Megaoperação no Rio alcança imprensa internacional

Nesta terça-feira (28), as polícias civil e militar realizaram uma megaoperação nos arredores dos Complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro. Segundo as forças de segurança do Rio, a operação deixou ao menos 64 mortos. A notícia repercutiu internacionalmente em portais, como o The Guardian e a Deutesche Welle (DW).

Alguns jornais de Portugal, Argentina, França e Espanha também chamaram a atenção para o ocorrido, que carrega o título de operação mais letal do estado do Rio de Janeiro.

A operação Contenção

A ação faz parte de uma iniciativa do Governo do estado, criada para combater a expansão territorial e prender os líderes de facções criminosas do Rio de Janeiro, como o CV (Comando Vermelho).


Operação no Complexo do Alemão (Foto: reprodução/Instagram/@brunoitan)

Os policias buscam cumprir 100 mandados de prisão contra integrantes do CV, sendo 30 de outros estados e com destaque para membros no Pará. Além das mais de 60 pessoas mortas, 81 foram presas até o momento.

Durante a operação, três moradores foram vítimas de balada perdida e socorridos no Hospital Getúlio Vargas. Segundo o sociólogo Daniel Hirata, um “banho de sangue” foi testemunhado.

A imprensa internacional repercute a operação

Batizada de operação Contenção, a ação atraiu olhares da mídia internacional. A emissora alemã DW, por exemplo, relembrou o fato do Rio já ter testemunhado operações em áreas mais pobres antes de eventos internacionais antes e ressaltou que esse ano, a capital fluminense, será sede de eventos relacionados a COP30: a cúpula C40 e o Earthshot Prize.


Barreira de veículos queimados no Complexo da Penha (Foto: reprodução/Instagram/@brunoitan)

La Nácion, da Argentina, ressaltou a fala do governador Cláudio Castro (PL), que afirmou que a operação “é uma ação em defesa do Estado”. Segundo o ministro da Justiça e Segurança Pública, nenhum pedido foi feito ou negado em relação à crise de violência no Rio.

Outros jornais e meios também noticiaram a ação, como o periódico argentino Clarín, a rádio pública francesa RFI e o jornal português O Público.

Furacão Melissa avança com ventos de quase 300 km/h

O furacão Melissa se torna o segundo mais forte da história, com ventos de quase 300 km/h que avançam pelo Caribe, com foco na Jamaica, nesta terça-feira (28). O fenômeno fica atrás apenas do furacão Allen (305 km/h) de 1980. A tempestade foi considerada a mais forte a atingir o planeta..

Os percursos do furacão Melissa

Formado nas águas do Atlântico Norte, o fenômeno começa com tempestades tropicais que ganham forçam ao encontrarem águas quentes e poucos ventos frios. O Melissa saiu da África Ocidental e se movimentou para o Caribe em 21 de outubro.


Furacão Melissa (Foto: reprodução/Instagram/@terrafatos)

Além da Jamaica, a previsão é que o furacão atinja Cuba como um grande ainda no fim desta noite ou no início da manhã de quarta-feira (29). É possível que o fenômeno chegue em partes das Bahamas e áreas vizinhas.

É na parede do olho do furacão onde estão os ventos mais fortes e está se movendo em direção à Jamaica. O furacão só atingirá a costa se metade do seu olho cruzar a terra firme.

Rastros do fenômeno

O Centro Nacional de Furacões americano classificou o Melissa como categoria 5, o nível máximo na escala de Saffir-Simpson. Assim, especialistas afirmam que a tempestade possui um grande poder destruição.

A tormenta, que já deixou 7 mortes no Caribe, com vítimas na Jamaica, no Haiti e na República Dominicana, teve diminuição na pressão central mínima, o que indica aumento da intensidade nas horas seguintes, pois quanto menor a pressão, maior a tempestade.


Furacão Melissa atinge Jamaica (Foto: reprodução/Instagram/@carlosjotasilva)

Na Jamaica, mais de 52 mil pessoas sofrerem com a falta de energia causada pelo furacão e equipamentos reestabelecerem o fornecimento de energia para mais de 30 mil clientes. Porém, segundo a Serviço Público da Jamaica (JPS), eles continuaram a “restabelecer o fornecimento de energia nas comunidades afetadas enquanto for seguro” para as equipes.

Atualmente, o furacão Melissa está se movendo em direção ao norte-nordeste a 11 km/h.

Cláudio Castro sugere que PM opere blindados em operação estadual

Fontes próximas ao governo estadual afirmam que o governador do Rio, Cláudio Castro, propôs que a Polícia Militar utilizasse veículos blindados durante as operações de segurança no estado. De acordo com fontes, a medida tinha como objetivo expandir o aparato de ação da corporação em áreas de risco, apesar de levantar questões técnicas e críticas de especialistas em relação à formação dos PMs para operar com equipamentos militarizados.

A proposta tem impacto no contexto institucional e político, devido à tensão contínua entre a atuação policial e os limites legais e operacionais dessas instituições.

Justificativa e viabilidade operacional

Segundo as fontes consultadas, CNN Brasil, Globo, G1, o principal argumento do governador é que o uso de blindados garantiria mais segurança aos agentes em confrontos intensos e lhes concederia um “poder de fogo” superior. De acordo com ele, a medida poderia diminuir o número de baixas entre os policiais e melhorar a capacidade de resposta em operações de alto risco realizadas em áreas de conflito.


Cláudio Castro atual Governador do Estado do Rio de Janeiro (Foto: reprodução/Instagram/@claudiocastrorj)

No entanto, críticos argumentam que a Polícia Militar não está devidamente treinada para lidar com veículos militarizados e que os equipamentos disponíveis, como os chamados “caveirões”, exigem manutenção, logística e conhecimento técnico que vão além da rotina policial padrão. Ademais, há incertezas sobre o regime jurídico de uso desses veículos por força estadual, principalmente no âmbito das políticas de segurança nacional e das restrições legais.

Críticas, riscos e reflexos político-institucionais

Especialistas e organizações de direitos humanos alertam que a proposta pode elevar os riscos de letalidade, intensificar conflitos em regiões vulneráveis e gerar críticas à militarização da segurança pública. Ademais, a utilização de blindados por policiais militares pode provocar conflitos com as forças federais, questionamentos judiciais e desgaste político.


Operação policial contra a facção do comando vermelho no estado do Rio de Janeiro (Foto: reprodução/Mauro Pimentel/AFP/Getty Images Embed)

No âmbito político, a proposta revelou um dilema entre demonstrar firmeza na segurança e lidar com questionamentos acerca de abusos ou ilegalidades. Para os opositores, a ação é interpretada como um gesto simbólico de endurecimento, ao passo que os aliados a destacam como uma iniciativa para reforçar as operações em áreas de conflito.

A divulgação de que o governador propôs o emprego de blindados pela Polícia Militar gera uma discussão imediata sobre os limites entre segurança real e controle institucional. Agora, resta saber se a proposta será oficializada, qual será a posição das empresas e como o Judiciário e a sociedade responderão à possibilidade de uma intensificação das operações nos bairros mais vulneráveis. A implementação ou recusa dessa política tem o potencial de reestruturar o modelo de atuação policial no Rio.

Megaoperação: tráfico ordena fechamento de ruas no RJ após mais de 60 mortos

Uma megaoperação, que teve início logo pela manhã desta terça-feira (28), com mais de 2.500 policiais, entre civis e militares, foi montada para reprimir a expansão territorial do grupo Comando Vermelho.

A ação foi na Zona Norte do Rio, no Complexo do Alemão e no Complexo da Penha, e resultou na morte de 64 pessoas, sendo 60 suspeitos e 4 policiais. A operação se tornou a mais letal da história do Estado do Rio de Janeiro.

Facção responde com interdições e fechamento de vias

Os locais estratégicos atacados pelos policiais eram apontados pela investigação como quartéis generais da facção criminosa. Em resposta à ação policial, criminosos deram início ao fechamento de vias importantes de toda a cidade e utilizaram mais de 50 ônibus e caminhões como barricadas, travando o trânsito e gerando pânico em toda a população carioca.

Quatro policiais foram mortos durante a operação (sendo dois do Bope), 81 pessoas suspeitas foram presas até o momento, entre eles, chefes do Comando Vermelho.


Megaoperação no Rio de Janeiro deixa 64 pessoas mortas, sendo 4 delas policiais

Nesta terça-feira (28), 64 pessoas morreram e 81 foram presas durante uma megaoperação no complexo da Penha e do Alemão, localizadas na Zona Norte do Rio de Janeiro.  Quatro policiais não resistiram e faleceram, dois Civis e dois da BOPE. Registrando uma das mais letais operações da história do estado, objetivando reter o avanço do Comando Vermelho.

Objetivo da Megaoperação

A megaoperação trata-se de um movimento constante para combater os avanços em territórios fluminenses. A movimentação trata-se de um plano titulado como Operação Contenção, com objetivo enfraquecer a facção e realizar apreensão de lideranças criminosas; os policiais tentam cumprir 100 mandados de prisão, entre eles, 30 são de criminosos de outros estados, que estão escondidos nesses territórios.


Cenas de guerra: megaoperação contra facção é a mais letal da história do Rj (Vídeo: reprodução/Instagram/@portalg1)

Nesta terça-feira, a Zona norte registrou a operação mais letal do Rio de Janeiro, com mais de 200 disparos por minuto, uma cena de guerra. Ao todo, contaram com mais de 2.500 agentes para a operação, contando com agentes de serviços administrativos que tiveram seus serviços adiados em prol da operação.

Apreensão durante a operação

Durante a operação, três moradores foram vítimas de bala perdida, sendo socorridos às pressas ao Hospital Getúlio Vargas. Entre elas, uma atingida de raspão enquanto estava na academia; com a atualização das notícias, recebeu alta. O tráfico atuou em diversas áreas da cidade, construindo barricadas, tomando veículos e entulho em vias importantes da cidade como Linha Amarela e Grajaú Jacarepaguá.


Megaoperação provoca caos na volta para casa no Rio (Vídeo: reprodução/Instagram/@portalg1)

Ao redor dos territórios em operação, houve sintomas. Prejudicando a locomoção no Rio de Janeiro, como barcas, trens, ônibus e BRT; ocasionando num Centro da Cidade lotada de trabalhadores aguardando condução para casa.

A Operação Contenção teve como objetivo reter o tráfico organizado do Comando Vermelho (CV), realizando seus movimentos no Complexo da Penha e Complexo do Alemão por ser um local estratégico de logística de acordo com Claudio Castro. A operação obteve como resultado 64 mortos, 81 presos e 3 vítimas de bala perdida e um Rio de Janeiro em estágio operacional 2 de segurança em escala de 5, almejando efetivar 100 mandados de prisão.

Ministros do STF avaliam que prisão de Bolsonaro pode ocorrer até final do ano

Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) avaliam, discretamente, que a prisão em regime fechado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deve ocorrer até o final deste ano.

A expectativa é que, com o avanço dos trâmites judiciais e a baixa probabilidade de reverter o resultado de condenação do processo, o caso esteja encerrado antes do início de 2026, ano eleitoral.

Defesa recorre de condenação de prisão

Jair Messias Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado e outros crimes, atualmente ele cumpre prisão domiciliar, mas por outro motivo: descumprir medidas cautelares impostas em uma investigação sobre a tentativa de coagir o STF, em atuação nos EUA com seu filho, o Deputado Federal Eduardo Bolsonaro, para impor tarifas comerciais ao Brasil e evitar punições, interferindo no julgamento da trama golpista.

A Defesa de Bolsonaro solicitou, nesta segunda-feira (27), que o STF reconheça que o ex-presidente desistiu do golpe de Estado, em uma “tese de desistência voluntária“.

Os advogados recorreram da decisão de 27 anos e três meses de prisão e solicitaram a redução da pena, alegando ser uma decisão injusta imposta pelos ministros, ao final, solicitam que esses parâmetros e a condenação sejam revistos.



Entenda sobre a condenação de Bolsonaro

A publicação do acórdão da sentença, feita na última semana, deu início à contagem dos prazos para a apresentação de recursos da defesa do ex-presidente.  Nesta segunda-feira, a defesa alegou que Bolsonaro desistiu do golpe de Estado e solicitou revisão do processo, alegando que sua prisão seria injusta.

Integrantes da Corte avaliam que os recursos da defesa apresentados até agora não devem alterar o resultado do julgamento e a execução da pena é uma “questão de tempo”.

O prazo para análise final do processo entre os magistrados é prevista para o fim de novembro e o início de dezembro. A intenção é evitar que o caso se arraste para o próximo ano, ano eleitoral e evitar também o período de recesso da Corte.

Apesar da possibilidade da defesa de apresentar novos recursos, os ministros consideram não haver sustentação jurídica para reverter a condenação. O relator do caso, Alexandre de Moraes, sinaliza que não aceitará medidas protelatórias e pode determinar o início do cumprimento da pena assim que os prazos forem esgotados.

Ainda não se sabe onde Bolsonaro cumprirá a pena, A Superintendência da Polícia Federal em Brasília e o Centro Penitenciário da Papuda são algumas opções. A defesa do ex-presidente deve insistir em um pedido de prisão domiciliar, alegando questões de saúde e segurança.

Benjamin Netanyahu ordena ofensiva imediata das tropas israelenses

Benjamin Netanyahu declarou nesta terça-feira (28) que as Forças de Defesa de Israel devem começar “imediatamente” uma ofensiva na Faixa de Gaza, justificando que a intensificação do conflito requer uma resposta imediata. Em um discurso dirigido aos aliados, o primeiro-ministro advertiu que a situação “mudou de patamar” e que a mobilização das brigadas procura restabelecer a segurança nas áreas de fronteira de forma rápida.

Analistas já consideram que essa ação pode piorar a crise humanitária e provocar uma forte condenação internacional.

Mobilização e objetivos da operação

Netanyahu explica que as tropas serão enviadas para “neutralizar ameaças imediatas” e garantir corredores de segurança para os civis israelenses que vivem nas regiões fronteiriças. A ordem abrange o envio de tropas de elite e a utilização de reservas militares, indicando que o nível de alerta interno foi elevado.


Fontes próximas ao governo destacam que a liderança israelense planeja atacar centros logísticos e infraestruturas estratégicas inimigas, ao mesmo tempo, em que reafirma que não haverá recuo frente a novos ataques. O pronunciamento gerou uma resposta imediata de autoridades palestinas e organizações de direitos humanos, que alertam sobre possíveis consequências graves para a vida civil.

Reações e riscos da intensificação do conflito

A decisão gerou uma resposta rápida da comunidade internacional, com diversos países e entidades manifestando preocupação. A Organização das Nações Unidas pediu a ambas as partes que evitem uma escalada que possa levar a uma “catástrofe humanitária”. Analistas já alertam que o uso de força ampliada pode afetar as zonas de refúgio em Gaza e causar um aumento significativo de vítimas civis, além de intensificar a instabilidade na região.


Jornalista comenta sobre a decisão de Benjamin Netanyahu sobre os novos ataques (Vídeo: reprodução/Youtube/Rádio Bandeirantes)

Internamente, as populações israelenses próximas à fronteira consideram a medida essencial para garantir a segurança, porém questionam o impacto político e humano. Especialistas alertam que cada ofensiva tem consequências diplomáticas e pode mudar as alianças no Oriente Médio.

Ao ordenar uma ofensiva imediata, o governo de Netanyahu indica que considera a fase atual do conflito inaceitável para a passividade. A decisão de agir rapidamente coloca Israel em uma posição sólida, porém sob a vigilância da comunidade internacional, devido ao risco de um aumento no número de vítimas e consequências regionais. A avaliação da eficácia militar, bem como os custos humanitários e diplomáticos dessa nova ação, dependerá do desenrolar da operação nas próximas horas.

Bolsonaro tenta reverter condenação e questiona decisão do STF

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) protocolou um recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar reverter a condenação de 27 anos e 3 meses de prisão. O pedido foi apresentado na última segunda-feira (27) e pede que o tribunal reveja pontos considerados falhos no julgamento da Primeira Turma.

O recurso, chamado de embargos de declaração, tem 85 páginas e busca esclarecer supostos erros no acórdão que confirmou a condenação de Bolsonaro por crimes contra a democracia. Segundo os advogados, o texto da decisão apresenta “contradições e omissões” que precisam ser corrigidas antes que a sentença seja considerada definitiva.

Defesa alega falhas no cálculo da pena

Os advogados afirmam que o cálculo da pena foi feito de forma irregular e pedem sua redução. Eles sustentam que houve desequilíbrio entre os aumentos e as reduções aplicadas na dosimetria e que as circunstâncias judiciais não foram analisadas individualmente. Para a defesa, essa falta de justificativa configura omissão no acórdão.


Ex Presidente Jair Bolsonaro ( foto: reprodução/ Sergio Lima/ Getty Images Embed)

O documento também contesta a tese de autoria mediata utilizada na condenação, segundo a qual Bolsonaro teria instigado os atos de 8 de janeiro de 2023, quando os prédios dos Três Poderes foram invadidos. Os defensores alegam que não há provas diretas de participação e que a punição de mais de 1,6 mil pessoas já afastaria a possibilidade de nova condenação pelo mesmo crime de incitação.

Defesa alega falhas no cálculo da pena

Os advogados afirmam que o cálculo da pena foi feito de forma irregular e pedem sua redução. Eles sustentam que houve desequilíbrio entre os aumentos e as reduções aplicadas na dosimetria e que as circunstâncias judiciais não foram analisadas individualmente. Para a defesa, essa falta de justificativa configura omissão no acórdão.

O documento também contesta a tese de autoria mediata utilizada na condenação, segundo a qual Bolsonaro teria instigado os atos de 8 de janeiro de 2023, quando os prédios dos Três Poderes foram invadidos. Os defensores alegam que não há provas diretas de participação e que a punição de mais de 1,6 mil pessoas já afastaria a possibilidade de nova condenação pelo mesmo crime de incitação.

Os advogados afirmam ainda que a decisão do Supremo desconsiderou elementos apresentados pela defesa durante o julgamento, o que teria comprometido o direito ao contraditório. Eles destacam que os embargos não têm o objetivo de anular o processo, mas de buscar uma análise mais detalhada dos fundamentos usados para a condenação.

Defesa afirma que Dado Dolabella agrediu e coagiu a ex-namorada

A defesa de Marcela Tomaszewski, representada pelo advogado Diego Candido, divulgou neste domingo (26) uma nota oficial relatando que a modelo, de 28 anos, sofreu agressões físicas e verbais do ator e cantor Dado Dolabella, de 45 anos. O documento informa que o episódio ocorreu no sábado (25), por volta das 10h, e que a vítima teria sido coagida pelo ex-namorado e pela advogada dele a não formalizar a denúncia.

Segundo Candido, Marcela chegou a gravar um vídeo, sob pressão, afirmando que nada havia acontecido entre o casal e que ambos estavam bem. “Ela foi orientada a omitir a verdade por medo e manipulação”, destacou o advogado. Ainda conforme a defesa, a modelo se separou de Dado logo após o ocorrido e, posteriormente, decidiu buscar proteção legal e denunciar o caso.

Diante da gravidade dos fatos, estamos tomando todas as medidas judiciais cabíveis para que a Justiça seja feita e o agressor responda por seus atos”, concluiu o comunicado assinado por Diego Candido, registrado na OAB do Rio Grande do Sul.

Amiga expõe provas e acusa ator nas redes sociais

No mesmo dia, uma amiga próxima da modelo, Rafa Clemente, divulgou nas redes sociais fotos e vídeos que teriam sido enviados por Marcela logo após o episódio de violência. Nas imagens, a Miss Gramado aparece abalada, com hematomas no corpo e o dedo imobilizado. Ao fundo de um dos vídeos, é possível ouvir uma discussão em que a jovem ironiza ter “merecido” a agressão por um motivo banal, ao que um homem, supostamente Dado, responde em tom sarcástico.


Confira o vídeo divulgado por amiga de Marcela Tomaszewski (Vídeo: Reprodução/Instagram/@portalgp1)

Rafa afirmou que a modelo pediu ajuda durante a madrugada e enviou as provas das agressões. Indignada, a amiga publicou: “Você vai pra cadeia, seu covarde! E você, Marcela, me bloqueou por medo, mas eu vou mostrar tudo o que você me mandou”. O post ganhou grande repercussão nas redes e foi compartilhado por Luana Piovani, ex-namorada de Dado Dolabella, que também já o acusou de agressão no passado.

A exposição aumentou a pressão sobre o ator, reacendendo o debate público sobre violência doméstica e manipulação emocional em relacionamentos abusivos. Muitas celebridades e influenciadores se manifestaram nas redes pedindo apuração rigorosa do caso.

Casal divulga nota conjunta e pede “respeito e empatia”

Em meio à repercussão, Dado Dolabella e Marcela Tomaszewski divulgaram uma nota conjunta nas redes sociais tentando minimizar o episódio. No comunicado, afirmam que o vídeo e as imagens foram “divulgados sem autorização e fora de contexto”, descrevendo o caso como um “momento isolado de uma discussão já superada”.

O texto reforça que ambos colaboraram com as autoridades e confiam em uma apuração justa e transparente. “Reiteramos nosso repúdio a toda forma de violência e nosso compromisso com o respeito, o diálogo e a verdade”, diz o comunicado. O casal também pediu que o público mantenha “serenidade e empatia” e evite julgamentos precipitados.

O relacionamento entre Dado e Marcela havia sido tornado público em setembro, poucos meses após o fim do namoro do ator com a cantora Wanessa Camargo. Com o novo episódio, o nome de Dado Dolabella volta a ser associado a casos de violência doméstica, reavivando polêmicas que marcaram sua trajetória pública.

Megaoperação no Rio expõe guerra urbana no Complexo da Penha

O Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, amanheceu nesta terça-feira (28) sob intensos tiroteios e explosões que transformaram as ruas em um verdadeiro campo de batalha. Um vídeo gravado por moradores mostra quase 200 disparos em apenas um minuto, em meio a colunas de fumaça e gritos de desespero. A ação faz parte de uma megaoperação das forças de segurança do estado contra o tráfico de drogas.

As imagens, compartilhadas nas redes sociais, revelam barricadas em chamas e confrontos que se estenderam por várias comunidades da região. Segundo a Polícia Civil, criminosos reagiram à presença dos agentes com armamento pesado e chegaram a utilizar drones para lançar explosivos contra equipes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core). Apesar da intensidade, não há confirmação de feridos por esses ataques aéreos.

O clima de medo e tensão tomou conta dos moradores, que se viram encurralados em meio aos confrontos. Escolas e comércios não abriram, e o transporte público precisou ser interrompido em diversos trechos da Zona Norte. A população relata que as rajadas de tiros começaram ainda de madrugada e se intensificaram ao longo da manhã, dificultando até mesmo o trabalho de ambulâncias e equipes de resgate.

Balanço parcial aponta mais de 20 mortos e dezenas de presos

De acordo com informações da Secretaria de Segurança Pública, ao menos 20 pessoas morreram, sendo 18 suspeitos e dois policiais. Nove agentes ficaram feridos, e três civis foram atingidos por balas perdidas, entre eles, um homem em situação de rua e uma mulher que estava em uma academia. Todos foram socorridos em hospitais da região.


Confira o vídeo das operações no Rio de Janeiro (Vídeo: Reprodução/Instagram/@portalg1)

A operação resultou ainda na prisão de 81 pessoas, além da apreensão de 31 fuzis, duas pistolas e nove motocicletas. Drones das polícias Militar e Civil captaram o momento em que criminosos fugiam em fila por uma área de mata na Vila Cruzeiro, vestindo roupas camufladas e carregando fuzis. A cena, semelhante a uma estratégia militar, reforçou o caráter de confronto direto entre facções armadas e as forças estatais.

Batizada de Operação Contenção, a ação integra um programa permanente do governo fluminense para conter o avanço do Comando Vermelho (CV) por territórios do estado. Com mais de 2.500 agentes mobilizados e 100 mandados de prisão a cumprir, a iniciativa já é considerada uma das mais letais da história recente do Rio de Janeiro, ficando atrás apenas das operações do Jacarezinho e da Vila Cruzeiro.

Governo estadual cobra apoio federal no combate ao crime

Em entrevista ao Bom Dia Rio, o secretário de Segurança Pública, Victor Santos, afirmou que o estado não tem condições de enfrentar sozinho o crime organizado que domina áreas extensas e de difícil acesso. Segundo ele, o território do Alemão e da Penha representa cerca de 9 milhões de metros quadrados de desordem urbana, onde a atuação policial é limitada pela geografia e pela presença armada de facções.

Santos reforçou que a presença da União é essencial para o combate efetivo à criminalidade. “Estamos lidando com um poder paralelo que controla comunidades inteiras. Sem o apoio do governo federal e de políticas públicas integradas, não há como recuperar essas áreas apenas com força policial”, declarou.

Ainda de acordo com o secretário, cerca de 280 mil pessoas vivem nas regiões afetadas pela megaoperação, convivendo diariamente com tiroteios, toques de recolher e insegurança. Ele destacou que o objetivo do estado é restabelecer o controle territorial e reduzir o poder de fogo das facções, mas alertou que as ações policiais, isoladamente, não resolvem o problema estrutural da violência urbana no Rio.