Não é de hoje que a evolução de técnicas em cirurgia plástica tem chamado a atenção por apresentar resultados menos artificiais e mais duradouros.
Um destaque é o lifting facial, que anteriormente atingia apenas a camada de pele do rosto, esticando o tecido flácido, mas promovendo resultados artificiais, plastificados e estigmatizados; agora, a técnica recebeu um ‘upgrade’, chamado de Deep Plane Facelift – que reposiciona até os músculos da face.
Conversamos com o Dr. Paolo Rubez, cirurgião plástico, membro da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica (ASPS) e Mestre em Cirurgia Plástica pela Escola Paulista de Medicina da UNIFESP, que explicou tudo sobre a nova técnica:
Novidade na técnica Deep Plane Facelift
A técnica permite um rejuvenescimento muito grande e natural para o rosto, pois trata de forma pontual todas as suas camadas que apresentam envelhecimento. Outro ponto importante é que o resultado se mantém por mais tempo já que o rosto foi tratado de maneira global.
O Deep Plane significa um lifting facial profundo. O nome se dá pelo fato de a cirurgia tratar desde camadas mais profundas da face até as superficiais. O envelhecimento ocorre de forma global no rosto atingindo todas as camadas, e esta cirurgia faz o tratamento de todas elas, com exceção do osso.
Indicações
Sua superioridade está no fato de tratar melhor as camadas profundas do rosto e na duração do tratamento a longo prazo. A indicação é semelhante ao do lifting tradicional, ou seja, quando há sinais de flacidez e envelhecimento facial.
Ela é indicada sobretudo para pacientes acima dos 45 anos em média, e que já apresentem sinais de envelhecimento como flacidez de pele e perda de volume na face.
Sobre a cirurgia
Esta cirurgia é feita através de incisões ao redor da orelha e abaixo do queixo de forma que as cicatrizes ficam muito pouco visíveis após alguns meses. Ela dura em torno de 5 a 6 horas e é realizada em ambiente hospitalar para segurança do paciente. A anestesia é geral e o paciente deve permanecer no hospital por 1 dia.
Com relação ao pré-operatório, o paciente deve estar em boas condições clínicas e não deve fazer uso de medicamentos que aumentam o sangramento, próximo à cirurgia, como aspirina e anti-inflamatórios.
No pós-operatório, é normal apresentar inchaço e roxo na face que melhoram em torno de 2 a 3 semanas. Não é comum que haja dor após a cirurgia. O paciente deve permanecer em repouso relativo por 2 a 3 semanas e afastado de atividades físicas por 30 dias. Além disso deve evitar sol por dois meses.
FONTE:
*Dr. Paolo Rubez: Cirurgião plástico formado pela UNIFESP, é membro da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS), da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica (ASPS) e da Sociedade de Cirurgia de Enxaqueca dos EUA.
Foto destaque: análise de músculos faciais. Imagem de wavebreakmedia_micro no Freepik">Reprodução/ Freepik