Psiquiatra alerta que fãs da Taylor Swift podem ter “amnésia pós-show”

No último domingo (26), Taylor Swift encerrou sua passagem no Brasil com a turnê mundial “The Eras Tour”. Após fazer dois shows em São Paulo, no estádio do Allianz Parque, vários fãs relataram nas redes sociais que não lembraram de determinados momentos do show ou grande parte das apresentações.

O médico psiquiatra do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), dr. Alan Campos Luciano, explicou que isso é comum e se trata de uma espécie de “amnésia pós-show”.

Memórias “inesquecíveis” podem ser esquecidas

O psiquiatra explicou que, para uma memória ser criada, é necessário que nosso sistema nervoso central receba as informações, as filtre e processe para, consequentemente, armazená-las. O filtro das informações é importante porque a memória humana é limitada e, portanto, seletiva. Em apresentações com grande aparato pirotécnico, muitas luzes, sons e efeitos especiais, tantas informações podem sobrecarregar o hipotálamo – estrutura cerebral responsável por filtrar os estímulos e transferi-los para o hipocampo, onde ficam as memórias de longo prazo -, por isso não é possível armazenar tudo que vivenciamos. Ou seja, neste caso, até mesmo memórias consideradas “inesquecíveis” podem ser esquecidas, como foi o caso dos swifities que esperaram anos para ver sua ídola de perto.

Não conseguimos manter o foco atencional em tudo e não conseguimos registrar na memória aquilo que não capturamos com atenção”, explica.

Além disso, ele cita como motivos as horas em pé na fila, as noites mal dormidas pela ansiedade do show e as descargas emocionais intensas dos fãs que têm grande admiração e expectativa pela cantora.


Gravação de fã no show da Taylor Swift  (Foto: Reprodução/X/@juanaseguraa)


Amnésia coletiva

Alan ainda destaca que isso se dá no nível coletivo, não só no nível individual. Os fãs podem ter a ideia equivocada de que todo o show será inesquecível, mas isso não é possível. Como dicas, o psiquiatra recomenda que os fãs bebam bastante água, que descansem e que, em futuros eventos, aproveitem ao máximo os shows para terem o maior número possível de memórias.

Foto destaque: Taylor Swift durante show (Reprodução/X/@tswiftdailybr)

Técnicas para o cabelo que usam produtos e calor podem ser prejudiciais para a saúde

De acordo com um grupo de cientistas da Sociedade Química Americana (ACS), a junção entre técnicas de modelagem térmica do cabelo, como alisamento e ondulação, e produtos capilares podem gerar riscos à saúde das pessoas que fazem esses tratamentos.

Liberação de substâncias

O estudo, publicado na revista Environmental Science & Technology, aponta que alguns itens para o cabelo contém substâncias que evaporam facilmente. Por conta disso, os usuários inalam essas partículas químicas, que podem prejudicar a sua saúde.

Essas substâncias são chamadas compostos orgânicos voláteis (COV), que dão brilho e suavizam o cabelo, mas, segundo pesquisadores, podem se espalhar de forma rápida na composição do ar e alterá-la.

Porém, quando se junta esses produtos com as modelagens térmicas, a emissão de COV pode ser maior e ser mais favorável a ser inalado pelos usuários. 


Alisamento de um cabelo feito por uma chapinha. (Foto: reprodução/Hydra Cosméticos)


Presença dos compostos em outros produtos

A classe dos compostos orgânicos voláteis (COV) contém os siloxanos, que estão presentes em produtos de cuidados pessoais e, com maior concentração, nos produtos de limpeza para a pele. Esses itens também podem liberar substâncias químicas no ar.

De acordo com cada produto capilar, seja cremes ou óleos, os seus efeitos são diferentes. Também foi analisado que as emissões de siloxano não mudam a composição do ar em tempo real, mas podem acontecer durante o período da modelagem.

Na pesquisa, foram registrados as emissões de COVs nos períodos anteriores, durante e posterior da utilização. De acordo com dados de espectrometria de massa, é demonstrado que a mudança na composição química no ar foi rápida em casa e, dentre os COV liberados, o metil siloxanos voláteis cíclicos (cVMS) foi o principal.

Segundo o estudo, as emissões foram incentivadas de acordo com o tipo do item capilar, o comprimento do cabelo e o tipo e temperatura do instrumento de modelagem. Por conta disso, quanto maior o comprimento do cabelo e mais alta a temperatura utilizada, são liberadas maiores quantidades de COVs.  

Foto destaque: mulher segura ferramentas de modelagem térmica de cabelos, secador e chapinha. Reprodução/Academia Kacau Diaz

Especialista afirma que uso excessivo de celular pode prejudicar a mãos e dedos

A cada dia que passa o celular tem se tornado uma ferramenta essencial na vida das pessoas. Seja para resolver algo referente ao trabalho, à vida pessoal ou, até mesmo, apenas para navegar pela internet e curtir as redes sociais. Com o aparelho móvel tanto tempo nas mãos, algumas consequências podem começar a aparecer a longo prazo.

De acordo com o médico ortopedista Leonardo Kurebayashi, em entrevista à CNN Rádio, o uso excessivo de dispositivos móveis podem prejudicar a saúde das mãos. Essa condição pode não só afetar os homens e as mulheres também. “Vemos aumento de incidência de pacientes no consultório na base do polegar”, contou o especialista. 

O médico ainda afirma que os diversos pacientes que passam pelo consultório se queixam de muita queimação e dores latejantes no dedo polegar e no dedo mínimo. 


Uso de celulares em excesso podem causar também artrose nas mãos (Foto: reprodução/Blog Artrite Reumatoide)


Segundo Kurebayashi, mesmo com tantas reclamações, cada caso deve ser avaliado de maneira individual. “Geralmente, a redução do uso abusivo já traz boas respostas, ou tratamento conservador, com fisioterapia, acupuntura e medicação”, afirma o especialista. Ele ressalta que em casos mais graves, pode haver a necessidade de intervenção cirúrgica. 

Brasil em destaque no tempo em frente a uma tela 

O Brasil é o segundo país em que as pessoas passam mais tempos com seus eletrônicos, mais da metade do dia dos brasileiros é passado nos dispositivos como smartphones ou computadores. 

Segundo uma pesquisa da Electronics Hub, o brasileiro passa em média 9 horas e 32 minutos por dia em frente a uma tela. O levantamento ainda mostra que o tempo médio de uso, considerando o período que ficamos acordados, equivale a 56,5%. 


Brasileiros passam mais da metade do dia em frente à telas displays (Foto: reprodução/ UOL)


O Brasil também assume a vice-liderança no mundo sobre o tempo gasto na frente de um celular, com 32,46%. 

De acordo um relatório do App Annie, o número de smartphones no Brasil teve um crescimento de 45% entre 2019 e 2021. Este aumento pode ser explicado pelo surgimento de novos serviços online e aplicativos, assim como serviços de streaming. 

Alguns riscos expostos

Devido ao uso excessivo dos eletrônicos, diversos problemas podem vir a prejudicar a saúde humana, além dos problemas já citados como  nas mãos e dedos. As consequências podem vir a longo prazo como dores no pescoço, devido à posição da cabeça, assim como dores no ombro, no punho, surgimento de papada e rugas e sono prejudicado.

Foto destaque: mãos são prejudicadas pelo uso em excesso de aparelhos eletrônicos. Reprodução/CREB

Descoberta científica brasileira: motivo por trás da fragilidade óssea em fumantes é revelado

Apesar de ser amplamente reconhecido o impacto prejudicial do tabagismo nos pulmões, é válido destacar que o cigarro também influencia os ossos e outras estruturas do sistema musculoesquelético. Com o intuito de encontrar soluções, ao longo dos últimos quatro anos, pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) divulgaram estudos.

Liderando um grupo de 11 cientistas, que abrange biólogos médicos e biomédicos, Fernanda Degobbi, do Instituto dos Laboratórios de Investigação Médica (LIM) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, compartilhou que profissionais da saúde a procuravam em busca de insights sobre por que os ossos dos fumantes eram mais propensos a fraturas.

A estudiosa ressaltou que avaliações anteriores indicavam uma maior porosidade nos ossos de fumantes, mas uma análise mais aprofundada desses tecidos ainda não havia sido realizada. O grupo concentra seus esforços na investigação da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e nos danos além dos pulmões decorrentes do tabagismo.

É relevante destacar ainda que, por meio de estudos clínicos, pesquisadores, sobretudo aqueles na área de ortopedia, já detinham conhecimentos a respeito; entretanto, uma compreensão abrangente sobre como as substâncias do cigarro contribuem para a fragilidade óssea ainda não estava completamente consolidada.

Colágeno e osteoclastos

Publicados no período entre 2020 e 2023, as pesquisas revelaram que:

  • A exposição ao tabagismo acelera a morte das células produtoras da matriz óssea;
  • Essa matriz óssea rica em colágeno do tipo 1 confere resistência aos ossos;
  • A constatação é proveniente de estudo experimental com camundongos;
  • Foi corroborada por pesquisa clínica analisando tecidos ósseos de pacientes submetidos à cirurgia de quadril;
  • Cigarro estimula os osteoclastos, que são células responsáveis pela desintegração e reabsorção do tecido ósseo. Eles têm a função de “consumir” osso e suas atividades são intensificadas pelo tabagismo;
  • Tabagismo “modifica o metabolismo das células”, segundo Fernanda;
  • Células produtoras de colágeno tipo 1 (osteoblastos) ficam menos ativas sob influência do tabagismo.

Células do tecido ósseo (Foto: Reprodução/@Info.Enf/Facebook)


Ex-fumantes e condrócitos

As pesquisas revelaram que as alterações na estrutura do tecido ósseo são ocasionadas pelo processo inflamatório desencadeado pela exposição à fumaça do cigarro. Para além disso, os resultados iniciais de outra pesquisa que ainda está em andamento, indicam – segundo relatos do Estado de S.Paulo – que o tabagismo ocasiona, igualmente, danos nas cartilagens das articulações.

Esse estudo preliminar enfatiza que a exposição às substâncias tóxicas do cigarro aumenta a mortalidade dos condrócitos, células responsáveis pela produção do colágeno tipo 2, o componente principal do tecido cartilaginoso das articulações.

Além disso, constatou-se que uma parcela dos danos persiste mesmo em indivíduos que abandonaram o hábito de fumar há mais de uma década. Fernanda explicou que essas pessoas têm a capacidade de recuperar o volume ósseo, mas essa recuperação é comprometida em termos de qualidade.

Foto destaque: Pessoa fumando (Reprodução/Antonio Scarpinetti/HC Unicamp)

Exercícios físicos melhoram desempenho cognitivo do cérebro e ajudam na produtividade

A prática de exercícios físicos é sempre recomendada por especialistas para manter a saúde em dia, e ajuda a evitar diversas doenças do metabolismo e cardiovasculares, porém um estudo publicado na revista Physiology and Behavior por pesquisadores da Universidade de Portsmouth na Inglaterra, indicou que a realização de pelo menos 20 minutos de atividade física moderada ajuda o cérebro a melhorar as atividades cognitivas, aumentando a produtividade de tarefas mentais, mesmo a pessoa tendo uma noite de sono mal dormida.

O estudo

Durante a pesquisa, que teve a colaboração de várias universidades mundiais, inclusive a Universidade Estadual de São Paulo, USP, comprovou que mesmo após uma noite de sono mal dormida, especialistas recomendam entre sete e nove horas de sono por dia, o desempenho mental dos voluntários melhoraram após uma sessão de 20 minutos de atividades físicas moderadas.

Segundo o pesquisador da Escola de Ciências do Esporte da Universidade de Portsmouth, Joe Costello, este é um estudo pioneiro que comprova a importância dos exercícios físicos na melhora no desempenho cognitivo depois de noites mal dormidas. Joe afirma que as respostas divulgas pela pesquisa acrescentam muito a tudo que já se sabia sobre a importância de se exercitar regularmente, tanto sobre o estresse, quanto nas melhorias para a melhora no desempenho nas atividades cotidianas.


Uma noite de sono mal dormida pode interferir nas atividades do cotidiano, dizem especialistas (Foto: reprodução/Freepik)


Resultados obtidos

Em um primeiro momento da pesquisa, os voluntários só tinham direito a cinco horas de sono à noite durante três dias e ao acordar pela manhã foram submetidos a realizar sete tarefas em repouso e depois outras tantas realizando exercício em bicicleta ergométrica. Antes das conclusões das tarefas designadas, eles eram solicitados a avaliar o humor e a sonolência sentidas.

O resultado apontou nesse momento da pesquisa que a execução das tarefas propostas após os exercícios de intensidade moderada, melhoraram o desempenho mental, aumentando a capacidade na realização de tudo que foi proposto pelos cientistas.

Os pesquisadores então afirmaram no artigo que o desempenho mental aumenta significamente após a execução de atividades físicas, independente se ela teve uma noite mal dormida ou não. Essas melhoras estão relacionadas a hormônios reguladores no cérebro, além de excitação, motivação e fatores psíquicos.

Recomendação do estudo

Os cientistas avaliam que é preciso ter mais estudos para que as informações reveladas sejam devidamente comprovadas, pois nesse estudo foram utilizados voluntários jovens saudáveis e que outros grupos de pessoas e idades deveriam também ser estudados futuramente. Com o aumento no grupo de estudos, os pesquisadores esperam em breve ter uma relação melhor entre atividades físicas moderadas e desempenho cognitivo.

 

Foto Destaque: Fazer 20 minutos de atividades físicas ajudam a melhorar o desempenho cognitivo do cérebro, aponta estudo. (Reprodução/Freepik)

Veja os perigos de armazenar drogas no organismo

O tráfico internacional de drogas recorre a uma tática perigosamente audaciosa para driblar a fiscalização policial nos aeroportos. Utilizando as chamadas “mulas”, pessoas incumbidas de transportar narcóticos dentro de seus próprios corpos, os traficantes internacionais buscam infiltrar substâncias proibidas em territórios estrangeiros.

No entanto, a ingestão de cápsulas de cocaína ou a inserção das mesmas na vagina e no reto são métodos repletos de perigos, trazendo consigo uma série de riscos à saúde. Estes incluem convulsões, desmaios provocados pela dor intensa, intoxicação, ruptura de órgãos internos e, em casos extremos, até mesmo a morte.

Em São Paulo um homem foi detido, na última quinta-feira (23), por treinar mais de 30 “mulas” incumbidas de engolir drogas para transportá-las à Europa.

Na semana anterior, em 14 de novembro, seis passageiros nigerianos também foram presos no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, portando cápsulas de cocaína em seus estômagos.

Risco de rompimento

A farmacêutica e especialista em toxicologia pela Universidade de São Paulo (USP), Paula Carpes Victório, detalha que as drogas geralmente são envolvidas em material plástico, seja em várias cápsulas ou pequenos sacos.

Estes invólucros são gradualmente ingeridos para permanecerem no estômago durante a viagem, ou então são inseridos na vagina ou colocados no reto.


Passageiros em aeroporto (Foto: reprodução/Pixabay/Rudy and Peter Skitterians).


No entanto, o ácido clorídrico secretado pelo estômago para a digestão dos alimentos representa um fator crucial. Victório destaca que esse ácido, de elevada intensidade, provavelmente corroerá o plástico que envolve a droga. O risco de rompimento é minimizado, mas existe.

A especialista alerta ainda para o fato de que as partes do corpo naturalmente contraídas, seja por surpresa, ao caminhar ou ao sentar, podem ocasionar o rompimento dos invólucros, resultando em lesões.

No caso de rompimento, ocorre a liberação de uma quantidade significativa de entorpecentes no organismo. A substância é absorvida pela mucosa (do estômago, vagina ou reto), irrigada por vasos sanguíneos, chegando ao sistema circulatório.

Os sintomas de overdose variam conforme o tipo de substância, podendo incluir convulsões, hemorragias e até mesmo morte instantânea.

Dores intensas

Mesmo se as cápsulas permanecerem intactas, as ‘mulas’ podem enfrentar dores intensas no estômago, desmaios, vômitos, sangramentos e cólicas severas.

Os tratamentos possíveis variam de lavagem hospitalar estomacal e intestinal, remoção por endoscopia, uso de carvão ativado para controlar a chegada da droga à corrente sanguínea, remoção manual via vagina ou ânus.

A cirurgia imediata é uma opção de último recurso, de alto risco, especialmente quando o estômago ou outro órgão já foi perfurado. A probabilidade de óbito antes ou durante esses procedimentos é significativa.

Perigos extremos

Para além dos riscos à saúde, os ‘mulas’, termo atribuído aos traficantes que transportam drogas internamente, enfrentam perigos extremos.

Engolir cápsulas de drogas, frequentemente envolvidas em preservativos ou balões para evitar detecção durante as verificações de segurança, acarreta riscos graves.

Estes incluem intoxicação aguda, obstrução intestinal, perfuração do trato gastrointestinal e infecções graves.

Riscos à saúde

Os “mulas” também suportam dores excruciantes e desconforto físico extremo durante o processo de ingestão e na recuperação das cápsulas, seja por meios naturais ou cirúrgicos.

Além dos riscos à saúde, enfrentam graves consequências legais, incluindo longas penas de prisão em caso de detecção.

Assim, embora possa parecer uma maneira aparentemente fácil de ganhar dinheiro, os riscos associados ao tráfico interno de drogas são vastos e potencialmente fatais.

Foto destaque: Imagens de raio-X revelam a perigosa realidade do tráfico de droga (Reprodução/G1). 

Saiba como ficam os hormônios e a saúde mental da mulher na menopausa

É comum as mulheres passarem por situações emocionais exageradas sem motivo e no dia seguinte descobrir que era apenas sintomas da TPM, a tensão pré-menstrual.

O organismo das mulheres e dos homens são regulados pelos hormônios, que são substâncias produzidas pelo sistema endócrino, responsáveis pelo crescimento, comportamento e bem-estar.

As mulheres são as que mais sofrem com a oscilação dos hormônios, que iniciam na pré-adolescência e seguem na vida adulta e vai até o climatério, quando ocorre a perimenopausa, menopausa e pós-menopausa.

Durante o ciclo menstrual os hormônios femininos oscilam, causando mudanças no comportamento da mulher, abrindo o apetite e alterando os sentimentos de felicidade e tristeza, muitas vezes de forma bem exagerada. Esse é um dos motivos que especialistas acreditam que os hormônios podem causar impacto na saúde mental das mulheres, como disse a psiquiatra Christiane Ribeiro ao Blog do Dr Drauzio Varella, na UOL.

“Em comparação com os homens, as mulheres têm duas a três vezes mais chances de desenvolver um transtorno depressivo e ansioso quando estão em idade reprodutiva”, afirma Dra Christiane Ribeiro, especialista em saúde mental da mulher e doutoranda em Medicina Molecular pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Já no período da menopausa a testosterona, o “hormônio masculino”, diminui consideravelmente no organismo, levando a mulher a quadros de ansiedade e redução da sensação de bem-estar. Esta alteração também gera muito estresse e diminuição na libido.


 

É importante diferenciar o problema de saúde mental e efeitos das alterações hormonais (Foto: Reprodução/Arquivo/Pixabay)


Climatério e Saúde mental

O Climatério é o período de transição da mulher que passa da fase reprodutiva para a fase de pós-menopausa. Durante este período ocorre a última menstruação, chamada de menopausa.

As mulheres sofrem com as alterações hormonais durante o climatério. Como a redução desenfreada dos hormônios estrogênio e a progesterona, que muitas vezes podem contribuir para intensificar sintomas como o transtorno mental.

Existem outros hormônios que também afetam a saúde mental da mulher durante o climatério e passam por mudanças durante este período, como por exemplo a ocitocina, conhecido como o hormônio do amor, que ativa regiões do sistema límbico, fazendo comunicação com a rede neuronal responsável pela mediação entre a emoção e motivação.

E ainda, o hormônio que regula o sono, a melatonina; o do estresse, chamado de cortisol, que quando alterado pode levar a crise de ansiedade e depressão. E os hormônios estrogênio e a progesterona, que na menopausa ficam inconstantes gerando estresse e redução na libido.

Transtorno psicológico e desequilíbrio hormonal

É importante diferenciar o problema de saúde mental e efeitos das alterações hormonais. “Mulheres que têm quadros de depressão, ansiedade, transtorno bipolar ou esquizofrenia e podem ter uma sensibilidade hormonal maior e apresentarem uma exacerbação dos sintomas no período anterior à menstruação”, ressalta a dra. Christiane.

Desta forma, ficar atentos quando os sintomas forem mais intensos e reduzidos durante e após o período menstrual, este pode ser um alerta e a mulher deve procurar um médico para avaliar o quadro e a necessidade de solicitar exames para saber as dosagens do T3 total e T4 livre, hormônio tireoestimulante (TSH), hormônio folículo estimulante (FSH) e a indicação de tratamento.

Foto destaque: Alteração hormonais afetam a saúde mental da mulher durante o climatério (Foto: Reprodução/Arquivo/Pixabay)

Estado de São Paulo tem 30 registros de surtos da escarlatina em 2023

Dados registrados pela Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo, apontam um aumento significativo nos casos de escarlatina, em uma comparação com os últimos quatro anos. Valendo destacar que, mediante os parâmetros epidemiológicos, o aumento dos dados indica um surto, por constatar uma elevação repentina nos casos registrados da doença em uma determinada área.

Segundo a secretaria, no ano passado, foram 4 registros, em 2021, apenas 1, nenhuma ocorrência em 2020, e em 2019, 11. Ao longo dos últimos anos, não ocorreu nenhum óbito em função da doença, porém, vale lembrar que neste ano, foram identificados 30.

Entenda o que é a escarlatina

A doença trata-se de uma infecção contagiosa, que normalmente atinge crianças, e a sua transmissão se dá por meio da bactéria Estreptococo do grupo A. Uma patologia cíclica, podendo ter maior ou menor números de casos, dependendo principalmente das variações de temperatura, informações constatadas em nota emitida pelo governo.

Dentre os principais sintomas da doença, estão incluídos: febre alta, dor de garganta intensa com a presença de placas brancas na região, vermelhidão nas bochechas, falta de apetite, dor na barriga, pele com aspecto de descascada e manchas vermelhas. É importante um diagnóstico imediato, para que sejam evitadas complicações, como a otite, sinusite, meningite, ou ainda, situações de maior agravamento, incluindo o reumatismo infeccioso e problemas renais.


Surto de escarlatina (Foto: reprodução/Divinews)


Vale lembrar que, durante o período em alta da pandemia da COVID-19, casos de escarlatina foram reduzidos, muito provavelmente devido às medidas de prevenção, incluindo o uso de máscaras e distanciamento. Com o relaxamento da população quanto às medidas, a transmissão e infecção volta a circular em maior potencial.

Como a doença é tratada

O tratamento é feito com antibióticos receitados pelo médico, e como auxílio, medicações para dor e febre podem ser úteis para amenizar os sintomas.

Foto de destaque: aumentam os casos de escarlatina. (Reprodução/Metrópoles)

 

Subtipo de dengue reaparece em cidade paulista após 15 anos fora do estado

A cidade de Votuporanga, no noroeste paulista, enfrenta um desafio epidemiológico que não experimentava há 15 anos. O subtipo da dengue conhecido como DENV3, ausente no estado de São Paulo nesse período, ressurgiu com intensidade, causando sintomas mais severos em seus pacientes.

Quatro casos da doença foram confirmados, todos em mulheres com idades entre 5 e 46 anos. A intensidade incomum dos sintomas despertou a atenção das autoridades de saúde.

O primeiro caso identificado pela Secretaria de Saúde do município foi em uma mulher de 34 anos, que apresentava sintomas como febre, vômito, dor, manchas vermelhas no corpo, além de sangramento nasal e urinário.

Esses casos estão concentrados em uma região específica da cidade, situada no sul, e todas as pessoas acometidas encontram-se em suas residências, em boas condições de saúde. Como medida preventiva, a Secretaria da Saúde implementou ações de bloqueio e realizou pulverizações na área afetada.

Panorama mais amplo

No panorama mais amplo, Votuporanga já contabiliza 876 casos confirmados de dengue, com outros 98 ainda sob investigação. A Secretaria Municipal de Saúde ressalta a importância da colaboração da população na manutenção da higiene em seus quintais e terrenos, evitando o acúmulo de objetos propícios à reprodução do mosquito transmissor.

A análise mais detalhada revela que três dos quatro casos são autóctones, originados em Roraima, indicando infecção dentro do estado e sem histórico de viagem. O quarto caso, identificado no Paraná, foi importado por uma pessoa que viajou do Suriname.

Vírus da dengue

O vírus da dengue possui quatro sorotipos, e a infecção por um confere imunidade específica contra aquele sorotipo. No entanto, a reintrodução do sorotipo 3 após 15 anos suscita preocupações devido à baixa imunidade da população, decorrente da ausência desse vírus nas últimas epidemias.

O risco de dengue grave também aumenta, principalmente em pessoas que já tiveram a doença e são reinfectadas por um sorotipo diferente. Este ressurgimento do DENV3 levanta a necessidade de medidas emergenciais para conter a propagação do vírus.

A Secretaria Estadual de Saúde monitora atentamente a situação, e novas estratégias para combater a contaminação serão discutidas na próxima semana.

Cenário epidemiológico

Especialistas em saúde se reunirão em São Paulo no final de novembro para analisar o cenário epidemiológico e explorar o uso de novas tecnologias no combate às arboviroses.


Focos do mosquito Aedes aegypti (Foto: reprodução/Agência Brasil/Fernando Frazão).


No contexto nacional, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) já havia anunciado, em maio deste ano, a identificação do sorotipo 3 do vírus da dengue após 15 anos. Casos foram notificados em Roraima e no Paraná, indicando uma reintrodução desse sorotipo nas Américas, provavelmente proveniente da Ásia.

Os estudos revelaram que a linhagem do sorotipo 3 identificada difere da que causou epidemias no Brasil nos anos 2000. Esta nova linhagem foi introduzida nas Américas entre 2018 e 2020, originando-se na Ásia e se espalhando pelo Caribe, América Central e, recentemente, também nos Estados Unidos.

A reaparição do sorotipo 3 em Votuporanga destaca a necessidade urgente de ações coordenadas para conter sua disseminação. A comunidade, as autoridades locais e estaduais, juntamente com especialistas em saúde, precisarão unir esforços para enfrentar esse desafio epidemiológico.

 

Foto destaque: Mosquito Aedes aegypti (Reprodução/Pixabay/Himas Rafeek).

Como cuidar da pele nos dias de temperaturas extremas

A onda de calor que atinge o país nas últimas semanas, elevou as temperaturas para níveis acima dos 40 °C, com sensação térmica próxima dos 50 °C. Nessas condições, é preciso tomar alguns cuidados para se proteger, uma vez que pode trazer problemas para a pele, como ressecamento e queimaduras solares.

Vale lembrar que a exposição ao sol, de forma moderada, é importante para a saúde, pois auxilia na produção de vitamina D, além de melhorar o humor pela liberação de dopamina. Dessa forma, a recomendação é evitar expor-se ao sol e praticar atividades físicas entre às 10h e às 16h, a fim de evitar insolação, desidratação, queimaduras solares e hipertermia.

Riscos para a pele com o calor

Nos dias mais quentes, é natural que as pessoas se exponham mais ao sol, uma vez que as roupas se tornam mais curtas para suportar o calor. Nesse contexto, surgem riscos decorrentes da incidência dos raios solares, como queimaduras, insolação ou, em casos mais graves, câncer de pele. Com o calor, a sudorese aumenta para equilibrar a temperatura corporal, o que pode levar à desidratação e deixar a pele ressecada.

Cuidados essenciais

Um dos pontos essenciais é manter a hidratação, ou seja, consumir bastante água, além de bebidas que reponham os sais minerais, tais como sucos e água de coco. Além disso, é importante manter uma alimentação leve, rica em saladas, que ajudam no funcionamento do organismo. 

As bebidas alcoólicas aumentam a desidratação, por isso o ideal é evitar consumir em excesso nos dias mais quentes, ou intercalar com água para minimizar os efeitos. 

Fora isso, também é importante usar o protetor solar todos os dias, mesmo quando o tempo estiver nublado e reaplicar ao longo do dia. Os produtos em bastão, ou que já têm cor podem ser uma boa opção para usar junto com a maquiagem.


Mulher tomando sol de óculos e chapéu (Foto: reprodução/Pexels)


Caso esteja na praia, vale a pena usar também chapéus ou bonés, para proteger o couro cabeludo, pois é uma região sensível e sujeita a queimaduras pelo sol. Com essas medidas, é possível aproveitar a estação de forma segura, sem prejudicar a saúde da pele.

Foto Destaque: mulher passando protetor solar (Reprodução/Pexels)