145 mil doses de vacinas para dengue vencem em abril e gera preocupação sobre desperdício

O prazo para que o governo utilize aproximadamente 145 mil vacinas da dengue vence no fim deste mês. O Ministério da Saúde às comprou em um lote de 668 mil vacinas, com vencimento para 30 de abril.

Por concentrar a maior quantidade de internações pela doença, o público-alvo do governo federal são crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. Portanto, pretende imunizar esse grupo.

Proposta do Ministério da Saúde 

Para não perder essas vacinas, a ministra da saúde, Nísia Trindade, propôs redistribuir as doses para outras cidades em nove estados, no final de março. No entanto, o projeto não tem dado conta dos imunizantes disponíveis.

O Amapá é um dos estados que receberam as doses, mas não atingiu a quantidade de público imunizado. Das 22.376 vacinas recebidas no início do mês, cerca de mil foram usadas. Por características próprias,  o estado recebeu imunizantes do Distrito Federal e de Mato Grosso do Sul.


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O público-alvo das vacinas são as crianças e adolescentes (Foto: reprodução/Getty Images Embed/LWA/Dann Tardif)


A iniciativa da ministra abrange mais outros oito estados que receberam as vacinas com vencimento em abril. Entre os oito, Goiás é o estado que tem a maior quantidade de doses a serem aplicadas, sendo 77,4 mil. A Bahia precisa remanejar e distribuir 15,3 mil imunizantes, e a Paraíba tem 6,1 mil para serem aplicadas.

Apesar desses estados já estarem progredindo na aplicação, as unidades federais de São Paulo e Amazonas, respectivamente, possuem 11,6 mil vacinas pendentes e cerca de 13 mil ainda em estoque. Acre, Maranhão e Rio Grande do Norte ainda não informaram o número de doses que serão distribuídas neste mês.

Sem um “/Plano B”/

Além de acreditar que dará tempo para aplicar todas as vacinas dentro do prazo, o Ministério da Saúde não tem outra proposta caso ocorra um possível desperdício. De acordo com a pasta, a primeira semana do mês fechou com 31.650 aplicações, enquanto os números da segunda semana ainda não foram divulgados e fechados.

No mês de março, foram aplicadas 449.725 doses, enquanto em fevereiro, o mês que iniciou a campanha, atingiu cerca de 227.272 aplicações. Para O Globo, a secretaria nacional de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, acredita que os resultados estão sendo positivos, já que não tiveram nenhum indicativo por parte dos estados e municípios alertando sobre perdas.

Por conta de atraso nos registros das vacinas aplicadas, a secretaria argumenta que isso faz com que o número divulgado não represente com precisão o real avanço da campanha de vacinação.

Conforme a pasta, não haverá possibilidade de distribuir doses fora da faixa etária, conhecida como “xepa”. A decisão foi tomada por ser contrária ao planejamento da comissão técnica para a campanha e à sugestão da Organização Mundial da Saúde (OMS), que foi acatada pelo ministério.

Vacinação nas escolas

Por ser uma faixa etária voltada para crianças e adolescentes, a ministra da saúde chegou a anunciar uma campanha de vacinação para imunização contra dengue e outras doenças através do Programa Saúde nas Escolas. De acordo com Trindade, a iniciativa estava prevista para a segunda quinzena de março.

No entanto, a pasta reavaliou a iniciativa após casos de reações alérgicas à vacina. A recomendação feita pelo ministério é que a vacinação seja assistida com acompanhamento adequado das possíveis reações. Essa medida também foi repassada para a prefeitura.

Nos últimos 5 anos, as maiores taxas de hospitalização por dengue estão concentradas nessa faixa etária, depois dos idosos. Referência mundial no ramo da vacinação, o Brasil já ultrapassou 3 milhões de casos de dengue em quatro meses do ano. As mortes pela doença foram 1.344, além de outras 1.872 suspeitas que ainda estão em investigação.

Foto Destaque: A validade das vacinas vence nesse mês (Foto: reprodução/Getty Images Embed/d3sign)

 

Tabagismo: Pulmões de ex-fumantes podem se regenerar mesmo com substâncias tóxicas do cigarro

Tanto os cigarros tradicionais ou eletrônicos são capazes de trazer danos às estruturas pulmonares e consequentemente afetar outros órgãos que tenham contato com as substâncias tóxicas (boca, esôfago, laringe, pulmão e bexiga, entre outros). 

A luta contra o tabagismo vale a pena devido a possibilidade de recuperação do organismo, mesmo que agredidos quimicamente por muito tempo.

Ao eliminar das toxinas do tabaco, o ex-fumante poderá notar mudanças significativas no seu dia a dia, como a diminuição da tosse, redução do congestionamento nasal, a pessoa passa a ter mais disposição nas tarefas diárias, a respiração não é mais ofegante, permitindo melhora na capacidade respiratória.

A regeneração da estrutura pulmonar vai depender de vários fatores como,  quanto tempo o organismo fica exposto a substância química. Além dos exames de imagens, médicos fazem um cálculo para ter um parâmetro do tamanho da lesão que o cigarro pode ocasionar no paciente. Se uma pessoa fuma num período de 15 anos, um maço de cigarro por dia, é um grande indício que as estruturas pulmonares já estão extremamente comprometidas.


Homem fumando (Foto: reprodução: Getty Images embed)


Impactos ocasionados pelo fumo excessivo

Os pulmões são responsáveis por captar o oxigênio e eliminar o dióxido de carbono do corpo. Quando se inala junto com o oxigênio substâncias químicas, todos os órgãos como a boca, nariz e garganta ficam expostos a tais substâncias. 

Segundo o Ministério da Saúde, a exposição passiva à fumaça e o tabagismo ativo, cansam diversas enfermidades como: cânceres, doenças respiratórias como enfisemas, bronquite, asma, doenças cardiovasculares como angina, hipertensão arterial, infarto, úlceras digestivas, trombosis, impotência sexual no homem, infertilidade em mulheres, catarata, osteoporose, menopausa precoce entre outros.


Impactos do tabagismo nos pulmões (Reprodução/G1)


Mudanças significativas no organismo

A decisão de parar de fumar vale a pena pelos benefícios e a qualidade de vida que a pessoa terá a partir daquele momento.

Uma das mudanças que o ex-fumante pode notar, logo nos primeiros dias ou semanas após parar de fumar é o retorno do olfato e do paladar que ficam mais apurados. Isso acontece, pois ao parar de inalar as diversas substâncias químicas presentes no cigarro, o corpo começa a sentir os aromas e sabores novamente.

Com a melhora do fluxo sanguíneo e a redução de monóxido de carbono, a pele deixa de ficar acinzentada, o brilho e a maciez são notados já nos primeiras semanas. A ingestão de alimentos saudáveis, água em abundância, ajudam na hidratação do corpo e na eliminação da nicotina no organismo.

A qualidade do sono retorna, pois a nicotina tem efeito estimulante e afeta diretamente a  produção da melanina (hormônio do sono). O sono é fundamental para o nosso corpo, evitando doenças como por exemplo a hipertensão, entre outros malefícios causados pelo tabagismo.

Foto destaque: Fumante com cigarro aceso (Reprodução/Getty Images embed)

Pesquisa brasileira mostra que má alimentação entre os jovens está ligada ao excesso de telas 

Pesquisadores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) concluíram que o tempo excessivo que adolescentes passam em celulares, videogames, televisões ou computadores está muito associado a má qualidade na dieta desses jovens. Um alto risco de sobrepeso está ligado à longos períodos em frente as telas e uma qualidade de sono ruim com menor duração. 

Como foi feita a pesquisa

A pesquisa realizada em escolas publicas de Curitiba mostrou 74,4% dos estudantes que passaram pela avaliação ficam mais de duas horas ao dia nas telas. Ou seja, dos 1,2 mil, três a cada quatro passam do limite de duas horas diárias determinado para pessoas mais novas, segundo a Academia Americana de Pediatria. 

O estudo foi feito da seguinte forma, foram avaliados 1,2 mil alunos entre 10 a 19 anos. Para analisar o tempo de tela, tiveram de fazer isto separadamente por três tipos de dispositivos: a televisão, o videogame e os outros portáteis. Assim, cada estudante estipulou quantas vezes utilizavam cada um dos aparelhos e deram o tempo para poderem calcular a média semanal em que usavam cada um deles. 

Após tratarem do tempo que passavam em seus dispositivos foi a hora de falar sobre sua alimentação. Responderam uma questionário sobre quais eram e como estava seus hábitos alimentares e qual a frequência que consumiam determinados itens, isso facilitou para que pudessem classificar a qualidade da dieta dos alunos. Foram feitas adaptações para algumas variáveis, como por exemplo o sexo, a idade, prática de exercícios físicos e a renda de cada um para com a escola. 


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  chocolates e guloseimas (Foto: reprodução/Getty Images Embed) 


Depois com os resultados da pesquisa, o dispositivo no qual passavam mais tempo era a televisão (56,5%), em segundo os portáteis (53,2%) e por fim o videogame (22%). O que perceberam é que os maus hábitos alimentares e uma dieta ruim estão muito ligados ao tempo gasto em frente a televisão. O consumo de ultraprocessados e alimentos não saudáveis é o que mais está associado ao excesso de TV. 

Opinião de uma nutricionista

De acordo com a nutricionista Mieko, as provas de que passar mais tempo em telas se relaciona diretamente com a falta de uma boa alimentação e falta de exercício físico só evidencia mais ainda um problema de saúde crescente na população brasileira, e que com esses dados, medidas de políticas públicas poderiam ser tomadas.

Foto destaque: menina mexendo no celular (reprodução/Spencer Platt/Getty Images Embed) 

Solidão envelhece e aumenta risco de morte, revela estudo

Um estudo foi recém-realizado pela Mayo Clinic, revelando que a solidão não apenas afeta o bem-estar emocional, mas também tem implicações profundas na saúde física, mental e na longevidade das pessoas.

Publicado no Journal of the American College of Cardiology: Advances, em março deste ano, esse estudo destaca a importância dos vínculos sociais para a saúde.


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Cientistas da Mayo Clinic conduziram a pesquisa do impacto da solidão na longevidade (Foto: reprodução/Thanasis Zovoilis/GettyImages Embed)


Estudo e disparidade racial

A pesquisa foi baseada na coleta de dados de 280 mil adultos, utilizando um modelo de Inteligência Artificial chamado IA-ECG para estimar a idade biológica dos voluntários, combinando questionários sobre suas Redes Sociais e seus exames cardiológicos num período superior a dois anos.

Os resultados indicaram que pessoas socialmente isoladas pareciam ser biologicamente mais velhas do que sua idade cronológica real.

O IA-ECG, revelou que a solidão está associada a um envelhecimento mais acelerado. Voluntários que apresentavam uma vida social mais ativa nas pesquisas, tiveram um índice de envelhecimento menor que os que declararam ter uma vida social mais isolada. Os participantes responderam a um questionário que abordava diferentes áreas de interação social.

O estudo também revelou diferença entre as raças, onde os participantes não brancos apresentaram maior envelhecimento biológico em comparação com os brancos. Aqueles com pontuações mais baixas no Índice de Rede Social enfrentaram um risco maior de morte.

Recomendação do especialista

Um dos cientistas dessa pesquisa da Mayo Clinic, o cardiologista Amir Lerman, enfatizou em uma entrevista sobre a importância de combater o isolamento social.

Ele afirma que não ter uma vida social afeta de forma crítica a saúde, mas sabe que as pessoas podem mudar os seus comportamentos, buscando mais interação social e a prática de exercícios regulares. Portanto, investir em conexões sociais pode ser uma estratégia eficaz para retardar o envelhecimento e promover a saúde no geral. Melhorando não só a estimativa de vida, como reduzindo o risco de doenças cardiológicas, AVC e demência.

Foto Destaque: pessoas solitárias envelhecem mais rápido de acordo com estudo da Mayo Clinic (Reprodução/Justin Paget/GettyImages Embed)

Novos estudos comprovam que Paracetamol não é contraindicado para gestantes

Nesta terça-feira (9), foi publicada na revista Jama uma pesquisa referente ao uso do paracetamol durante a gravidez e, anula qualquer possibilidade de aumentar o risco dos bebês nascerem com TDAH, autismo ou qualquer outro tipo de deficiência intelectual. 

Efeito do paracetamol durante a gravidez 

O antigo estudo comparou as gestações que, tiveram o consumo do remédio e as que não tiveram e viram que havia evidências de riscos, mas a  pesquisa feita recentemente analisou os registros médicos de crianças nascidas entre 1995 e 2019 e, contradizendo a pesquisa realizada anteriormente, a conclusão do estudo atual foi que o ingrediente ativo do Tylenol não é responsável por nenhum risco para o neurodesenvolvimento. 


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Paracetamol não é mais uma preocupação para as gestantes, diz estudos atualizados (Foto: reprodução/Getty Images Embed)


Origem dos estudos 

O estudo que foi realizado por cientistas do Instituto Karolinska da Suécia e da Universidade de Drexel é muito relevante e superior ao anterior, pois leva em consideração fatores genéticos e ambientais que elimina variáveis que distorcem a conclusão dos experimentos clínicos. 

Eric Brenner, professor assistente de pediatria da Universidade de Duke, não teve participação nas pesquisas diz que, nos estudos de controle entre os irmãos, autores da pesquisa, controlam melhor os fatores ambientais que muitos estudiosos ainda não tem conhecimento e, afirma que, todos os participantes e a análise dos irmãos são um dos pontos fortes do estudo. 

“Esse é um estudo muito amplo e bem projetado que não encontrou associação entre o uso de paracetamol e o comprometimento do desenvolvimento neurológico, incluindo autismo e TDAH”, afirma Brenner atráves do email do veículo de informações CNN.

Foi comprovado que, o maior risco do desenvolvimento de distúrbios neurológicos é a genética, diz um estudo que relatou a descoberta de pais com distúrbios e que costumam usar analgésicos como o que está em questão, surgindo o motivo do estudo ter conclusões erradas. 

Foto Destaque: novos estudos comprovam que Paracetamol não é contraindicado para gestantes (Reprodução/Getty Images Embed)

Vacina oral pode oferecer proteção prolongada contra infecção urinária, revela estudo

Foi realizado uma pesquisa pelo Royal Berkshire, do Reino Unido, a qual, uma vacina oral ajudou na prevenção de infecção urinária. Durante 9 anos após receberem o imunizante, além de relatarem nenhum efeito colateral, não tiveram infecção de urina recorrentes, segundo o estudo.

É bastante comum a infecção urinária principalmente nas mulheres, mas acomete os homens também. São dois os tipos de infecção de urina: que acomete o trato urinário baixo – uretra e bexiga, (cistite) e a que atinge o trato urinário superior – rins (pielonefrite).


Ilustração informativa de infecções do trato urinário (Foto: brgfx/Freepik)


Menos antibióticos

Normalmente, infecções de urina são combatidas através de antibióticos, porém quando de forma insistente se mantendo recorrente, as bactérias se tornam mais resistentes aos medicamentos, levando até mesmo nos casos mais graves, uma piora no quadro clínico quando não combatido totalmente.

Então, os médicos do Royal Berkshire Hospital, vieram estudando a vacina MV140, que foi desenvolvida pela farmacêutica Imunotek para combater as bactérias causadoras de infecção de urina com o objetivo de verificar sua segurança, e foram 89 participantes da pesquisa. 

Foi administrado nos participantes durante três meses a vacina MV140, sendo duas pulverizações debaixo da língua todos os dias. Esta foi a primeira vez que este estudo foi realizado a longo prazo, e a pesquisa foi feita com participantes que sempre tiveram infecções de urina recorrentes.

Muitos anos sem infecção

Segundo Bob Yang, urologista consultor da Royal Berkshire, cerca de metade dos participantes permaneceram livres da infecção, 9 anos após receberem pela primeira vez a vacina. E a segurança da vacina se mostrou a longo prazo, conforme afirmação dos participantes que tiveram menos infecções urinárias.

E relataram que quando tiveram, simplesmente tomaram muita água, o que era suficiente para tratar. São bastante promissores esses estudos, pois mostram um avanço potencial na prevenção de infecções de urina, e ainda podendo oferecer uma alternativa aos tratamentos convencionais.

 

Foto Destaque: Médico mostrando como sãos os rins humanos por dentro em peça de plástico (reprodução/Peter Dazeley/Getty Images Embed)

Vacinação contra dengue em SP é ampliada para crianças e adolescentes

A partir de hoje, quarta-feira (10), todas as crianças e adolescentes com idades entre 10 e 14 anos, residentes ou estudantes na cidade de São Paulo, terão acesso à vacina contra a dengue.

As doses do imunizante serão disponibilizadas em 471 Unidades Básicas de Saúde (UBS), com horário de aplicação das 7h às 19h, de segunda a sexta-feira, e também aos sábados, nas unidades AMAs/UBSs integradas, no mesmo período.

Recentemente, doses da vacina contra a dengue foram distribuídas para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, porém limitadas às regiões de Itaquera, na zona leste, e Vila Jaguara, na zona oeste. Isso ocorreu devido ao excedente de mais de 8.000 doses de outras regiões do país, que foram realocadas para as áreas com maior incidência da doença, conforme indicado pela prefeitura.

A cidade recebeu agora 177.679 doses do imunizante do Programa Nacional de Imunização (PNI), justificando a ampliação da vacinação. Até o momento, a Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo registrou mais de 140 mil casos de dengue na capital, com 39 mortes confirmadas e 137 sob investigação.


Confira a ação de conscientização para o combate do  Aedes aegypti nas estações de trens, metrô e ônibus (Reprodução/Instagram/@governosp)


Documentos necessários para a vacinação

Para receber a vacina, é preciso que a criança o adolescente esteja acompanhado de um responsável, assim como apresentar o documento de identidade, cartão de vacinação e comprovante de residência ou escolar, conforme exigido pela Prefeitura. Além disso, as informações sobre a vacinação contra a dengue estão disponíveis na página “De Olho na Carteirinha”, da Secretaria de Estado da Saúde.

Aplicação de vacina nas escolas

Inicialmente, a administração municipal planejava realizar a vacinação nas escolas, porém, seguindo orientação do Ministério da Saúde, as doses serão aplicadas exclusivamente nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs).

Restrições à Vacinação

Crianças com dengue ativa ou suspeita da doença devem aguardar seis meses antes de receber a vacina, conforme recomendação do Ministério da Saúde, os indivíduos com histórico de hipersensibilidade à dose anterior da vacina e aqueles imunossuprimidos não devem receber o imunizante.

Foto destaque: Cientista injeta líquido vermelho em frasco (Reprodução/Banco de Imagens/Shopify)

Grávida, Fernanda Paes Leme surge bebendo vinho nas redes sociais

No último fim de semana, a apresentadora e atriz Fernanda Paes Leme, de 40 anos, divulgou em suas redes sociais, um vídeo em que bebe um gole de vinho durante evento de degustação no restaurante de seu noivo, o empresário Victor Sampaio. A atitude causou alvoroço pelo fato da atriz estar na reta final da gravidez de sua primeira filha, Pilar. “Não vou resistir. Eu vim pelo papo, mas um golinho só tudo bem, né? Já repasso a taça“, falou Fernanda, sorridente, vestindo uma blusa preta transparente que deixava o barrigão à mostra.


Fernanda bebe vinho na reta final da gravidez (Foto: reprodução/Instagram/@fepaesleme)


Álcool traz risco para o cérebro do bebê

A cena da atriz com a taça de vinho trouxe à tona o questionamento dos riscos do consumo de bebidas alcoólicas durante a gestação, já que os médicos alertam que não há limite seguro para ingerir álcool neste período. Através de estudo feito por pesquisadores da Universidade de Medicina de Viena, na Áustria, revelou-se que uma taça de vinho por semana pode ser capaz de provocar alterações físicas na formação do cérebro do bebê.

A partir da análise de exames de ressonância magnética, é possível perceber que crianças expostas a quantidades baixas de álcool no período pré-natal possuíam um sulco temporal superior direito (STS) menos aprofundado, na área cerebral responsável pela cognição e linguagem.

A pesquisa apresentada na reunião anual da Sociedade Radiológica da América do Norte, em Chicago, Illinois, teve o neurologista Patric Kienast, da Universidade de Medicina de Viena, como principal autor do estudo. Ele ressaltou que baixas quantidades de vinho levam a mudanças estruturais no desenvolvimento do cérebro e atraso na maturação do órgão.  

Síndrome Alcoólica Fetal

A ingestão de álcool altera a estrutura das células do ser humano, reduzindo o número de interconexões entre elas, porém mesmo com o risco, estima-se que 20% a 30% das gestantes mantêm o consumo de bebida alcoólica. A substância atravessa a placenta e pode ser encontrada na corrente sanguínea da mãe e do bebê.

Além disso, o fígado do bebê ainda não está preparado para processar o álcool como um fígado adulto. Outra questão é que o consumo de bebidas alcoólicas durante a gravidez está associado ao desenvolvimento da síndrome alcoólica fetal (SAF), transtorno grave que causa deficiências físicas, comportamentais e cognitivas. Estima-se que 3 em cada 1000 crianças sofram com essa síndrome, embora possa haver um número muito mais alto de bebês afetados em grau menor de gravidade.

Foto destaque: Fernanda posa com barrigão de 9 meses de gestação (Reprodução/Instagram/@fepaesleme)

Estudo revela o segredo de uma boa alimentação para saúde mental e cognitiva

Não é novidade que seguir uma alimentação balanceada é o segredo para uma vida mais saudável fisicamente e mentalmente. No entanto, nem todos sabem quais são as características essenciais para atingir um patamar vitamínico satisfatório para o organismo. Por esse motivo, um novo estudo, publicado na Nature Mental Health, analisou um grupo de pessoas que praticavam quatro tipos distintos de dietas e, assim, concluiu o melhor modelo para alcançar melhor saúde mental e função cognitiva.

Metodologia científica

A pesquisa examinou os padrões alimentares de mais de 180 mil adultos do Reino Unido, dividindo-os em quatro grupos: dieta sem amido ou com amido reduzido, vegetariana, alta ingestão de proteína e baixa fibra, e equilibrada (sem restrições). A maioria dos participantes se enquadrava na categoria “equilibrada”, e essas pessoas apresentaram melhores resultados para saúde mental e função cognitiva do que os outros grupos. 

Quem seguiu uma dieta rica em proteínas/pobre em fibras resultou em menos massa cinzenta em uma região do cérebro relacionada ao movimento. Por outro lado, os adeptos de dietas vegetarianas apresentaram volumes maiores de massa cinzenta em partes do cérebro responsáveis pela transmissão de informações sensoriais.

O estudo conclui que uma alimentação equilibrada, sem restrições de alimentos específicos, está associada a uma melhor saúde mental e função cognitiva. No entanto, ressalta-se a importância de considerar outros fatores, como qualidade do sono, prática de exercícios físicos e gestão do estresse, para obter benefícios adicionais.


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Uma das dietas analisadas foi a vegetariana (Foto: reprodução/Getty Images Embed)


O problema das dietas restritivas

Além dessa pesquisa, um estudo realizado por pesquisadores do Brasil e de Portugal investigou as razões pelas quais as pessoas adotam dietas restritivas. A pesquisa, conduzida por cientistas da Unesp, Unifal e Instituto Universitário de Ciências Psicológicas, Sociais e da Vida, com apoio da FAPESP, descobriu que os principais motivos para essa prática foram saúde, humor, controle do peso, preocupações éticas e consumo de produtos naturais. 

Por outro lado, os pesquisadores alertam que dietas altamente restritivas podem causar dificuldades biopsicossociais, como deficiências de nutrientes, comportamentos inflexíveis e obsessivos, afastamento de ambientes sociais e sofrimento emocional, indo de encontro ao Guia Alimentar para a População Brasileira, que preconiza uma alimentação saudável sem restrições severas.

Foto destaque: Alimentos saudáveis (Reprodução/Getty Images Embed)

“Terapia celular” contra melanoma avançado traz esperança para combate à tumores

Um novo tratamento para o combate do melanoma, tipo mais agressivo de câncer de pele, foi aprovado pela agência norte-americana “Food and drug admimistration” (FDA). Trata-se da terapia celular com nome de lifileucel, da empresa de biotecnologia Iovance Biotherapeutics. A comunidade científica comemorou a primeira terapia celular aprovada para o tratamento de tumores sólidos.

Base do tratamento

O tratamento inédito tem como base o mecanismo imunológico TIL, sigla em inglês para “linfócitos que infiltram o tumor”, no combate contra o câncer. Essa imunoterapia coleta um tipo de glóbulo branco essencial para o sistema imunológico, as células T, que são encontradas em todo o organismo, inclusive no tumor. As células T agem penetrando o tumor, ao reconhecerem os antígenos presentes na superfície das células cancerígenas, e o matando. 

Como a quantidade natural dessas células é insuficiente para o combate contra os tumores, o novo tratamento age justamente na ampliação da quantidade de células T em laboratório, para então reinseri-las no paciente. Vale ressaltar que essa abordagem de tratamento não é novidade no meio científico. A técnica foi desenvolvida ainda na década de 80 pelo pesquisador e cirurgião Steven Rosenberg e resultou na remissão de 20 pacientes com melanoma, em ensaios clínicos feitos no National Cancer Institute. No entanto, a técnica pôde ser disponibilizada comercialmente devido ao desenvolvimento e aprimoramento da separação e expansão das células T, o que tornou o processo mais eficiente.

O tratamento

O primeiro passo da terapia lifileucel consiste na remoção do tumor, ou parte dele, e no isolamento dos TILs, para que sejam cultivados e multiplicados em bilhões de células no laboratório. Antes da infusão, o paciente é submetido à quimioterapia. Em seguida, é feita a infusão das células no paciente em conjunto de uma administração de altas doses de uma proteína que apoia o crescimento da atividade das células imunológicas, a interleucina-2.


Empresa biotecnológica Iovance Biotherapeutics (Foto: reprodução/Iovance Biotherapeutics)


Após a infusão, o paciente recebe suporte para os possíveis efeitos colaterais e para ajudar na recuperação. A grande maioria dos efeitos colaterais são dos preparativos para a infusão (a quimioterapia e a interleucina-2). No entanto, existe chance do tratamento causar doenças autoimunes, com os TILs atacando células normais. 

O tratamento é atualmente utilizado apenas como última linha, em pacientes que não responderam a outras terapias. No entanto, tanto a Iovance quanto outras empresas estão o testando como segunda ou primeira linha dde ação, já que há  evidências de que ele pode ser ainda mais eficaz nesses casos. 

Foto destaque: Iovance Biotherapeutics (reprodução/Iovance Biotherapeutics)