O ex-BBB Felipe Prior, de 31 anos, após ser condenado em primeira instância a seis anos de prisão — em regime semiaberto — pelo crime de estupro, optou por mudar seus advogados contratando o escritório criminalista Kehdi Vieira Advogados na tentativa de reverter o quadro, assim terá Renato Stanziola Vieira e Rachel Lerner Amato compondo sua nova defesa.
No ano em que o arquiteto participou do Big Brother Brasil (2020) veio a tona as denúncias de estupro e de tentativa de estupro, sendo acusado por quatro mulheres — recentemente, uma delas concedeu entrevista exclusiva ao Fantástico e contou em detalhes seu caso.
Apelo de Felipe Prior a seus seguidores para que não atrapalhem a defesa com mensagens as advogadas das vítimas. (Vídeo: reprodução/Instagram/@felipeprior)
Detalhes da sentença
A sentença proferida pela 7ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo, no início do mês de julho, referente a um dos casos, traz a informação de que o crime cometido contra a vítima, também arquiteta, identificada por Themis e entrevistada pelo Fantástico, teria ocorrido em agosto de 2014 — como a mesma contou em entrevista — quando, depois de uma festa da InterFAU, na faculdade em que os dois estudavam, a garota teria “pegado” uma carona com Felipe Prior. Assim como relata também que o empresário teria se valido de força física ao cometer o ato sexual, usando de violência contra a vítima, ignorando seus apelos para que parasse. A arquiteta teria ido parar no hospital na manhã seguinte, acompanhada pela mãe, por conta dos machucados em seu corpo e por não conseguir estancar o sangramento vaginal.
A juíza Eliana Cassales Tosi Bastos, responsável pela sentença, afirmou que o prontuário médico da vítima daquela ocasião, que atesta laceração vaginal, prints de mensagens trocadas entre os dois, Themis e o réu, assim como os depoimentos da vítima, do acusado e de testemunhas, de defesa e de acusação, não deixam dúvidas quanto a existência do estupro.
Maira Pinheiro e Felipe Prior. (Foto: reprodução/Instagram/@advmaira/@felipeprior)
Outros casos de acusação
Outra vítima, que fez a denúncia de forma anônima no interior de São Paulo, afirmou que o fato teria ocorrido em 2018. Esta teria consentido com o ato sexual a princípio, mas depois, com a mudança de comportamento de Prior, por se tornar violento, “Chegou a me bater”, pediu-lhe que parasse, disse que não consentia mais, o que só fez torná-lo ainda mais agressivo.
Uma das advogadas da vítima, Maira Pinheiro, ressaltou a importância de se esclarecer a questão do consentimento, este que pode ser revogado a qualquer momento durante o ato, e que qualquer ato insistente que ocorra após o “não”, corrobora em crime, quando os advogados da defesa afirmaram não haver estupro por conta da vítima ter consentido no início.
Maira Pinheiro também comentou em entrevista que recebe ameaças dos apoiadores de Prior desde 2020, e que até sua filha, menor de idade, passa por esta situação nas redes sociais, com comentários agressivos, intensificados a cada atulização dos casos.
O ex-BBB, que responde a quatro processos da mesma natureza, crime de estupro, desde o início alegou inocência e segue da mesma forma. O outro caso ainda está em fase de investigação e ocorre em segredo de justiça.
Foto Destaque: Felipe Prior em festa de aniversário da ex-BBB Gabi Martins, em São Paulo. Reprodução/Leo Franco/Agnews.