Casos de câncer relacionados com HPV podem ser contidos por prevenção primária

Nesta terça-feira (5), a Fundação do Câncer divulgou um estudo que demonstra que por volta de 6 mil casos de câncer associados com o papilomavírus humano (HPV) podem ser evitados através da prevenção primária, em um período de um ano. 

Informações sobre a pesquisa

O estudo não registrou outros dados que são alarmantes, como o câncer do colo do útero, com 17 mil casos estimados por ano, frequentemente relacionado pelo HPV. Também consta na pesquisa que a prevenção primária poderia evitar cerca de 4,5 mil mortes anualmente.

De acordo com a quarta edição da pesquisa “O impacto do HPV em diferentes tipos de câncer no Brasil”, grande parte dos pacientes chegam às unidades de saúde com uma situação grave e estágios avançados da doença. 

O estudo mapeou cinco tipos de câncer: orofaringe, ânus e canal anal, vagina, vulva e pênis. Os resultados demonstraram que quase 90% dos homens e cerca de 85% das mulheres chegam com a doença avançada quando são recebidos pelos profissionais de saúde.  


Vacinação pode evitar casos de câncer relacionados ao HPV. (Foto: reprodução/AdobeStock)


Atraso no tratamento

Os dados do estudo indicaram que existem falhas na relação entre o tempo de espera do paciente e o início do tratamento após o diagnóstico.

O diretor executivo da Fundação Luiz Augusto Maltoni disse que os indivíduos que vão muitos dos pacientes chegam ao hospital com o diagnóstico em mãos e esperam mais de 60 dias. Nesta situação, os profissionais de saúde ferem “a lei 12.732/12 que garante ao cidadão iniciar o tratamento dentro desse prazo após o diagnóstico da doença”.

De acordo com o diretor, essa demora demonstra que há falhas no sistema de saúde, que prejudica no tempo entre a “investigação na atenção secundária e no encaminhamento para a terapêutica”.

A pesquisa revelou que a maioria dos pacientes têm mais de 50 anos de idade (78%), possuem baixa escolaridade (64%) e são negros (56% dos homens e 53% das mulheres). As informações indicam que grande parte dos casos podem ser evitados pela vacinação, que pode diminuir os gastos da saúde pública. 

Foto destaque: profissional de saúde cuida de paciente com câncer. Reprodução/Sciath

Protetor solar: descubra sobre as siglas e abreviaturas dos produtos

O protetor solar é tão benéfico para a pele, que todas as ações não cabem no rótulo. É por isso que esses produtos são cercados de siglas, abreviações, apelos de marketing e informações que, muitas vezes, dificultam o entendimento para a compra do produto mais indicado. A dermatologista Dra. Ana Maria Pellegrini, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, explica tudo que é preciso saber para escolher o melhor produto.

Entendendo as siglas

O maior imbróglio está nas siglas. E não é por menos, já que muitas delas são abreviações do inglês. 

UVA – É uma radiação emitida pelo sol e presente ao logo do dia, do nascer ao pôr do sol. “Da mesma forma que atravessa janelas, esse tipo de radiação penetra profundamente na pele, por isso ela é considerada a principal responsável pelo envelhecimento precoce (manchas e rugas). Mas, diferente da UVB, ela é indolor, sua ação é na derme, sendo responsável por produzir os temidos radicais livres”, diz a médica. É uma radiação que aumenta o risco de câncer de pele.                                                  

UVB – É a outra radiação ultravioleta de maior importância para a pele. O UVB é capaz de deixar a pele avermelhada, com eritema, e por isso causa queimaduras e ardência. “Essa radiação está presente em maior porcentagem entre às 10 e 16 horas e está envolvida na síntese da vitamina D. No entanto, por reduzir as defesas primárias do corpo, presentes na superfície da pele, também aumenta o risco de cancerização”, diz a médica.

FPS – A sigla FPS significa Fator de Proteção Solar e é um índice que determina o tempo em que uma pessoa pode estar exposta ao sol sem deixar a pele vermelha. Essa proteção refere-se apenas aos raios UVB. “Se eu aplicar fator 30, ele absorve em média 96,7% da radiação solar. No caso do fator 50, ele está absorvendo 98% da radiação solar. Uma das estratégias recomendadas é o uso da “regra da colher de chá”, na qual consideramos a aplicação de uma colher de chá no rosto e em cada um dos membros superiores e duas colheres de chá para tronco/dorso e para cada um dos membros inferiores“, explica a Dra. Ana Maria Pellegrini.

PPD / FP-UVA – PPD significa Persistant Pigment Darkening e indica o grau de proteção contra os raios UVA. Nos rótulos, o PPD pode aparecer como FP-UVA (Fator de Proteção UVA). “No estudo de UVB (FPS), medimos o quanto a pele demora para ficar vermelha quando exposta ao UVB. No caso do estudo UVA, mede-se o quanto a pele demora a apresentar pigmentação por melanina quando exposta ao UVA. Embora negligenciado na hora da escolha de um produto, o PPD é um índice importante. O ideal é que o rótulo tenha números a partir de 10 ou represente, no mínimo, um terço do FPS“, diz a médica.

PA+ – Protetores solares importados podem contar com as siglas PA+, PA++, PA+++, PA++++. “O PA é uma escala PPD, ou seja, o grau de proteção UVA de um protetor solar: De acordo com a metodologia Measurement Standards for UVA Protection Efficacy, descrita pela Japan Cosmetic Industry Association, uma proteção entre 2 e 4 é apontada como PA+, entre 4 e 8 é PA++, entre 8 e 16 é PA+++ e maior que 16 é PA++++, sendo os dois últimos as melhores opções“, explica a dermatologista.

IR – Sigla mais rara de ser encontrada, que significa Infrared ou infravermelho, uma radiação sentida na pele através do calor ou mormaço. “Esse é um comprimento de onda que atinge a derme mais profunda onde estão as fibras de ancoragem e sustentação da pele. E isso traz consequências à elasticidade da pele“. Além disso, o infravermelho também está associado a piora de manchas pré-existentes, especialmente do melasma. A dermatologista explica que, nesses casos, é importante o uso proteção física e antioxidantes que diminuam o processo inflamatório causado pelo Infrared. Para esse tipo de proteção, os filtros físicos ou com cor são uma boa pedida. 

Foto destaque: protetor solar (Foto/Reprodução)

Angélica relata efeitos no cabelo após menopausa; entenda o que acontece

A apresentadora, atriz e empresária Angélica Ksyvickis Huck contou recentemente sobre a mudança capilar que experimentou após ter filhos e entrar na menopausa, que mexeu com sua autoestima: “Sempre tive muito cabelo, desde pequenininha e quando me vi perdendo os fios, foi assustador“. Muitas mulheres percebem mudanças no cabelo nessa época da vida, e a mudança hormonal pode ser a chave para entender essa questão.

O que acontece

Alterações hormonais podem causar queda de cabelo temporária ou permanente. Isso pode ocorrer durante a gravidez, após o parto (eflúvio telógeno pós-parto), durante a menopausa ou como resultado de distúrbios hormonais, como a síndrome dos ovários policísticos”, explica a Dra. Lilian Brasileiro, médica especializada em Medicina Capilar, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e coordenadora e palestrante em eventos sobre tratamentos capilares.

Cerca de metade das mulheres na menopausa notam perda de cabelo acelerada e mudanças na textura nesta fase da vida. Isso acontece porque os anos anteriores e posteriores à menopausa são caracterizados por mudanças drásticas nos níveis de hormônios sexuais femininos”, explica a Dra. Deborah Beranger, endocrinologista, com pós-graduação em Endocrinologia e Metabologia pela Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro (SCMRJ).

Fases da mulher e efeitos no cabelo

A endocrinologista argumenta que os hormônios femininos são relacionados ao crescimento e boa textura do cabelo e é por isso que durante a gravidez, quando eles estão em profusão, os fios tornam-se mais bonitos, brilhantes, densos, fortes e com crescimento acima da média.

Os folículos pilosos, que são pequenos órgãos sob a pele que contêm a raiz do cabelo, contêm receptores para hormônios sexuais como estrogênio, testosterona e outros andrógenos. Não há muita pesquisa conclusiva sobre como os hormônios sexuais femininos afetam especificamente o cabelo. No entanto, alguns estudos preliminares em camundongos e em células da pele sugerem que o estrogênio afeta o crescimento do cabelo, possivelmente estimulando-o, e também pode ser responsável por manter o diâmetro de cada fio de cabelo”, diz a médica endocrinologista.

Segundo a Dra. Deborah, outros hormônios, principalmente a testosterona, que tem sido mais estudado, são responsáveis pela produção de sebo, que são óleos que nutrem e hidratam o couro cabeludo e a haste capilar (a parte do cabelo que fica acima da pele). 

Foto destaque: Angélica Ksyvickis Huck (Reprodução/Instagram/@angelicaksy)

Revolução nos testes de diabetes: método inovador utiliza saliva para medir glicose

Uma equipe de cientistas do Canadá e dos Estados Unidos concebeu um protótipo revolucionário de dispositivo doméstico destinado a transformar a vida dos pacientes diabéticos. Esse dispositivo propõe uma maneira menos invasiva de medir os níveis de glicose no sangue, utilizando amostras de saliva, ao contrário dos convencionais medidores de glicose que requerem procedimentos que incluem perfurações no dedo para a coleta de sangue.

A descoberta desse avanço foi documentada na prestigiada revista científica ACS Sensors. Os pesquisadores, afiliados à Université de Sherbrooke, no Quebec, e à empresa Colgate-Palmolive, em Nova Jersey, escolheram utilizar um biossensor eletroquímico baseado em aptâmero (E-AB), uma abordagem já consolidada no campo médico.


Logo da revista científica ACS Sensors (Foto: reprodução/ACS Publications)


Testes e resultados

  • O biossensor incorpora uma sequência de DNA especialmente desenhada, conhecida como aptâmero, que se conecta a um biomarcador específico na amostra, gerando um sinal eletroquímico mensurável;
  • Em experimentos, os dispositivos proporcionaram resultados em 30 segundos, mantendo estabilidade na saliva não diluída por até três dias;
  • A sensibilidade dos biossensores permaneceu preservada por até uma semana, desde que fossem devidamente lavados após cada utilização.

A conveniência desse método viabiliza a realização fácil dos testes em casa, dispensando a intervenção de profissionais. Além disso, a tecnologia apresenta perspectivas para identificar outros biomarcadores, utilizando aptâmeros distintos. Uma variação do dispositivo, concebida pelos pesquisadores, mostrou precisão ao medir os níveis de AMP (adenosina monofosfato) na saliva, um biomarcador relacionado à doença periodontal.

Biossensor árabe

Em setembro deste ano, a King Abdullah University of Science and Technology (KAUST), na Arábia Saudita, realizou uma pesquisa semelhante, desenvolvendo um biossensor cujos resultados foram documentados na revista Biosensors and Bioelectronics.

No entanto, os responsáveis pelo estudo destacaram obstáculos relacionados aos níveis mais reduzidos de glicose na saliva em comparação com o sangue. O professor Filipe Tôrres, do Instituto Federal de Brasília (IFB), ressaltou a importância de contínuos aprimoramentos na sensibilidade, precisão e acurácia desses dispositivos.

Foto Destaque: medidor de glicose e açúcar (Reprodução/NewsLab)

Ludmilla e Brunna passam por exames para Fertilização in Vitro; entenda a preparação

A cantora Ludmilla e sua esposa, a bailarina Brunna Gonçalves, estão se preparando para realizar uma Fertilização In Vitro (FIV) para engravidar. Segundo Brunna, elas estão na fase de exames. Esta fase é apenas um dos passos necessários para se preparar para a FIV, conforme o Dr. Rodrigo Rosa, especialista em Reprodução Humana e diretor clínico da clínica Mater Prime, em São Paulo.

Exames antes do tratamento 

Mesmo antes da recomendação da FIV pelo médico, uma série de exames devem ser realizados. “Essa investigação completa inclui uma série de protocolos clínicos como perfil imunológico, metabólico e hormonais, exames de secreção vaginal e avaliação da flora vaginal, por exemplo. Outros exames complementares podem ser solicitados pelo especialista, como para identificar ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis)”, diz o médico.

Medicação

Caso a FIV seja realmente a opção mais recomendada, certas medicações hormonais são necessárias. “Os medicamentos hormonais servem para estimular o crescimento e recrutamento dos folículos existentes naquele ciclo menstrual no ovário. Com isso, há mais folículos crescendo e, na aspiração, maior número de óvulos coletados. O controle dessa estimulação é realizado por meio de ultrassonografia e também por exames de sangue, que colaboram na identificação do momento correto de fazer a coleta dos óvulos”, explica o Dr. Rodrigo Rosa.

Duração da FIV

A primeira fase é a de estímulo ovariano, coleta de óvulos e coleta de sêmen, com a união de ambos os gametas no laboratório e o desenvolvimento desses embriões.

Esse estágio dura entre 13 e 14 dias e os embriões se desenvolvem de três a cinco dias no laboratório. A transferência do embrião pode ser feita no mesmo ciclo menstrual, o que ocorre em 10% dos casos apenas, ou um ciclo menstrual seguinte. Nesses casos, os embriões são congelados, a mulher menstrua de novo, e a transferência de embrião é realizada de 17 a 20 dias após a menstruação. O tratamento como um todo demoraria entre 45 a 50 dias”, diz o médico.

O que muda na rotina

Em geral, a mulher não precisará de grandes mudanças na rotina durante o tratamento de FIV, no entanto, os especialistas recomendam que não sejam realizadas atividades de impacto, como corrida ou musculação, que podem provocar o aumento dos ovários e prejudicar o tratamento. Também é recomendado evitar o consumo de álcool, tabaco ou medicações sem informar o médico.

Mudanças na dieta

Com relação à dieta, em geral, o tratamento não exige grandes restrições, mas é recomendado seguir uma alimentação saudável e evitar ultraprocessados, segundo o médico, sendo indicado consumir entre 60 a 70 g de proteína diariamente e comer alimentos ricos em cálcio.

O folato, vitamina B9 presente em alimentos verde escuros, também é importante; pode ser sugerida a suplementação com a forma ativa dessa substância, que é o metilfolato. Além disso, a mulher deve ingerir uma quantidade adequada de água diariamente visando manter-se hidratada e nutrida”, conta.

Chances de sucesso

O Dr. Rodrigo explica que o sucesso é variável, de acordo com a idade da mulher e com o número de óvulos coletados, que, por sua vez, depende da reserva ovariana (que é o estoque de óvulos) e da resposta ovariana ao estímulo. “A taxa de sucesso pode variar de 60% em mulheres até 35 anos até 10% por volta dos 43 anos. O tratamento pode ser repetido caso não haja sucesso na primeira tentativa”, finaliza o especialista.

DR. RODRIGO ROSA: Ginecologista obstetra especialista em Reprodução Humana e sócio-fundador e diretor clínico da clínica Mater Prime, em São Paulo, e do Mater Lab, laboratório de Reprodução Humana.

Foto destaque: Ludmilla e Brunna (Foto/Reprodução)

No Brasil, um a cada três estudantes sofrem com ansiedade, aponta estudo

65% dos estudantes universitários brasileiros (dois terços), relatam experimentar ansiedade diariamente. A informação foi concedida através de um estudo global conduzido pela Chegg.org, o braço sem fins lucrativos da empresa de tecnologia educacional Chegg. 
A pesquisa abrangeu mais de 11 mil estudantes universitários com idades entre 18 e 21 anos em 15 nações, incluindo 1.010 estudantes no Brasil.

Ansiedade 

As queixas relacionadas à saúde mental dos estudantes universitários, abrangendo uma gama mais ampla de questões, são destacadas por Máris Eliana Dietz de Oliveira, psicóloga e especialista em Terapia Cognitiva Comportamental. Isso inclui problemas como transtornos alimentares, fobia social, ansiedade, depressão, nomofobia (dependência de dispositivos móveis), e o uso de substâncias como drogas, cigarros eletrônicos, entre outros. Ela ressalta que, especialmente para aqueles que sofreram bullying, a vulnerabilidade aumenta. Todos esses desafios tornaram-se mais evidentes após a pandemia da covid-19.


Dois em cada três estudantes universitários brasileiros afirmam sentir ansiedade diariamente (Foto: reprodução/Marcello Casal Jr. / Agência Brasil/CNN)


No Brasil, 26,8% da população é diagnosticada com ansiedade, enquanto 12,7% enfrentam quadros depressivos. No mês dedicado a prevenção do suicídio, as estatísticas sobre a saúde mental dos brasileiros são motivo de preocupação. Globalmente, quase um bilhão de pessoas lidam com distúrbios mentais. Segundo a OMS, a prevalência de ansiedade e depressão cresceu 25% devido à pandemia.

Estudantes brasileiros 

A maioria dos estudantes brasileiros (59%) também afirmou não dormir o suficiente, e a metade (47%) disseram não estar sendo capazes de manter hábitos saudáveis, mesmo que apenas 10% considerem estar mantendo hábitos que não sejam saudáveis. A porcentagem de estudantes que sofre com ansiedade diariamente no Brasil é a segunda maior dentre os países participantes, ficando atrás apenas dos Estados Unidos (68%).

A pesquisa destaca o desejo dos estudantes brasileiros por mensalidades mais baixas, com 53% preferindo aulas online para reduzir custos. Além disso, 58% deseja concluir o diploma mais rapidamente, mesmo que isso signifique pagar menos. No uso de inteligência artificial, 52% dos estudantes brasileiros a utilizam, principalmente para entender conceitos e gerar rascunhos de trabalhos. Metade apoia o uso de IA nas universidades, enquanto 48% dos usuários expressam preocupação com a possibilidade de respostas incorretas.

 

Foto destaque: estudantes universitarios vem sonfrendo com diversos tipos de transtornos mentais (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/sagres)

 

 

Ministério da Saúde aponta que homens dirigem mais que mulheres após ingerir bebidas alcóolicas

O Vigitel, órgão do Ministério da Saúde responsável por pesquisas via telefone, divulgou nessa quinta-feira (30) dados de seu estudo anual sobre doenças crônicas não transmissíveis no Brasil e expôs que homens são mais propensos do que as mulheres a dirigir após ingestão de bebidas alcoólicas.

Os dados divulgados mostram que um a cada dez homens que responderam à pesquisa, dirigem ou já dirigiram veículos após uso de bebidas alcoólicas. Em relação a mulheres o número é bem menor, cerca de 2,2% do total entrevistado.

Capitais brasileiras da região Norte e Nordeste lideram

A capital de Tocantins, Palmas, lidera as estatísticas com 24,5% de homens que assumiram que conduzem veículos automotores após ingerirem alguma bebida alcoólica. Teresina, no Nordeste, tem cerca de 23,2% e Boa Vista, capital de Roraima, registrou 20% das pessoas do sexo masculino que responderam aos pesquisadores.

Cenário preocupante

A pesquisa hoje divulgada consta apenas dados de brasileiros, porém em uma escala mundial os números também são alarmantes, pois acidentes e mortes ocasionadas pelo uso excessivo de álcool somam três milhões de pessoas de ambos os sexos que assumem que conduzem veículos sob essa condição. Os homens aparecem mais uma vez liderando essa triste estatística, com 27,3% em todas as idades pesquisadas.


Ministério da Saúde divulgou dados preocupantes sobre bebidas alcoólicas e direção (Foto: reprodução/X/@minsaude)


O que é o Vigitel

O Vigitel, Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico, é um órgão do Ministério da Saúde responsável por elaborar e realizar pesquisas junto a população brasileira via telefone. As pesquisas são feitas anualmente e até 2022 eram selecionadas as pessoas que tinham telefone fixo em sua residência, mas a partir deste ano as entrevistas estão sendo realizadas também por celular.

O órgão existe desde 2006 e desde então a população de todos os estados e o Distrito Federal, maiores de 18 anos, são elegíveis a participar da pesquisa anual voluntariamente. Esses dados são importantes, ao colaborarem para uma vigilância sobre a evolução ano a ano dos indicadores e auxiliam na implementação de políticas públicas do Ministério da Saúde. Entre os temas perguntados, estão os relacionados a tabagismo, obesidade, condução de veículos após ingestão de álcool, atividades físicas entre outros assuntos ligadas a saúde. Foram entrevistados mais 800 mil adultos neste ano e o sigilo dos entrevistados é mantido por lei.

 

Foto Destaque: Ministério da Saúde divulga pesquisa onde mostra que homens dirigem mais que mulheres após consumir bebidas alcoólicas (Reprodução/@jcomp/Freepik)

Gripe aviária: Organização Mundial da Saúde monitora casos em humanos no Camboja

A OMS monitora no Camboja os registros de casos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), a gripe aviária. O Ministério da Saúde do país enviou uma notificação à Organização Mundial da Saúde nos dias 24 e 25 de novembro alertando da situação. Somente este ano já foram 6 casos registrados de infecção em humanos e 4 óbitos. 


Como ocorre a transmissão do vírus (Foto: reprodução/ Anderson Araújo/Danilson Carvalho/CB/D.A./Press)


Contaminação em humanos

O vírus contamina as aves, mas ocasionalmente pode provocar a contaminação também de humanos que tenham contato próximo com o animal doente. Não há registros de transmissão pela proximidade entre pessoas.

Os casos mais recentes registrados no Camboja são de uma mulher de 21 anos e uma criança de 4 anos, ambas moradoras de uma mesma vila na província de Kampot. Sobre os casos, a OMS declarou: “Nestes dois casos, embora a transmissão entre humanos não possa ser excluída, é provável que tenham ocorrido exposições separadas aos vírus de galinhas doentes e mortas”. 

Segundo os números divulgados pela OMS, o Camboja já identificou, desde 2003, 62 casos de gripe aviária em humanos, tendo 41 mortes. Durante o mesmo período pelo mundo foram registrados 882 casos e 461 mortes, em 23 países. A partir destes dados é possível perceber uma letalidade superior a 50%.

Apesar dos casos, o risco é baixo para a população

A OMS avaliou com base nas evidências disponíveis que apesar dos casos, o risco de contaminação da população pelo vírus H5N1, permanece baixo. Contudo, declarou: “Qualquer pessoa que tenha sido exposta a aves potencialmente infectadas ou a ambientes contaminados e não se sinta bem deve procurar atendimento médico imediatamente e informar seu médico sobre sua possível exposição”.

As autoridades orientam a população a evitar o contato com ambientes de alto risco como fazendas e mercados que tenham aves vivas ou superfícies contaminadas por excrementos das aves e também à prática frequente de lavar as mãos e o uso constante de álcool em gel.

Foto Destaque: imagem de consciêntização à gripe aviária (Reprodução/Peter Garrard Beck/Getty Images)

Ministério da Saúde inclui 165 novas patologias relacionadas ao trabalho

Nesta quarta-feira (29), o Ministério da Saúde divulgou a atualização de lista oficial de doenças do trabalho com a inclusão de 165 novas patologias, expandindo significativamente o rol de enfermidades reconhecidas como decorrentes das atividades laborais, estando entre elas a síndrome de burnout, o abuso de drogas e tentativas de suicídio.

Lista ajuda a mapear doenças relacionadas ao ambiente de trabalho

Essa expansão das denominações das patologias indica um avanço significativo na compreensão e no reconhecimento das condições de saúde mental relacionadas ao ambiente profissional. A finalidade dessa lista é mapear a saúde, sendo uma ferramenta para se ter o registro de doenças possivelmente ligadas ao ambiente de trabalho, sejam elas confirmadas ou suspeitas.

Ao G1, a médica docente na área de Saúde do Trabalhador na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que integrou a equipe técnica responsável pela publicação, disse que “a lista incorporou doenças que não existiam e trouxe doenças que já existiam, mas cuja relação com o trabalho ainda não estava bem estabelecida, como alguns cânceres”. Essa atualização preenche uma brecha em lista feita há 24 anos, que não acompanhou a evolução da ciência ou as mudanças nos ambientes de trabalho.


Equipamento de Proteção Individual (Foto: reprodução/TRT15/Justiça do Trabalho)


Doenças ocupacionais mais listadas

Segundo o Ministério da Saúde, “o Sistema Único de Saúde (SUS) atendeu quase 3 milhões de casos de doenças ocupacionais entre 2007 e 2022, sendo 52,9% das notificações relativas a acidentes de trabalho graves”. O ministério ainda informa que 26,8% dos casos registrados foram originados pela interação com substâncias biológicas, 12,2% decorreram de acidentes envolvendo animais peçonhentos e 3,7% estiveram associados a lesões por esforço repetitivo (LER).

Somente em 2023 já foram registrados mais de 390 mil casos de doenças relacionadas ao trabalho.

Importância da atualização de patologias ocupacionais

Em nota, o Ministério da Saúde afirmou que a nova lista passará a valer após 30 dias de sua publicação no Diário Oficial da União (DOU) e atenderá toda a população trabalhadora, urbana e rural, e independentemente da forma de inserção no mercado de trabalho, seja formal ou informal.

A nova lista de doenças do trabalho também representa um avanço considerável no reconhecimento e na abordagem das questões relacionadas à saúde mental dos trabalhadores, sinalizando a urgência de um olhar mais abrangente sobre as condições de trabalho e o impacto dessas doenças para os brasileiros.

Foto Destaque: pessoa aparece de cabeça baixa enquanto é cobrada no ambiente de trabalho (Reprodução/Freepik)

Saiba a quantidade diária adequada de proteínas como whey, carne e ovo

Uma alimentação balanceada associada ao consumo adequado de proteínas por dia é o desejo de muitos focados no ganho de massa muscular e é fundamental para todas as pessoas. A proteína, um importante macronutriente, desempenha papel fundamental no desenvolvimento do organismo.

Diversos grupos, incluindo veganos e vegetarianos, buscam formas de ingerir proteínas diariamente alternativas à carne animal. O consumo diário é essencial, independente da origem, animal ou vegetal, contribuindo para outras sínteses e mecanismos do corpo.


Uma dieta balanceada com a quantidade de proteína adequada ajuda no desenvolvimento do organismo (Foto: reprodução/Pixabay)


A importância da proteína

A proteína é considerada o mais valioso dos macronutrientes. “Os cabelos e unhas, por exemplo, são feitos principalmente dela. Tem função de construir e reparar tecidos, produzir enzimas, hormônios e outras substâncias químicas. É ainda um componente de ossos, músculos, cartilagens, pele e sangue. Diferentemente das gorduras e dos carboidratos, não conseguimos estocar proteínas, por isso, é necessária a ingestão diária desse nutriente”, afirma a nutricionista Priscilla Primi, em no jornal O Globo.

As principais funções da proteína no organismo são a construção e reparação dos tecidos e dos músculos. As substâncias também ajudam no metabolismo energético, atuam no sistema imunológico e têm um papel muito importante na digestão e absorção de nutrientes no intestino.


 

O shake preparado com whey é a bebida preferida dos esportistas e atletas (Foto: reprodução/Pixabay)


Whey, ovos e carne

O suplemento alimentar whey é considerado uma alternativa para complementar o consumo de proteína diário de pessoas que praticam esportes. O whey é produzido com a proteína do soro do leite e preparado para ser ingerido como shake.

O ovo também é uma fonte de proteína eficaz, com o organismo absorvendo todos os nutrientes contidos nele. Geralmente consumidos por esportistas e atletas após os treinos para ganhar massa muscular, o alimento é composto pelas vitaminas do complexo B, além das vitaminas D, K, cálcio e ferro. No entanto, não deve ser consumido em excesso, podendo sobrecarregar os rins.

A carne contém todos os aminoácidos essenciais para o organismo. Além disso, contém minerais como o ferro, vital para os processos celulares no corpo e um componente da hemoglobina, responsável pelo transporte do oxigênio no sangue. Por isso, o consumo adequado da carne pode prevenir a anemia.

Consumo diário de proteína

Vários fatores devem ser considerados na hora de definir a dieta adequada para cada pessoa, além da idade, peso, altura e demais medidas do corpo. Exames laboratoriais também devem ser analisados por um especialista, como os nutricionistas. A partir desse conjunto de critérios, os profissionais podem definir a dieta e a quantidade de proteína que cada pessoa deve ingerir por dia.

Foto Destaque: veja as opções de proteína para o bom funcionamento do organismo (Reprodução/Pixabay)