A maior semana de moda do Brasil, o São Paulo Fashion Week, começará na próxima terça-feira (16) e irá até o dia 20 de novembro no Pavilhão das Culturas Brasileiras, Parque do Ibirapuera. Além de contar com diversos desfiles em formato phygital - presencial e online - o evento também será cenário para estrear outras 8 marcas. Sendo elas: Bispo dos Anjos, Bold Strap, Depedro, Fauve, Baška, Mnisis, Corcel, e Von Trapp. Conheça a seguir o conceito de cada uma:
Bispo dos Anjos:
(Foto: Reprodução/Instagram)
Hudson Bispo dos Anjos, criador da marca, começou a idealizar seu projeto ainda na faculdade, quando cursava moda na Santa Marcelina. Seu propósito principal era desenvolver roupas que fosse agênero. Desde 2013 ele vem lutando por seu espaço e também para que sua marca tivesse uma maior visibilidade. Felizmente, isso não demorou, diversas pessoas começaram a se interessar pela estética e se tornaram clientes. Para Hudson o importante é “eliminar os elementos que distinguem se uma roupa é feminina ou masculina''. Ao mesmo tempo, quer trazer na sua identidade visual uma concepção que já fez parte de outras produções masculinas, como os tecidos acetinados, as rendas e os saltos.
O diferencial de sua moda é que ele faz questão de utilizar apenas retalhos para produzir as suas peças, tornando-as únicas. Seu conceito também deriva das roupas de décadas passadas - sua maior inspiração - elemento que esteve presente na sua nova coleção, cheia de referências do século 17 e 19. A sensualidade também faz parte de sua essência, com peças que trazem referências das peças de lingeries e trajes de noite.
Bold Strap:
(Foto: Reprodução/Instagram)
Tudo começou em 2018, quando Peu Andrade, fundador da marca, encontrou uma falha no mercado da moda ao querer comprar uma cueca jockstrap. Ao procurar esse produto, o estilista não encontrava nada de boa qualidade e design. Como na época era um momento que diversas festas gays estavam surgindo e estava tendo uma maior procura nessa mercadoria, Andrade foi tentar por si reproduzí-la com sua essência. O resultado foi tão bem aceito que a marca desenvolveu um senso de comunidade com os clientes. Atualmente, a marca oferece uma variedade de produtos que inclui roupas, bijuterias e outros tipos de acessórios. A marca também traz um conceito mais inclusivo, abraçando todos os gêneros e sexualidades.
Depedro:
(Foto: Reprodução/Instagram)
Trazer de volta técnicas manuais que fazem parte de tradições, mas que estavam desaparecendo (como as rendas richelieu e renascença) foi o pontapé para que Marcus Figueirêdo começasse a Depedro em 2017. Ele resolveu então confeccionar algumas peças de roupa que trouxessem de volta essas tradições e ver se alguém se interessava. A resposta foi excelente e sua demanda foi bem melhor do que esperava. Desde então Figueirêdo vem trazendo oportunidades para as costureiras, e tenta fazer com que sua marca tenha um impacto social. Hoje sua assinatura já emprega mais 250 artesãos em cidades do sertão nordestino.
Fauve:
(Foto: Reprodução/Instagram)
Com o nome inspirado no movimento artístico fauvismo, arte relacionada à pintura, a etiqueta veio a ser fundada em 2019, fruto do seu trabalho de conclusão de curso em design de moda na UCS (Universidade de Caxias do Sul). No início sua marca era voltada para o streetwear, mas hoje ela já é direcionada para um conceito mais sofisticado, buscando se inserir no nicho high-end, com peças como conjuntinhos de tricô e alfaiataria. Sua vestimenta também traz um resgate cultural e de ancestralidade das suas raízes italianas.
Baška:
(Foto: Reprodução/Instagram)
Inaugurada em 2016, a etiqueta masculina tem como mercadoria principal camisas de linho e bermudas estampadas. A marca diz que futuramente pretende inserir em sua produção peças voltadas para mulheres, dado que mais da metade de seus clientes e seguidores são do público feminino. Um fato interessante é que o influenciador Carlinhos Maia tem uma parte da sociedade na marca.
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Mnisis:
(Foto: Reprodução/Instagram)
Marina Costa, fundadora da etiqueta, define Mnisis como "ironicamente lúdica”. Lançada em 2019, sua identidade é ressignificar lembranças e trazê-las para o futuro de maneira mais nostálgica. Sua vestimenta traz roupas com babados e recortes diferenciados em um esquema de cores laranja, rosa e tons pastéis. Marina também admira muito os trabalhos manuais e por isso trouxe para dentro de suas coleções.
Corcel:
(Foto: Reprodução/Instagram)
A marca Corcel, fundada em 2017 por Marília Estevam, é conhecida pelas suas botas e acessórios inspirados no universo da música rock e country. Cordas, laços, jaqueta, calça, bermuda e coletes ( todos com o material de couro) fazem parte da identidade visual das peças. “O nosso objetivo com todos os itens que criamos é que sejam neutros, no sentido que qualquer pessoa possa usar. Antes da Corcel, quando eu ia comprar sapato, eu sempre procurava na seção masculina, não entendia por que essa divisão existia. Por isso quando comecei o meu negócio fiz questão que nada tivesse rótulo, que tudo fosse livre, quem quiser usar, usa”, ela diz.
Von Trapp:
(Foto: Reprodução/Instagram)
Marcelo Von Trapp traz em sua etiqueta a tradição do métier, no qual defende a cultura do fazer roupas de maneira preservada e respeitosa, resgatando o manejo artesanal. Seu conceito é fazer uma mesclagem do tradicional com o moderno, literalmente um clássico fora de época.
(Foto destaque: São Paulo Fashion Week. Reprodução/agfotosite/Instagram)