Moda

Desfile de verão 2024: alta-costura da Dior protagoniza o tecido moiré

A diretora Criativa Maria Grazia Chiuri no desfile de verão da alta-costura da Dior, se inspira no vestido criado pelo fundador utilizando referencia em diversas peças, com o tecido moiré

24 Jan 2024 - 14h56 | Atualizado em 24 Jan 2024 - 14h56
Desfile de verão 2024: alta-costura da Dior protagoniza o tecido moiré Lorena Bueri

Abertura da Dior foi com sua a diretora criativa da Maison, Maria Grazia Chiuri, trazendo um seguimento de looks na cor clássica do trench coat. O desfile de alta-costura aconteceu nesta segunda-feira (22), sendo marcado pelo aniversário do estilista que transformou as silhuetas femininas, seu legado foi marcado pela exploração de diferentes tipos de tecidos, Christian Dior, completando agora 119 anos desde o seu nascimento.

Sobre o desfile da Dior

Apresentação da Dior foi no jardim do Museu Rodin, onde tradicionalmente ocorrem seus desfiles. A artista italiana de 93 anos, Isabella Ducrot, por convite da designer Maria Grazia Chiuri, trouxe seus 23 modelos decorando a parede dos cenários, obra “Big Aura” elaborada por vestidos oversized, com estampa listrada irregularmente nas cores preto e branco, observam-se os desenhos de vestidos dos sultões otomanos que Isabella estudou, trazendo significância para o poder que ultrapassa o corpo.



Inspirada pelo “Big Aura” que Maria Grazia Chiuri, deu início a criação de sua nova coleção Couture, onde o tecido ondulado e brilhante, tradicional da Ásia Central, o moiré foi a estrela principal.  A diretora criativa conta momentos antes do desfile em suas redes sociais que foi cativada “por sua aura luminosa”. Além disso, o novo desfile da Dior, que foi focado em Haute Couture: o tecido, foi agregado também à filosofia de Walter Benjamin, que falava sobre a experiência está próxima a uma obra de arte traz consigo uma sensação mística e sagrada.

A trilha sonora resultante do encontro especial entre Björk e Rosalía vai além de um simples plano de fundo, pois também representa concisamente do que é visto na passarela: duas artistas abordando o mesmo tema, mostrando o autentico e o único de uma obra de arte, embora cada uma a sua própria maneira.

Na passarela, o vestido La Cígale

Christian Dior criou o desenho para a coleção de inverno de 1952, foi apresentada refeito em variadas formas como calças, saias, casacos e jaquetas, em diferentes tons, como por exemplo, dourado, branco, cinzento, bordô, verde, todos eles feitos em tecido moiré.


O vestido La Cígale, da coleção de inverno 1952 da Dior (Foto:reprodução/ Elle)


Uma curiosidade interessante e não coincidente sobre o vestido de 1952 é que ele simboliza uma mudança sutil no estilo de Christian Dior. Até aquele momento, a maison era reconhecida pelos seus vestidos florais para mulheres, que eram delicados, suaves e pareciam fluir naturalmente com o corpo. No entanto, o vestido La Cígale introduziu uma nova estética de geometria e robustez, que trouxe uma perspectiva diferente para a imagem de feminilidade associada à marca.

 

Foto destaque: Dior Alta-Costura  Verão 2024 (reprodução/Launchmetrics Spotlight/Vogue Brasil)

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