Setembro Amarelo: o desafio de superar e garantir acesso à saúde mental pública no Brasil

O mês de setembro é marcado desde 2015 pela campanha brasileira de “Prevenção ao Suicídio”. O mês foi escolhido devido ao dia 10 de setembro ser, desde de 2003, o dia “Mundial de Prevenção ao Suicídio”.  Em entrevista à CNN, o presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria, Antônio Geraldo, destacou a persistência do estigma em torno das doenças psiquiátricas no Brasil: “O estigma é muito forte, não só sobre o suicídio, mas sobre as doenças psiquiátricas em geral”, destacou. 

Para superar o problema, Geraldo enfatizou a importância de abordar o tema de maneira aberta e franca. Ele destacou que a campanha Setembro Amarelo tem como objetivo mostrar que há saída para as situações de crise.

Segundo o especialista, a campanha ensina que há saída, que “os casos de sucesso são muito maiores”, mas lamentou que “não temos políticas públicas de saúde mental no Brasil.”

Desafios no acesso ao tratamento

Antônio Geraldo questionou a disponibilidade de serviços de saúde mental de qualidade no país, destacando a necessidade de uma rede ambulatorial eficiente. Ele perguntou: “Onde posso encontrar atendimento em 24 horas? Onde posso marcar uma consulta e ser atendido imediatamente?” e completou: “O que tem que ter para atender essa população é o sistema ambulatorial, para que possam ir ao médico e obter tratamento”.

A falta de medicamentos para o tratamento da depressão, disponíveis na rede de farmácias populares do país. Ele argumentou que a solução para os desafios relacionados aos transtornos psiquiátricos passa pela expansão do acesso ao tratamento adequado e pela disponibilidade de medicamentos essenciais. 


Campanha Setembro Amarelo para prevenção de suicídio. (Foto: reprodução/Freepik)


Setembro Amarelo

O mês de setembro é dedicado à conscientização e prevenção ao suicídio no Brasil. A campanha “Setembro Amarelo”, que teve início em 2015, tem como objetivo chamar a atenção para esse grave problema de saúde pública.

Segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil ocupa a 8ª posição no ranking mundial de países com maior taxa de suicídio. Em 2022, foram registrados cerca de 12 mil suicídios no país, o que representa uma média de 32 mortes por dia.

O suicídio é uma doença complexa, com causas multifatoriais. Entre os principais fatores de risco estão a depressão, o uso de álcool e drogas, a violência doméstica, o desemprego e a perda de entes queridos. A campanha Setembro Amarelo promove diversas ações para conscientizar a população sobre o suicídio. São realizadas palestras, workshops, rodas de conversa e eventos públicos.

A campanha é importante para quebrar o tabu sobre o suicídio e engloba doenças mentais. É preciso falar sobre esse assunto para que as pessoas possam buscar ajuda e evitar que tragédias aconteçam.

 

Foto destaque: representação de uma consulta ao psiquiatra. Reprodução/ Freepik

Chatbot voltado para educadores é lançado para auxílio na prevenção de suicídio

No mês de prevenção mundial ao suícidio, Setembro Amarelo, é lançado oficialmente nesta segunda-feira (04)  pelo Instituto Ame sua Mente (composto por psiquiatras e especialista em saúde mental) mais uma ferramenta, o Chatbot “Bússola Ame sua Mente”, um canal no WhatsApp voltado para educadores e focado no auxílio do problema que, cada vez mais preocupa a sociedade, o suicídio entre jovens. A ferramenta oferece informações sobre sinais preocupantes e modos de prevenir.


Chatbot. (Foto: reprodução/Pixabay)


Mais um aliado

Muito em voga no momento, os softwares que simulam conversas humanas vêm revolucionando todas as áreas, e a saúde não ficou de fora.

O número de suicídios entre os jovens é cada vez maior em todo o mundo, e como a maioria passa mais tempo com os professores do que com os próprios pais, por conta da carga de trabalho cada vez maior, necessária para prover suas famílias, o Chatbot é voltado para os educadores, para que estes auxiliem e orientem os jovens. Muitas vezes, os primeiros sinais de preocupação são notados no ambiente escolar, além de passarem grande parte do tempo na escola, a maioria dos professores também já são treinados para reconhecer vulnerabilidades, notar mudanças de comportamento dos jovens e saber quando essas podem indicar sinais de perigo.

Porém, qualquer pessoa pode ter acesso de forma gratuita ao canal através do número (11) 9-9113-0019, que irá fornecer, além de uma gama de conhecimento, orientações práticas.


Inforgráfico estatístico sobre suicídio. (Fonte: reprodução/Cevisa)


Motivos da preocupação

A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem disponibilizado dados alarmantes sobre as estatísticas ligadas aos casos de suícido ao redor do mundo. Segundo a organização, esta é a causa de morte da maioria dos jovens entre 15 e 29 anos de idade.

O psiquiatra Carlo Gustavo Zanotti Costardi, líder de conteúdo do projeto, e coordenador do Ambulatório Longitudinal de Psiquiatria da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM-Unifesp), comenta que o suicídio esta diretamente relacionado ao estado de saúde mental e, daí vem a necessidade do cuidado da mente. Porém, esse reconhecimento ainda é relativamente novo para a sociedade, mas deve se tornar algo diário, para todos, e que necessita também do engajamento não só de toda a sociedade como da educação, política, justiça e mídias. “Por isso, a importância da conscientização para que se torne parte da nossa cultura”.

Segundo Costardi, atentar-se a saúde mental dos jovens pode não só auxiliar na prevenção do suicídio, como reconhecer e intervir em outros transtornos mentais que, normalmente, dão indícios nessa fase da vida das pessoas.

 

Foto Destaque: Mulher triste. Reprodução/Pixabay.

Anvisa aprova e amplia os prazos de validade das vacinas da Pfizer

Nesta segunda-feira (04), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou ampliar o prazo de validade das vacinas contra a Covid-19 da fabricante Pfizer. Antes o prazo era de 18 meses, mas agora com a aprovação das versões monovalente e bivalente (BA1, BA4/BA5) da Comirnaty começou a valer por 24 meses, porém a temperatura de armazenamento indicado é de -90 °C a -60 °C. Contudo, inclui as vacinas aprovadas de todas as faixas etárias.

A Anvisa analisou os dados disponíveis, assim, obteve a conclusão que o risco-benefício é vantajoso para a mudança do prazo de validade. A alteração também já foi aprovada pela Agência Europeia de Medicamento (EMA).

Imunizantes aprovados pela Anvisa

Em novembro de 2022, a Anvisa aprovou dois imunizantes para o uso emergencial de duas vacinas bivalentes da Pfizer que são: Bivalente BA1(combate contra a variante original e variante Ômicron BA1) e Bivalente BA4/BA5 (combate contra a variante original e variante Ômicron BA4/BA5). Segundo a Pfizer, a vacina bivalente contribuirá com maior proteção frente às variantes da Ômicron, em comparação à sua versão monovalente.


Frascos da vacina bivalente Pfizer. (Foto: Reprodução/Felipe Poleti/G1)


Vacinas monovalentes

A atualização e o desenvolvimento dos imunizantes, buscando analisar as mutações da COVID-19 durante a pandemia, contribuíram para dar início à primeira geração de vacinas desenvolvidas a partir da cepa original do vírus.

A descoberta de novas variantes do coronavírus tem levado a uma diminuição de eficácia das vacinas monovalentes contra infecções sintomáticas, porém, os imunizantes ainda mantêm a efetividade contra a doença na forma grave e de óbitos. Segundo os estudos, as vacinas monovalentes restauraram a proteção contra os sintomas graves causados pela variante Ômicron. 

No entanto, a proteção reduziu ao longo do período e algumas diferenças relacionadas à faixa etária, e principalmente durante o tempo sob o domínio das subvariantes BA.4 e BA.5.

Foto destaque: Amostra da vacina Comirnaty da Pfizer. Reprodução/EFE/Ernesto Guzmán/GAZETA DO POVO

Conheça o Deep Plane, técnica que reposiciona melhor os músculos da face

Não é de hoje que a evolução de técnicas em cirurgia plástica tem chamado a atenção por apresentar resultados menos artificiais e mais duradouros.

Um destaque é o lifting facial, que anteriormente atingia apenas a camada de pele do rosto, esticando o tecido flácido, mas promovendo resultados artificiais, plastificados e estigmatizados; agora, a técnica recebeu um ‘upgrade’, chamado de Deep Plane Facelift – que reposiciona até os músculos da face.

Conversamos com o Dr. Paolo Rubez, cirurgião plástico, membro da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica (ASPS) e Mestre em Cirurgia Plástica pela Escola Paulista de Medicina da UNIFESP, que explicou tudo sobre a nova técnica:

Novidade na técnica Deep Plane Facelift

A técnica permite um rejuvenescimento muito grande e natural para o rosto, pois trata de forma pontual todas as suas camadas que apresentam envelhecimento. Outro ponto importante é que o resultado se mantém por mais tempo já que o rosto foi tratado de maneira global.

O Deep Plane significa um lifting facial profundo. O nome se dá pelo fato de a cirurgia tratar desde camadas mais profundas da face até as superficiais. O envelhecimento ocorre de forma global no rosto atingindo todas as camadas, e esta cirurgia faz o tratamento de todas elas, com exceção do osso.

Indicações

Sua superioridade está no fato de tratar melhor as camadas profundas do rosto e na duração do tratamento a longo prazo. A indicação é semelhante ao do lifting tradicional, ou seja, quando há sinais de flacidez e envelhecimento facial.

Ela é indicada sobretudo para pacientes acima dos 45 anos em média, e que já apresentem sinais de envelhecimento como flacidez de pele e perda de volume na face.

Sobre a cirurgia

Esta cirurgia é feita através de incisões ao redor da orelha e abaixo do queixo de forma que as cicatrizes ficam muito pouco visíveis após alguns meses. Ela dura em torno de 5 a 6 horas e é realizada em ambiente hospitalar para segurança do paciente. A anestesia é geral e o paciente deve permanecer no hospital por 1 dia.

Com relação ao pré-operatório, o paciente deve estar em boas condições clínicas e não deve fazer uso de medicamentos que aumentam o sangramento, próximo à cirurgia, como aspirina e anti-inflamatórios.

No pós-operatório, é normal apresentar inchaço e roxo na face que melhoram em torno de 2 a 3 semanas. Não é comum que haja dor após a cirurgia. O paciente deve permanecer em repouso relativo por 2 a 3 semanas e afastado de atividades físicas por 30 dias. Além disso deve evitar sol por dois meses. 

FONTE:

*Dr. Paolo Rubez: Cirurgião plástico formado pela UNIFESP, é membro da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS), da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica (ASPS) e da Sociedade de Cirurgia de Enxaqueca dos EUA.

Foto destaque: análise de músculos faciais. Imagem de wavebreakmedia_micro no Freepik”>Reprodução/ Freepik

Linhas de expressão e rugas: entenda a diferença

As rugas são as grandes delatoras do processo de envelhecimento da pele, e o seu surgimento tende a causar grande desconforto estético.

É muito comum que termos como “rugas” e “linhas de expressão” sejam usados como sinônimos, no entanto cada um desses vincos na pele tem características e, logo, tratamentos específicos.

Diferença

“Nossa pele está posicionada sobre os músculos de forma que o tecido acompanha a musculatura toda vez que realizamos uma expressão facial, formando curvas, vincos e dobras, o que chamamos de linhas de expressão ou rugas dinâmicas”, explica a cirurgiã plástica Dra. Beatriz Lassance.

“Conforme envelhecemos, no entanto, a pele sofre algumas alterações em suas propriedades físicas, com afinamento das camadas do tecido cutâneo e diminuição da qualidade e a quantidade das fibras de colágeno e elastina. Dessa forma, a pele perde sua capacidade de retornar ao seu estado original após a movimentação da musculatura. Com isso, as dobras na pele passam a ser visíveis mesmo sem a contração muscular, o que dá origem às famosas rugas estáticas”, diz a médica.

Como tratar cada uma

Com relação ao tratamento, a toxina botulínica é a melhor opção para diminuição das linhas de expressão.

“A toxina botulínica, ao ser injetada na pele, age paralisando a movimentação da musculatura responsável pela formação das linhas de expressão, assim amenizando a aparência dessas alterações e auxiliando na prevenção das rugas estáticas”, explica a dermatologista Dra. Paola Pomerantzeff.

Já o tratamento das rugas estáticas pode variar de acordo com sua profundidade. Rugas finas e superficiais, por exemplo, podem ser tratadas através da aplicação de um blend com skinbooster e bioestimulador de colágeno.

“Já rugas mais profundas e acentuadas respondem bem ao tratamento com procedimentos como peelings, que aceleram a renovação celular, laser de CO2, que promove poderosa reestruturação da pele, e preenchedores com ácido hialurônico, que, ao contrário do skinbooster, conferem volume e preenchem os vincos, além de também atraírem água para o tecido, conferindo hidratação. Dependendo da gravidade, a cirurgia plástica também pode ser indicada”, completa a Dra. Beatriz Lassance.

Mas é claro que, independentemente do tipo de ruga, o melhor tratamento é a prevenção. Nesse sentido, o protetor solar é, sem dúvidas, o melhor creme antirrugas que existe. 

*Dra. Beatriz Lassance: Cirurgiã Plástica formada na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e residência em cirurgia plástica na Faculdade de Medicina do ABC.

*Dra. Paola Pomerantzeff: Dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD), tem mais de 10 anos de atuação em Dermatologia Clínica.

Foto destaque: linhas x rugas. Foto/Reprodução

HIV: novos casos de infecção representam 51% entre jovens de 15 a 29 anos no DF

O HIV é o vírus que causa a incapacidade do organismo de se defender. Sendo o agente causador da AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Humana), podendo causar inúmeras complicações. Saber como prevenir e identificar sinais é imprescindível para evitar ou tratar a doença.

Conforme especialistas afirmam, a elevação das infecções pelo vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) nos jovens acontece devido a fatos como:

* Alta frequência em relação à prática sexual;
* Elevado número de parceiros sexuais;
* Dificuldade de acesso à informação adequada;
* Vulnerabilidade social com falta de acesso a testagem, preservativos e insumos básicos;

Juliana Lapa, médica infectologista da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília (UnB), comenta que a geração atual não viu o impacto causado pela AIDS nos 90, vendo a doença como tratável e crônica, não tendo o mesmo cuidado e receio das gerações passadas.

Jovem tem descoberta 

Foi entrevistado um jovem infectado por HIV, morador do DF. Preferiu não se identificar, mas está na faixa etária de maior contaminação.

“Fui fazer meus exames de rotina com um infectologista da rede particular para iniciar o consumo do PrEP, mas infelizmente foi tarde demais. Estava com HIV de alguma relação desprotegida que tive”, conta.

PrEP é a profilaxia pré-exposição. Medicamente utilizado antes do sexo, reduzindo o risco de adquirir a infecção. Logo após descobrir que contraiu HIV, o rapaz conseguiu, por meio do SUS, remédios para começar o tratamento. O correto uso dos medicamentos antirretrovirais pode deixar viral indetectável. 

“Está sendo um processo bem confuso, mas buscando para ficar indetectável tomando os remédios”, diz o jovem.

Como se prevenir?

As especialistas recomendam a proteção combinada. O método consiste em:

* Uso de preservativos masculino, feminino e gel lubrificante;
* Profilaxia pré-exposição (PrEP);
* Profilaxia pós-exposição (PEP);
* Testagem regular para o HIV e outras ISTs;
* Tratar todas as pessoas vivendo com HIV/Aids;
* Prevenir a transmissão vertical (da mãe para o filho durante a gestação ou parto);
* Cuidados para evitar outras ISTs através de vacinação e tratamento de outras ISTs;

Como tirar sua dúvida?

A rede pública de saúde oferece atendimento, o diagnóstico é feito a partir da coleta de sangue ou fluído oral. Sendo possível a realização de testes rápidos, cerca de 30 minutos, feitos em laboratório. 


Teste de HIV sendo feito (Foto: Reprodução/Freekpik)


Como se tratar?

O sistema SUS disponibiliza gratuitamente os remédios para todos os indivíduos infectados pelo HIV. No momento, existem 22 medicamentos. O tratamento consiste em tomar dois comprimidos uma vez ao dia.

Foto Destaque: Fita vermelha, conscientização sobre o HIV. Reprodução/Freekpik

Vitória da ciência: SUS vai oferecer tratamento para câncer de pele

Vitória para a ciência e para a população: o Sistema Único de Saúde (SUS) passará a oferecer tratamento para câncer de pele. Considerada única no mundo, a terapia foi desenvolvida pelo Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo (USP). Ela possui um duplo sistema na mesma plataforma que permite o diagnóstico e o tratamento, além da capacidade de avaliar e tratar a doença no mesmo dia.

O novo tratamento é uma conquista, já que o diagnóstico do câncer é um momento difícil e doloroso. O SUS e a USP prometem, com a nova tecnologia, avaliar e tratar a doença no mesmo dia, e o mais importante, evitar as mutilações e procedimentos dolorosos.

Os estudos


Dezembro é o mês da conscientização a prevenção do câncer de pele (Foto: reprodução/IBCC Oncologia) 


O projeto, iniciado em 2012 na USP – Terapia Fotodinâmica Brasil -, é responsável por esta tecnologia. A iniciativa envolve empresas, hospitais e instituições de pesquisas que ajudam a tornar a técnica aplicável em grande escala. Além disso, os equipamentos e o desenvolvimento da técnica ganharam financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Após as avaliações e concluir que há resultado na terapia fotodinâmica para pacientes com câncer de pele, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) recomendou ao SUS incorporar a técnica. A terapia irá auxiliar nos casos de câncer de pele não melanoma do tipo carcinoma basocelular superficial e nodular, eficaz para casos não cirúrgicos.

Carcinoma


Como identificar o câncer de pele (Foto: reprodução/CLIJAM)


A primeira recomendação de tratamento para o carcinoma é a retirada de lesões, já que o carcinoma basocelular é o mais frequente entre os tipos de cânceres malignos. A Conitec assegurou que há vantagens do procedimento em relação à cirurgia para os pacientes diagnosticados com tumores de baixo risco e que não podem passar pela cirurgia.

Foi levado em consideração que já existem estruturas no SUS para a realização do tratamento, já que o mesmo não demanda grandes equipamentos por se tratar de um processo simples. Além disso, há profissionais capacitados nos serviços públicos de saúde.

Foto destaque: pesquisador em laboratório. Reprodução/Guilherme Bentol/ JC

Postos de saúde no Rio vão estender horários para vacinação bivalente da Covid-19

Com a confirmação do primeiro caso da nova subvariante da Ômicron, a Éris (EG.5.1), no Rio de Janeiro, a prefeitura da cidade estendeu a programação do Dia D de multivacinação, neste sábado (2). Os postos de saúde passam a funcionar das 8h às 17h. 

Primeiro caso da subvariante

A Fundação Oswaldo Cruz confirmou o primeiro caso da nova subvariante da Ômicron, nesta quarta-feira (30). Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o paciente contaminado é do sexo masculino com 46 anos. 

Em nota, a autoridade divulgou que este homem havia apresentado sintomas leves. O resultado positivo colocou o homem em isolamento domiciliar e, agora, não apresenta mais sinais do contágio. A Secretaria afirmou que o enfermo não tinha histórico de viagem, indicando que a transmissão foi feita localmente.

Dados da vacinação

Dados da SMS indicam que apenas 28% dos cariocas, acima de 12 anos, tomaram a vacina bivalente. A meta da prefeitura é atingir 80% deste público. Para facilitar o acesso da população carioca, a prefeitura disponibilizará mais de 600 pontos de vacinação, contando com unidades de saúde e postos extras. 


Homem recebendo vacina da Covid-19 (Foto: Reprodução/OPAS)


A escolha do Dia D de multivacinação em um sábado tem um objetivo: aumentar a adesão da vacina bivalente, mais eficaz contra todas as variantes da Covid-19,  em um dia em que a maioria das pessoas estão de folga.

O Secretário Municipal de Saúde, Daniel Soranz, disse: “É muito importante que todo carioca faça pelo menos uma dose da bivalente. Ela aumenta o espectro de proteção contra a Covid-19. Por isso, a gente faz um apelo para que o carioca que ainda não tomou a bivalente compareça aos postos”.

As informações completas sobre os pontos de vacinação estão disponíveis no site vacina.rio. É recomendado pela Secretaria Municipal de Saúde que os pais e responsáveis tragam consigo a carteira de vacinação ou outro comprovante da situação vacinal dos seus filhos, para avaliação dos profissionais de saúde.

Foto destaque: Vacina da Covid-19. Reprodução/Africa CDC

Transplante de coração: Brasil pode bater recorde em número de doações

No último domingo (27), ocorreu o transplante de coração de Fausto Silva, conhecido por todos que o acompanham na mídia, como “Faustão”. Além da preocupação da família, amigos e fãs do antigo apresentador da Globo, a cirurgia pela qual teve que passar deu notoriedade a pauta “transplante de coração” e, junto a isso, estatísticas da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) mostraram que no presente ano (2023), o país pode bater recordes no número de cirurgias que dependem de doações.


Imagem ilustrativa de um coração. (Foto: Reprodução/Adobe Stock)


208 transplantes de coração

De acordo com os dados publicados pela Associação acerca do primeiro semestre deste ano, foram realizados 208 transplantes de coração, 2.847 de rim e 1.103 de fígado. Além disso, apontam que para cada milhão de indivíduos, poderiam ser registrados dois corações a serem transplantados, ultrapassando registros de anos anteriores.    


Transplantes salvam vidas. (Foto: Reprodução/Falecomricardotorres)


Em São Paulo já foram realizadas 64 cirurgias de transplantes de coração, incluindo a de Faustão. Trata-se do estado que mais se destacou nesse período de seis meses, contando também, com a maior lista de fila de espera para o órgão, em que 208 pacientes estão ativos. Se comparado as taxas de doações por região entre os anos 2019 – pré-pandemia – e 2023 (até o momento atual), o Sudeste obteve um aumento de 7%, o Centro-Oeste com 14% e no Norte, 57%. Rondônia se destacou com um crescimento de 122%.

Doação de órgãos salva vidas

Fernando Atik, membro da diretoria da Associação, mencionou que durante a pandemia, em seu estágio mais grave, houve uma queda de 25% no número de doações, mas que a partir de 2022 houve um aumento, alcançando margem de 3.528 doadores efetivos no ano. Entre os meses de janeiro e junho deste ano, foram computados 6.973 potenciais doadores e 1.930 efetivos que já passaram por todos os testes confirmatórios, assim como, já contam com a autorização familiar.  


Lista para transplante de coração é única e independe do meio de financiamento, segundo Fernando Atik ao CNN. (Vídeo: Reprodução/Youtube/CNN Brasil)


Conforme dito pelo membro da ABTO, Atik, “doar órgãos pode salvar vidas”, muitas pessoas dependem deste ato para sobreviver. 57.337 indivíduos estão na espera por órgãos, como rim e fígado, 303 estão na fila do coração, dentre elas, 59 são crianças.

Muito mais importante que o recorde do país, é salvar alguém que não terá outra chance de viver sem o transplante.

 

Foto Destaque: Ilustração de um coração a ser transplantado. Reprodução/googleusercontent. 

Possível associação entre uso crônico de medicamentos para azia e o risco de demência

O uso prolongado de inibidores da bomba de prótons (IBPs) para tratar problemas relacionados ao ácido gástrico, como azia, refluxo e doença do refluxo gastroesofágico, pode estar associado a um aumento no risco de desenvolvimento de demência. Os IBPs são medicamentos amplamente utilizados para reduzir a produção de ácido no estômago, aliviando assim os sintomas gastrointestinais. No entanto, essa pesquisa levanta a possibilidade de que o uso a longo prazo desses medicamentos possa ter implicações cognitivas.

O estudo envolveu a análise de dados de mais de 5,7 mil participantes com idade média de 75 anos. Importante notar que a pesquisa não estabeleceu uma relação de causa e efeito direta entre o uso de IBPs e demência. Em vez disso, identificou uma associação entre o uso a longo prazo desses medicamentos e um maior risco de desenvolvimento de problemas cognitivos.

No entanto, como é comum em pesquisas desse tipo, são necessárias mais investigações para entender completamente a relação entre o uso de IBPs e o risco de demência. Pessoas que estão usando ou considerando o uso prolongado desses medicamentos devem discutir seus riscos e benefícios com um profissional de saúde qualificado.


Refluxo e azia. (Foto: Reprodução/fernandobeteti)


Pesquisa

É crucial enfatizar que o estudo não incluiu medicamentos de venda livre, ou seja, aqueles que podem ser adquiridos sem prescrição médica. A demência é uma condição complexa que afeta a função cognitiva, memória e capacidade de pensamento. Os resultados desta pesquisa sugerem uma possível conexão entre o uso prolongado de inibidores da bomba de prótons e um risco aumentado de desenvolvimento de demência. Mais pesquisas são essenciais para compreender completamente essa relação possível e determinar os mecanismos subjacentes. 

Pessoas que estejam utilizando ou planejando usar inibidores da bomba de prótons a longo prazo devem conversar com seus profissionais de saúde para obter orientação. A decisão sobre tratamento deve ser sempre tomada em colaboração com um profissional de saúde qualificado, que pode avaliar as circunstâncias individuais do paciente e fornecer orientações adequadas. A pesquisa médica contínua é essencial para oferecer informações mais detalhadas sobre como os medicamentos podem afetar a saúde a longo prazo.

Medicamento

Os  inibidores de bomba de prótons (IBPs)  obtem possíveis riscos associados ao seu uso. A relação entre o uso prolongado desses medicamentos e os potenciais efeitos colaterais é um tópico em constante evolução, à medida que mais pesquisas são realizadas para entender completamente os riscos e benefícios envolvidos.

A comunicação aberta e honesta entre pacientes e médicos é fundamental para que decisões informadas sejam tomadas, considerando cuidadosamente os possíveis riscos e benefícios de qualquer tratamento.

Foto destaque: Imagem ilustrativa de uma pessoa tomando remédio. Reprodução/Gstockstudio/Envato