Saúde

Tabagismo: Pulmões de ex-fumantes podem se regenerar mesmo com substâncias tóxicas do cigarro

Estudos divulgados pela JAMA Oncology apontam que deixar de fumar antes dos 45 anos, pode reduzir o risco de contrair o câncer do pulmão, ainda fragilizados, os órgãos têm boa capacidade de recuperar dos danos sofridos

13 Abr 2024 - 18h30 | Atualizado em 13 Abr 2024 - 18h30
Tabagismo: Pulmões de ex-fumantes podem se regenerar mesmo com substâncias tóxicas do cigarro Lorena Bueri

Tanto os cigarros tradicionais ou eletrônicos são capazes de trazer danos às estruturas pulmonares e consequentemente afetar outros órgãos que tenham contato com as substâncias tóxicas (boca, esôfago, laringe, pulmão e bexiga, entre outros). 

A luta contra o tabagismo vale a pena devido a possibilidade de recuperação do organismo, mesmo que agredidos quimicamente por muito tempo.

Ao eliminar das toxinas do tabaco, o ex-fumante poderá notar mudanças significativas no seu dia a dia, como a diminuição da tosse, redução do congestionamento nasal, a pessoa passa a ter mais disposição nas tarefas diárias, a respiração não é mais ofegante, permitindo melhora na capacidade respiratória.

A regeneração da estrutura pulmonar vai depender de vários fatores como,  quanto tempo o organismo fica exposto a substância química. Além dos exames de imagens, médicos fazem um cálculo para ter um parâmetro do tamanho da lesão que o cigarro pode ocasionar no paciente. Se uma pessoa fuma num período de 15 anos, um maço de cigarro por dia, é um grande indício que as estruturas pulmonares já estão extremamente comprometidas.


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Homem fumando (Foto: reprodução: Getty Images embed)


Impactos ocasionados pelo fumo excessivo

Os pulmões são responsáveis por captar o oxigênio e eliminar o dióxido de carbono do corpo. Quando se inala junto com o oxigênio substâncias químicas, todos os órgãos como a boca, nariz e garganta ficam expostos a tais substâncias. 

Segundo o Ministério da Saúde, a exposição passiva à fumaça e o tabagismo ativo, cansam diversas enfermidades como: cânceres, doenças respiratórias como enfisemas, bronquite, asma, doenças cardiovasculares como angina, hipertensão arterial, infarto, úlceras digestivas, trombosis, impotência sexual no homem, infertilidade em mulheres, catarata, osteoporose, menopausa precoce entre outros.


impacto do fumo 5656Impactos do tabagismo nos pulmões (Reprodução/G1)


Mudanças significativas no organismo

A decisão de parar de fumar vale a pena pelos benefícios e a qualidade de vida que a pessoa terá a partir daquele momento.

Uma das mudanças que o ex-fumante pode notar, logo nos primeiros dias ou semanas após parar de fumar é o retorno do olfato e do paladar que ficam mais apurados. Isso acontece, pois ao parar de inalar as diversas substâncias químicas presentes no cigarro, o corpo começa a sentir os aromas e sabores novamente.

Com a melhora do fluxo sanguíneo e a redução de monóxido de carbono, a pele deixa de ficar acinzentada, o brilho e a maciez são notados já nos primeiras semanas. A ingestão de alimentos saudáveis, água em abundância, ajudam na hidratação do corpo e na eliminação da nicotina no organismo.

A qualidade do sono retorna, pois a nicotina tem efeito estimulante e afeta diretamente a  produção da melanina (hormônio do sono). O sono é fundamental para o nosso corpo, evitando doenças como por exemplo a hipertensão, entre outros malefícios causados pelo tabagismo.

Foto destaque: Fumante com cigarro aceso (Reprodução/Getty Images embed)

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