Talvez você não esteja familiar com o termo, mas tenho certeza de que você conhece o estilo preppy. Em alta novamente, graças ao Tik Tok e à geração Z, o estilo preppy nasceu em meados da década de 70, tornando-se popular em suma entre jovens sortudos o suficiente para nascerem em famílias bem afortunadas e abençoadas pelo capitalismo. “Preppy”, em inglês, é uma abreviação para a palavra “preparatório”, sendo uma referência às escolas particulares e ridiculamente caras especialmente ao norte dos Estados Unidos que, obviamente, eram frequentadas pela elite americana.
Coleção Verão 2020 de Tommy Hilfiger (Foto: Reprodução/Vogue)
Mais do que uma forma de se vestir, englobava um estilo de vida envolto a um alto nível social e econômico, tal como um vocabulário rebuscado, priorizando, assim, um modo de vida extravagante, de valorização do status, reputação da família e lugares frequentados, assim como o orgulho pela instituição de ensino e esportes praticados. Presente na cultura pop, a moda preppy é agregada a personagens fictícios icônicos e fashionistas dos cinemas e seriados, por exemplo, Blair Waldorf, de Gossip Girl, interpretada por Leighton Meester, e Cher Horowitz, de As Patricinhas de Beverly Hills, com Alicia Silverstone no papel.
Cena do filme As Patricinhas de Beverly Hills (Foto: Reprodução/ Steal the Look)
O estilo preppy faz uma salada mista com o retrô e o estilo colegial. Saias plissadas, as mais variadas estampas xadrez, golas altas, camisas polo, mocassim, meias brancas à mostra, cardigans de tricô, boinas, calças e shorts de alfaiataria – tudo isso (e mais) consagraram o preppy aos mauricinhos estadunidenses. Por ser um movimento quase que inteiramente branco e completamente burguês, essa moda foi amplamente questionada no passado sobre o que ela representa.
Como a moda é um movimento eterno e tende a adaptar o passado ao presente, o preppy voltou à sua popularidade especialmente aos criadores de conteúdo do Tik Tok, e está centralizado na geração Z. Além disso, a disseminação do estilo no contexto atual fez com que ele se tornasse infinitamente mais acessível no Brasil, sem carregar tanta bagagem cultural como quando seu primeiro estouro.
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A marca Tommy Hilfiger, assim como outras do mercado da moda, que são conhecidas por esse estilo que remete à elite burguesa, tem repaginado suas coleções. Os figurinos tentam dialogar cada vez mais com o streetwear, levantando também questões contemporâneas socioculturais que não tinham espaço para discussão no passado.
Foto Destaque: Cena de Gossip Girl com a personagem Blair Waldorf. Reprodução/Grazia Magazine.