envolvido em polêmicas foi a bolsa Birkin, feita à mão com o uso de couro natural. Apenas alguns clientes que eram fiéis à marca poderiam adquirir a icônica bolsa, cujos valores podem variar de R$ 50 mil a R$ 5 milhões. A marca foi processada por alguns clientes que afirmaram não ter conseguido adquirir a bolsa, mesmo já tendo gastado milhões nas lojas da Hermès.
Foto destaque: bolsa Birkin da Hérmes (Reprodução/Edward Berthelot/Getty Images Embed)