Moda

Fabricantes chineses colocam em xeque a origem das bolsas de grife

Vídeos de fabricantes chineses revelam que bolsas de luxo eram feitas na China com selo europeu, questionando a origem e transparência das marcas como Hermès 

15 Abr 2025 - 13h58 | Atualizado em 15 Abr 2025 - 13h58
Fabricantes chineses colocam em xeque a origem das bolsas de grife Lorena Bueri

Nas últimas semanas tem viralizado vídeos nas redes sociais de fabricantes chineses revelando que bolsas de grife, como as famosas Birkins da Hermès, seriam produzidas na China por valores em torno de R$ 8.000 e, posteriormente, receberam selos dos países em questão para serem vendidas por mais de R$ 200.000 nas lojas oficiais. A denúncia gerou questionamentos sobre a real origem desses produtos e abalou a confiança de muitos consumidores sobre a autenticidade e exclusividade, como a da Hermès.

Chineses colocam a acusação à prova

A Hermès, conhecida por sua produção artesanal e exclusividade, sempre defendeu que suas bolsas são feitas na França por artesãos altamente qualificados, que levaram anos para dominar a técnica. Cada peça, segundo a marca, é produzida por um único artesão do início ao fim, garantindo a qualidade e a singularidade do item. A marca também afirma que o couro utilizado vem de fazendas próprias e que os metais são desenvolvidos somente para suas coleções, e a maioria de seus posts no Instagram é sobre como as peças são feitas à mão.


Matérias e criação de bolsa Hermès (Foto: reprodução/Instagram/@Hermès)


No entanto, na última semana, alegações vindas de um empresário chines, conhecido por Sen Bags e famoso por suas fabricações impressionantes de bolsas de marcas, apontam para uma prática preocupante, pois segundo ele parte do processo de fabricação poderia estar sendo terceirizado para ateliês asiáticos algo que, apesar de não ser ilegal, levanta discussões éticas e comerciais, sobretudo quando o selo de origem é parte central da identidade da marca. Vale lembrar também que essa discussão começou a ser levantada agora pelo país asiático, depois do desentendimento com os EUA sobre as taxas de importação exorbitantes para ambos os países.


Sen Bags explicando sobre fabricação da Birking e valor (Video: reprodução/Instagram/@senbags)


O selo “Made in” e o marketing do prestígio

A legislação da União Europeia permite que produtos recebam o selo de um país, mesmo que nem 100% da produção seja do local, basta que o “último processo substancial” seja feito naquele país. Isso abre margem para que empresas fabriquem partes de seus produtos em outros países, como a China, e apenas finalizem na Europa, mantendo o selo europeu.

Embora isso não viole leis, fere o sentimento de autenticidade que muitos clientes veem em grifes de luxo, já que vendem esse estilo de vida, bolsas como a birkin, por exemplo, tem uma lista de espera para se conseguir, pois segundo a maison, são poucas fabricações, e isso as fazem únicas.

Foto Destaque: bolsas Birkins Hermès (Reprodução/Instagram/@hermes)

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