Glenn Martens assume a Maison Margiela com desfile autoral que resgata o legado da grife

A Maison Margiela apresentou sua nova coleção nesta quarta-feira (9), durante a Semana de Moda de Paris, em um desfile realizado no espaço Le Centquatre. O evento marcou a estreia do estilista belga Glenn Martens como diretor criativo da marca, assumindo o posto deixado por John Galliano.

Em sua primeira apresentação à frente da grife, Martens escolheu o mesmo local onde o fundador Martin Margiela exibiu sua última coleção, em 2008. A escolha simbólica do espaço reforçou a proposta do novo diretor: recuperar os valores originais da maison, reinterpretando-os por meio de sua própria visão criativa. “A linha Artisanal sempre foi uma expressão essencial da Margiela, e está primeira coleção é o momento de estabelecer um tom de voz e me reconectar com os valores fundamentais da marca a partir da minha própria leitura”, afirmou o estilista.

Conexões com Martin Margiela

A nova coleção Artisanal trouxe peças produzidas com tecidos reaproveitados, como forros de casacos antigos, jaquetas de couro vintage e acessórios de arquivo da própria maison. A abordagem ressalta o compromisso da grife com práticas sustentáveis e técnicas artesanais. As criações alternavam entre leveza e estrutura, em uma proposta que dialoga com o contraste típico do trabalho de Martin Margiela.

Outro elemento marcante foi o uso de coberturas faciais nas modelos — referência direta à estética desenvolvida por Margiela e inspirada em Greta Garbo, pensada para manter o foco nas roupas e preservar o anonimato das modelos.


Modelos durante desfile da Maison Margiela na Semana de Moda de Paris (Foto: Reprodução/WWD)

Tradição artística e ilusão visual

Martens buscou inspiração na arquitetura medieval e na pintura clássica da Bélgica e Holanda. Essa influência se refletiu em estampas florais e efeitos visuais tridimensionais, criando um jogo entre tradição e inovação.

As estampas remetem a jardins e obras de arte clássicas, enquanto os efeitos de ilusão óptica conferem profundidade e dinamismo às peças. O resultado é uma coleção que valoriza tanto a herança artesanal da maison quanto seu espírito experimental.


Modelos durante desfile da Maison Margiela na Semana de Moda de Paris (Foto: Reprodução/WWD)

Com essa estreia, Glenn Martens inaugura uma nova etapa para a Maison Margiela, resgatando referências fundadoras da marca ao mesmo tempo, em que imprime sua identidade. A proposta equilibra respeito ao legado e renovação estética, consolidando um caminho claro para o futuro da grife.

Matéria por Maria Carolina Brandao

Livia Nunes marca presença no desfile final de Demna para Balenciaga

Na manhã desta quarta-feira (9), em Paris, a Balenciaga marcou um momento histórico durante a Semana de Alta-Costura. A marca apresentou sua nova coleção, que representa o encerramento de um ciclo importante. Após uma década transformando estilos, desafiando convenções e unindo arte e provocação, Demna Gvasalia se despediu do cargo de diretor criativo da maison.

Entre os nomes esperados no circuito internacional, um destaque brasileiro chamou atenção: Livia Nunes, que tem conquistado reconhecimento por sua trajetória consistente, elegante e alinhada com as tendências atuais da moda.

Livia Nunes: do Brasil ao centro das decisões visuais

Não é de hoje que Livia vem escrevendo sua história com a Balenciaga. Em 2024, ela protagonizou uma das campanhas internacionais da marca, ao lado da emblemática bolsa Le City Bag, mas sua aparição no desfile de despedida de Demna teve um peso diferente — quase simbólico.

Vestindo um look assinado por Dan Sablon e com maquiagem assinada por Fabio Petri e Suy Abreu, Livia transmitiu as características da nova geração de ícones da moda: sofisticação sem rigidez, autenticidade natural e presença marcante com propósito.

Sua presença na primeira fila não foi por acaso, mas resultado de um trabalho que integra moda, identidade e visão de futuro.


Livia Nunes em Balenciaga (Foto: reprodução/Arnold Jaerocki/ Stepahne Cardinale - Corbis /Marc Piasecki/Getty Images Embed)

Desde que assumiu o comando criativo da Balenciaga, em 2015, Demna Gvasalia quebrou padrões com a tranquilidade de quem entende que desconstruir também é criar. Ele tirou a moda do pedestal e a trouxe para a rua — e vice-versa.

Sob a direção de Demna Gvasalia, a grife passou a explorar temas como consumo, exagero, fetiche, sarcasmo e cultura digital. Crocs ganharam status de luxo, bolsas assumiram formatos inusitados e silhuetas foram distorcidas, transformando-se em verdadeiras obras de arte. E foi exatamente esse espírito que marcou sua despedida. O último desfile foi uma espécie de síntese criativa: formas estruturadas, volumes dramáticos, tecidos brutos e uma trilha sonora que lembrava que a moda, com Demna, nunca foi só roupa — foi posicionamento.

Entre a despedida de um criador e o início de um novo ciclo

Enquanto Demna prepara sua ida para a Gucci, a Balenciaga já tem novo nome para comandar sua narrativa: Pierpaolo Piccioli, que deixou a Valentino recentemente e promete trazer um respiro mais poético e romântico à marca.

Na manhã desta quarta-feira (9), em Paris, o protagonismo ainda era de Demna. A presença de Livia Nunes naquele cenário consolidou uma mensagem que a indústria vem cada vez mais compreendendo: representatividade importa — e protagonismo se conquista.

Livia não apenas esteve presente — ela participou do momento com a consciência de quem compreende plenamente seu significado. Para si mesma, para sua carreira e para o Brasil que representa.

Moda é vestir, mas também perceber e ouvir

Lívia não precisa gritar para ser ouvida. Sua comunicação é sutil, mas impactante — uma linguagem que vai além do visual, alcançando também o emocional. Ela representa o que é ser relevante sem exageros, elegante sem esforço e moderna sem cair na efemeridade.

A Semana de Alta-Costura muitas vezes parece um universo à parte — exclusivo, silencioso e restrito. No entanto, a presença de nomes como Livia sinaliza uma transformação em andamento: uma moda que começa a se abrir para novas vozes, diferentes corpos e outras realidades.

Moda com identidade: o encontro que transforma

Na passarela, Demna deixou sua última mensagem. Nas cadeiras da plateia, Livia respondeu com sua presença. O diálogo entre criador e espectadora foi poderoso — ainda que em silêncio. No fim das contas, a moda não vive apenas de aplausos. Ela precisa de olhares atentos, experiências autênticas e de pessoas que a vivenciem com verdade. Livia Nunes representa exatamente isso. Em meio a flashes e criações dramáticas, mostrou que ocupa seu espaço com propriedade — não por acaso, mas por mérito.

Demna revela que estreia na Gucci apenas em 2026 e promete transformação gradual na maison

Nomeado diretor criativo da Gucci no final de junho, Demna Gvasalia confirmou que sua estreia oficial nas passarelas da maison italiana acontecerá apenas em março de 2026. A informação foi dada durante uma conversa nos bastidores do desfile de alta-costura da Balenciaga, onde comentou que um período de dois meses seria insuficiente para consolidar uma visão criativa à altura da marca que agora comanda.

Reposicionamento com tempo e estratégia

Desde a saída de Sabato De Sarno em fevereiro, a Gucci permanece sem uma direção criativa ativa e deve seguir sem apresentar novas coleções nas passarelas até 2026. A decisão sinaliza que o grupo Kering, responsável pela maison, aposte em uma virada de imagem mais sólida e bem construída, ainda que mais lenta.

Até março, as primeiras pistas sobre a nova fase da marca devem surgir por meio de campanhas publicitárias e lookbooks. A ideia é dar início a uma narrativa visual consistente que reflita o estilo autoral de Demna, conhecido por sua abordagem crítica da moda e por provocar diálogos entre o luxo e a cultura contemporânea.

Designer inicia nova fase na Gucci com olhar para os arquivos da marca

Em comunicado oficial, Demna afirmou estar genuinamente entusiasmado com sua chegada à Gucci. O estilista destacou que considera uma honra contribuir com uma maison pela qual nutre profunda admiração e respeito. Ele também expressou expectativa em colaborar com Stefano Cantino e toda a equipe na construção de um novo capítulo da história da marca.


Demna Gvasalia (Foto:reprodução/Instagram/@gucci)

Demna já iniciou pesquisas nos arquivos históricos da grife e, segundo o grupo Kering, sua atuação à frente da Gucci respeitará o DNA clássico da marca, mas com uma abordagem atualizada. A expectativa é que sua estética, conhecida por referências urbanas, críticas sociais e sensibilidade underground, ganhe novos contornos neste novo capítulo.

Antes disso, o estilista ainda apresentou sua última coleção de alta-costura para a Balenciaga nesta quarta-feira (9), marcando o encerramento de uma fase intensa e inovadora. A coleção, que foi aclamada por críticos e admiradores, trouxe elementos que sintetizavam a identidade disruptiva que Demna imprimiu na marca.


Balenciaga, inverno 2025, alta-costura (Foto: reprodução/Instagram/@balenciaga)

Com a coleção de alta-costura, Demna encerrou um ciclo criativo que deixou uma marca duradoura na história da moda. Este momento de despedida também representa uma transição importante para a Balenciaga, que agora precisará seguir em frente sem a orientação do designer que a transformou nos últimos anos. 

Balenciaga transforma Paris em espetáculo e atrai celebridades na semana de alta-costura

Nesta quarta-feira (9), Paris viveu mais um capítulo inesquecível durante a Semana de Alta-Costura. A cidade que já é sinônimo de elegância foi palco de um desfile da Balenciaga que encantou não apenas pelo impacto visual, mas pela energia de quem estava ali: Kim Kardashian, Lauren Sánchez Bezos, Salma Hayek, Katy Perry, Cardi B, entre outras personalidades, tomaram seus lugares na primeira fila — e foram parte ativa da performance.

O que se viu no local do evento foi mais que um desfile. Era um manifesto visual, emocional e estético de tudo o que a moda pode ser quando deixa de ser só roupa e passa a ser discurso.

Kim Kardashian: mais que presença — uma declaração

Se há uma coisa que Kim Kardashian sabe fazer é transformar qualquer aparição em algo inesquecível. Para o desfile da Balenciaga, ela não apenas assistiu: ela desfilou. Isso mesmo. Kim encerrou a apresentação usando um vestido bege ajustado ao corpo, com um casaco volumoso que mais parecia uma escultura, além de brincos que pertenciam à lendária Elizabeth Taylor.

A escolha não foi aleatória. O look fazia alusão a ícones do cinema clássico, como se Kim assumisse o papel de uma nova estrela de Hollywood — mas uma estrela que não precisa de roteiro, pois ela mesma escreve sua história.

Dias antes, a empresária já havia sido destaque nas ruas de Paris com um look pink vibrante, apelidado pelos fãs de “Balenci Barbie”, que viralizou nas redes sociais. Tudo em Kim é pensado para ser visto, revisto e comentado. E, desta vez, não foi diferente.


Kim Kardashian (Foto: reprodução/Arnold Jerock/Getty Images Embed)

Lauren Sánchez Bezos: a força do silêncio elegante

Em contraste com a exuberância de Kim, Lauren Sánchez Bezos escolheu a discrição como linguagem. Vestida de preto, com postura segura e olhares contidos, ela mostrou que o luxo, muitas vezes, está nos detalhes que não gritam.

Recém-casada com Jeff Bezos, Lauren chegou ao evento cercada por seguranças, mas isso não impediu que ela trocasse sorrisos e palavras gentis com outras convidadas. Sua presença foi uma afirmação sutil de que o poder feminino pode ser silencioso — mas jamais invisível.


Lauren Sánchez Bezos (Foto: reprodução/Arnold Jerock/Getty Images Embed)

Salma Hayek: maturidade e estilo com autenticidade

Salma Hayek, esposa de François-Henri Pinault (dono do grupo Kering, que inclui a Balenciaga), trouxe à cena um equilíbrio raro entre sobriedade e ousadia. Com um vestido preto de veludo, combinando com sapatos em tom vibrante e uma bolsa que adicionava cor ao visual, ela reafirmou que estilo não tem idade — tem verdade.

Salma foi vista trocando risos com Kim e outras convidadas, provando que além do glamour, a moda também é feita de afeto, de conexões humanas, de empatia. E talvez seja isso que tanto inspire em sua figura: ela carrega maturidade com leveza, beleza com presença.


Salma Hayek (Foto: reprodução/Vanni Bassetti/Getty Images Embed)

Despedida de Demna: moda como provocação e arte

Este desfile também marcou um ponto de virada para a maison: a possível despedida de Demna Gvasalia como diretor criativo da Balenciaga. Rumores indicam que o estilista estaria a caminho da Gucci — o que tornaria essa apresentação ainda mais simbólica.

A coleção trouxe formas dramáticas, silhuetas exageradas, volumes arquitetônicos e uma cartela de cores que oscilava entre o sombrio e o futurista. Era como se cada look dissesse: “não estamos aqui para agradar, estamos aqui para fazer pensar.”

Demna mais uma vez transformou a passarela em um palco de reflexões visuais. E, ao colocar Kim Kardashian como estrela final, reforçou o que sempre acreditou: a moda deve ser vivida por quem tem coragem de sentir.

A moda é sobre quem somos — e quem queremos ser

Ver mulheres tão diferentes como Kim, Lauren e Salma reunidas em um mesmo evento diz muito sobre o que a moda representa hoje: pluralidade, poder e expressão. Não se trata apenas de tendências, tecidos ou grifes — trata-se de histórias. Histórias contadas pelo que se veste, pelo que se escolhe, pelo que se carrega.

A Balenciaga, neste desfile, não entregou apenas roupas. Entregou significado. Fez da alta-costura um lugar onde todas as formas de existir têm espaço — da ousadia pop ao clássico silencioso.

Outras celebridades também marcaram presença no prestigiado desfile de alta-costura da Balenciaga, realizado nesta quarta-feira. Entre os nomes que roubaram a cena estavam Katy Perry, a modelo Vittoria Ceretti e Pierpaolo Piccioli, cuja aguardada estreia como novo diretor criativo da maison está prevista para outubro deste ano.


Katy Perry (Foto: reprodução/Arnold Jerock/Getty Images Embed)

Nicole Kidman (Foto: reprodução/Vanni Bassetti/Getty Images Embed)

Cardi B (Foto: reprodução/Arnold Jerocki/Getty Images Embed)

Vittoria Ceretti (Foto: reprodução/Moritz Scholz/ Getty Images Embed)

Patrick Schwarzenegger (Foto: reprodução/Marc Piasecki/ Getty Images Embed)

Pierpaolo Piccioli (Foto: reprodução/Arnold Jerocki/Getty Images Embed)

Naomi Ackie (Foto: reprodução/Arnold Jerocki/Getty Images Embed)

Michelle Yeoh (Foto: reprodução/Arnold Jerocki/Getty Images Embed)

Tessa Thompson (Foto: reprodução/Jacopo Raule/Getty Images Embed)

Livia Nunes (Foto: reprodução/Arnold Jerock/Getty Images Embed)

Juyeon (Foto: reprodução/Vanni Bassetti/Getty Images Embed)

Lorde (Foto: reprodução/Vanni Bassetti/Getty Images Embed)

Aprendizado em meio ao glamour

A inspiração. A coragem de vestir o que faz sentido, mesmo que não seja o esperado. A ousadia de ser quem se é, sem pedir licença. A lembrança de que estilo é, acima de tudo, um ato de presença.

Seja no vestido que você escolhe para trabalhar, no sapato que te faz andar mais confiante ou no batom que ilumina o seu rosto — cada peça é um convite. Um convite para existir com verdade.

E, como vimos em Paris, existir com estilo é um espetáculo à parte.

Isabeli Fontana se inspira em Maria Antonieta para desfilar coleção de Alta-Costura de Elie Saab, em Paris

Poucos dias depois de comemorar seus 42 anos de idade, Isabeli Fontana sobrevoou o Atlântico direto para a capital francesa, onde desfilou a coleção de alta-costura de Elie Saab, na tarde desta quarta-feira. A parceria fashion entre a brasileira e o designer libanês tem longa data, sendo que último evento dos dois juntos foi em Riad, na Arábia Saudita, no final do ano passado, quando Isabeli foi uma das celebridades, ao lado de Celine Dion e Jennifer Lopez, convidadas a apresentar o legado da trajetória de 45 anos na moda de Elie Saab.

Agora, durante a mais prestigiada e disputada semana de moda mundial, Isabeli Fontana fez duas entradas na passarela de Elie Saab. Sob a temática “La Nouvelle Cour” (“A Nova Corte”), Isabeli, com andar firme e postura audaciosa, se inspirou em uma das personagens mais populares da história, Maria Antonieta, mas em uma versão moderna, de uma rainha que joga de acordo com as próprias regras.

“Quando fiz a prova de roupa e me contaram sobre a coleção, logo me veio a imagem da Maria Antonieta na cabeça. Comentei com os diretores da marca e eles disseram: ‘é isso mesmo, este é o espírito!’”, falou Isabeli Fontana.


Isabeli Fontana (Foto: reprodução/divulgação)

Em sua primeira passagem pelas escadarias do salão privado parisiense na rua Cambon, onde acontecia o desfile, Isabeli apareceu com um vestido preto dramático de silhueta escultural e um sussurro ousado de sedução no drapeado que revelava um pouco da pele e marcava a cintura com um toque teatral. No segundo look, um vestido tipicamente feito para grandes eventos e tapetes vermelhos com pedrarias luxuosas e cauda, Isabeli com olhares e cadência lânguidos fecha sua participação no outono-inverno 2025/26 de Elie Saab.

Isabeli Fontana tem demonstrado o contrário àqueles que afirmam que “carreira de modelo dura pouco”. Aos 42 anos de idade e mais de 25 de profissão, a supermodelo segue firme entre os nomes brasileiros mais conhecidos na moda internacional.

Alta-costura em Paris ganha carga teatral com desfile performático de Robert Wun

O terceiro dia da temporada de alta-costura outono-inverno 2025/26, em Paris, nesta quarta-feira (9), foi marcado por viradas históricas. Glenn Martens fez sua estreia aguardada à frente da Maison Margiela, enquanto Demna apresentou sua última coleção para a Balenciaga. Mas, mesmo com expectativas voltadas a essas grandes casas, foi o estilista Robert Wun quem surpreendeu com um desfile performático, cinematográfico e carregado de teatralidade.

No salão, o runway escuro foi pontuado por spots direcionais que acentuaram o contraste entre sombra e luz, realçando cada contorno escultórico. As criações exploraram drapeados metálicos e recortes geométricos, combinados a volumes arquitetônicos que projetavam aos modelos como formas cinéticas em movimento.

A dramaticidade ganhou novos contornos com acessórios imponentes: arcos metálicos e headpieces com penas eretas, em tons de vermelho e preto, integrados ao styling capilar. Extensões trançadas também deram continuidade às linhas dos vestidos, reforçando o diálogo entre corpo e estrutura, que faz parte do estilo de Wun. 


Haute Couture Fall/Winter 2025/2026 (Foto: reprodução/Richard Bord/Getty Images Embed)

Moda como ilusão: O horror performático de Robert Wun

A coleção apresentada por Wun levou ao extremo a mistura entre moda e arte. As roupas ganharam contornos de personagens sombrios, com véus dramáticos, volumes exagerados e aplicações, que criavam ilusões ópticas impressionantes.


 Haute Couture Fall/Winter 2025/2026 (Foto: reprodução/Richard Bord/Getty Images Embed)

A inspiração performática lembrou o estilo provocativo de Viktor & Rolf, mas com a identidade própria de Wun: suas silhuetas esculturais e atmosferas intensas transformaram a passarela em um verdadeiro espetáculo visual.

As modelos cruzavam a passarela sob focos de luz, revelando silhuetas esculturais que mesclavam técnica e teatralidade. Um vestido metálico carregava um véu de miçangas carmesim, escorrendo pelos ombros, como se fosse sangue seco, enquanto outra criação trazia a modelo arrastando um manequim monocromático, sugerindo uma presença obsessiva. 


Haute Couture Fall/Winter 2025/2026 (Foto: reprodução/Richard Bord/Getty Images Embed)

Além disso, chapéus perfurados projetavam delicados jogos de luz sobre peças em tons claros, e sob decotes profundos estruturas internas com volumes arquitetônicos. Tules translúcidos e recortes geométricos brincavam com transparências e sombras, e cada passo preciso transformava o desfile numa instalação de arte em movimento.


Haute Couture Fall/Winter 2025/2026 (Foto: reprodução/Richard Bord/Getty Images Embed)

Mudanças nas grandes maisons e a força de novos nomes

Enquanto Robert Wun consolidava sua linguagem autoral, a alta-costura também vivia um momento de transição. Glenn Martens assumiu a direção criativa da Margiela após o legado de John Galliano, enquanto Demna se despedia da Balenciaga após uma era marcada por rupturas estéticas.


Haute Couture Fall/Winter 2025/2026 (Foto: reprodução/Richard Bord/Getty Images Embed)

A ausência de nomes tradicionais como Dior e Valentino nesta edição também contribuiu para que vozes emergentes como Wun ganhassem mais espaço e atenção.

Robert Wun e o novo futuro da alta-costura

Nascido em Hong Kong, e radicado em Londres, Robert Wun estreou na couture em 2023 e, desde então, tem atraído olhares com suas criações intensas, quase cinematográficas. No desfile desta quarta-feira (9), ele consolidou seu talento como contador de histórias por meio do vestuário com emoção e potência visual.


Robert Wun (Foto: reprodução/Richard Bord/Getty Images Embed)


Em um dia marcado por despedidas e estreias, ele provou que a alta-costura pode ser também um território de risco criativo. E, talvez por isso, seja mais necessário do que nunca.

Demna Gvasalia se despede da Balenciaga com desfile memorável

A moda presenciou um momento histórico nesta quarta-feira (9), durante a Semana de Alta-Costura de Paris, com a despedida de Demna Gvasalia da direção criativa da Balenciaga. O estilista georgiano apresentou sua 54ª e última coleção de alta-costura, marcando o fim de uma era de dez anos que influenciou profundamente a estética contemporânea.

O desfile culminou em sua primeira aparição pública ao final de um desfile da marca, um gesto de adeus carregado de emoção antes de sua transição para a Gucci.


Dolly Parton usa vestido branco emplumado e joias da Lorraine Schwartz no desfile de despedida de Demna da Balenciaga  (Foto: reprodução/Instagram/@balenciaga)

Casting que quebrou regras e marcou época

Demna Gvasalia é reconhecido por sua revolução no casting, uma prática que ele iniciou na Vetements em 2014 e amplificou na Balenciaga. Sua visão busca personalidades, idades e tipos físicos diversos para suas passarelas. Kim Kardashian desfilou com um slip dress e casaco de plumas, evocando um glamour hollywoodiano.


 Kim Kardashian desfila com slip dress e casaco de plumas (Vídeo: reprodução/Instagram/@voguemagazine)

A lendária Naomi Campbell trouxe sua elegância atemporal, enquanto a atriz francesa Isabelle Huppert e a supermodelo Eva Herzigova adicionaram sofisticação ao elenco. Eliza Douglas, musa de longa data de Demna, abriu seu primeiro desfile para a Balenciaga em 2016 e fechou o último, com um vestido de renda branca. Completando a diversidade, Lola Dragoness von Flame, figura proeminente no cenário queer parisiense, e Linda Honeyman marcaram presença.


A modelo Naomi Campbell (Vídeo: reprodução/Instagram/@voguemagazine)

A coleção de despedida

Na coleção de outono/inverno, composta por 39 looks, o estilista combinou sua provocação estética característica com um profundo respeito pela herança de Cristóbal Balenciaga. Silhuetas apresentaram, ombros exagerados, quadris acolchoados e golas teatrais, marcas que redefiniram o volume e a forma na moda contemporânea.


A modelo Eliza Douglas abriu o primeiro desfile de Demna para a Balenciaga em 2016 e fechou o último (Foto: reprodução/Instagram/@balenciaga)

Corsets foram redesenhados para o conforto, criando a icônica silhueta de ampulheta sem sacrificar a mobilidade. Um destaque inovador foram os nove ternos “one-size-fits-all”, criados com ateliês napolitanos e modelados inicialmente em um fisiculturista para depois se adaptar a corpos diversos, invertendo a lógica tradicional da alfaiataria.


Ternos "one-size-fits-all" modelados no corpo de um fisiculturista para se adaptar a corpos diversos (Vídeo: reprodução/X/@OhhVeryGood)

Demna na Gucci e o futuro da Balenciaga

Demna manteve sua influência e transformou como as pessoas se vestem, popularizando silhuetas oversized e elevando o “feio” a um patamar de desejo. Na Balenciaga, popularizou itens como os tênis Triple S e bolsas inspiradas em objetos cotidianos, ao mesmo tempo, em que misturava streetwear com alta-costura de forma inédita. Sua habilidade em questionar noções de luxo e integrar críticas sociais em seus desfiles, como o cenário de lama, solidificou seu status de visionário. Sua forte conexão com celebridades, como Kim Kardashian, Cardi B, e Charli XCX, ampliou o alcance da Balenciaga para novas gerações.


Demna Gvasalia faz aparição única ao final de um desfile (Vídeo: reprodução/X/@LaModeUnknown)

Demna assume a direção criativa da Gucci a partir de 10 de julho, prometendo continuar sua abordagem iconoclasta. A Balenciaga, por sua vez, será comandada por Pierpaolo Piccioli, ex-Valentino, que terá a desafiadora tarefa de seguir os passos de um estilista que deixou grande marca na história da moda.

Armani Privé celebra 20 anos com desfile em preto absoluto

Nesta terça-feira (8), a grife italiana Armani, com sua linha Privé, revelou sua mais nova coleção de inverno 2025 de alta-costura em um momento de grande celebração e reverência, marcando suas duas décadas da linha mais exclusiva da renomada maison. Carregando o nome Noir Séduisant, a coleção mergulhou na rica simbologia do preto, uma cor que, para Giorgio Armani, nunca é apenas neutra, mas sim uma paleta repleta de expressões sofisticadas.

Quase todos os 77 looks do desfile foram desenvolvidos em tons de preto total, intercalando apenas texturas, pesos e brilhos para multiplicar sua leitura estética: os veludos densos, as sedas líquidas, o tule bordado, o zibeline opaco e também detalhes metálicos que se revezavam em diversas camadas de significados. A cor, frequentemente associada à sobriedade, ganhou aqui contornos sensuais, aristocráticos e até futuristas.

A apresentação aconteceu no novo Palazzo Armani, edifício que abriga o ateliê de alta-costura da maison em Paris, além do showroom e dos escritórios criativos. O local foi transformado em um circuito de passarela íntima, com salas conectadas por cortinas pesadas e tapetes escuros, evocando os desfiles de salão das grandes maisons francesas do século XX. A ausência do estilista — que não pôde comparecer aos eventos presenciais por questões de saúde — foi sentida, mas isso não diminuiu a aura de sofisticação e o controle artístico que são marcas registradas do seu trabalho.

A linguagem da forma: alfaiataria, estruturas e silhuetas

Desde os primeiros looks, Armani traz de volta seu vocabulário visual mais icônico: a alfaiataria impecável, os volumes bem equilibrados e a mistura harmoniosa entre os códigos masculinos e femininos. Smokings reinterpretados, fraques em veludo com lapelas satinadas, jaquetas curtas com cinturas marcadas, blazers usados sobre a pele nua ou com finas gravatinhas de cetim desenham o corpo com sobriedade quase escultural.



As calças surgem em cortes variados — cigarrete, pantalonas ou levemente evasês — e os tailleurs ganham peplum, ombros erguidos e formas angulosas. As referências náuticas aparecem nos casaquetos com suas passamanarias e na leve estética militar das camisas listradas brilhantes. Ao mesmo tempo, pequenos detalhes como cintos, faixas e laços trazem um toque especial à feminilidade, sem que isso a torne frágil.

O preto, longe de ser apenas uma escolha fácil, atua como um elemento gráfico que dá destaque à forma. Armani reafirma sua convicção de que a rigidez formal pode, de fato, evocar emoções.

Rigor e brilho: vestidos de gala e fetiche couture

A segunda parte da coleção nos leva a um mundo de gala, onde o luxo é apresentado com uma elegância sutil. Vestidos em coluna feitos de tule, organza ou cetim, adornados com toques de ouro fosco ou prateado, exibem drapeados delicados, costas nuas, golas plissadas, plastrons etéreos e saias volumosas que parecem flutuar levemente. Os adornos — entre eles franjas de miçangas, cristais pavê, bordados de jato e punhos-joia — refletem a luz sem ostentação, criando um jogo de sombra e brilho que só é possível com o domínio artesanal da alta-costura.



Em diversos momentos, os vestidos são complementados por sapatos baixos ou sandálias delicadas, transmitindo uma sofisticação moderna que não precisa de artifícios para se destacar. Os toques de cor aparecem de maneira intencional: bordados em azul petróleo, rubi ou esmeralda surgem como pequenos respingos de joia sobre o preto, ressaltando a preciosidade do conjunto.

A mulher Armani — neste momento — flerta com a imagem de Marlene Dietrich, incorpora códigos andróginos e ao mesmo tempo desliza com delicadeza pelo espaço. Um exercício de equilíbrio entre força e fragilidade.

Beleza minimalista e atmosfera de ateliê

O visual das modelos reforçava a atmosfera de rigor da coleção. A maquiagem — assinada por Hiromi Ueda — apostou em uma combinação gráfica entre sombras pretas marcando o côncavo e branco esfumado nas pálpebras, chegando até as sobrancelhas, que surgiam apagadas, em tom acinzentado. A pele tinha um aspecto uniforme e natural, sem blush ou contornos. Os lábios tinham um leve tom rosado, quase como se fossem translúcidos. Os cabelos, meticulosamente arrumados para trás e adornados com boinas e acessórios, reluziam com um brilho polido, formando uma estética que parecia quase líquida.


Padrão seguido para cabelo e maquiagem do desfile (Foto: Reprodução/Fashion Network)

A cenografia do desfile, com sua luz suave e uma música de cordas tocando em um ritmo lento, criou uma atmosfera de introspecção e reverência — como se cada look fosse uma escultura viva em movimento. Os convidados descreveram a experiência como uma verdadeira imersão no coração do ateliê, onde o silêncio só era quebrado pelo som dos passos cuidadosos das modelos.

Um marco silencioso na história da maison

Celebrando duas décadas da linha Privé, o desfile de inverno 2025 não se jogou em mudanças drásticas ou gestos exagerados. Em vez disso, trouxe à tona a verdadeira essência do que a marca representa: precisão, elegância sutil e um olhar que valoriza o passado, sem perder de vista o desejo por inovação. Ao optar quase que exclusivamente pelo preto, Giorgio Armani reafirma que o que realmente importa — quando feito com maestria — é sempre suficiente.

Gkay se destaca na Alta-Costura de Paris com estilo provocador e referências brasileiras

Gkay chamou atenção durante a Semana de Alta-Costura de Paris ao apostar em produções marcadas por sensualidade, criatividade e elementos da cultura brasileira. A influenciadora, reconhecida por seu estilo irreverente, usou a visibilidade do evento para afirmar sua identidade estética e provocar reflexões sobre liberdade de expressão na moda. Seus looks ousados traduziram tendências em manifestações pessoais, aliando impacto visual e autenticidade.

Ousadia pensada como estratégia

Mais do que provocar, os visuais escolhidos por Gkay foram pensados estrategicamente. Cada produção visava gerar conversas entre moda, cultura pop e autenticidade. Em um dos eventos mais tradicionais do calendário fashion, ela se destacou como representante de uma geração de criadores de conteúdo que mescla brasilidade, provocação e sofisticação nas primeiras filas dos desfiles.

Ao circular entre nomes consagrados da indústria, Gkay reafirmou o papel dos influenciadores digitais no universo da alta-costura, ocupando espaços antes restritos a estilistas e editores. Seu estilo de rua reinterpretado para o universo de luxo evidencia como o street style pode dialogar diretamente com a alta-costura.

Impacto visual e humor em Paris

Durante os dias de desfiles, Gkay esteve presente nas apresentações de grifes como Schiaparelli, Chanel e Ashi Studio. Em uma de suas aparições mais comentadas, surgiu com um body de tom claro, decote acentuado e comprimento curto, equilibrando sensualidade com elegância e captando olhares por sua construção visual.

Os acessórios também foram destaque. Em uma das produções, usou um chapéu com tela integrada, remetendo aos tradicionais mosquiteiros brasileiros. Já no desfile da Ashi Studio, optou por um colar formado por batons — peça que viralizou nas redes sociais. Celebridades como Letícia Colin elogiaram os looks, enquanto internautas reagiram com bom humor às escolhas criativas da influenciadora.


Gkay apostou na combinação entre o preto e o branco com muito estilo (Foto: reprodução/Instagram/@igoormelo)

Estilo como resposta

Gkay utilizou a moda como linguagem para responder a críticas e reforçar sua autenticidade. As referências do cotidiano foram transformadas em peças sofisticadas e bem-humoradas, inseridas com naturalidade no contexto da alta-costura.

Ao longo da semana, alternou entre diferentes propostas: body com glitter, vestidos transparentes e peças estruturadas. Em alguns casos, as trocas de roupa aconteceram entre um desfile e outro, até mesmo dentro do carro, refletindo o dinamismo da temporada.

Expressão criativa e protagonismo

A influenciadora firmou-se como uma das figuras de destaque da edição 2025 da Semana de Alta-Costura. Sua presença foi marcada por ousadia, humor e narrativas visuais que uniram moda, identidade e referências culturais brasileiras. Mais do que uma convidada, Gkay transformou sua participação em uma performance de estilo.


Gkay apostou na combinação entre o preto e o branco com muito estilo (Foto: reprodução/Instagram/@igoormelo)

Ao inserir elementos nacionais em um evento de escala internacional, desafiou os códigos da moda tradicional e destacou o potencial da alta-costura como espaço para discursos diversos e inclusivos. Com isso, consolidou-se como protagonista de uma nova fase da moda, em que romper com padrões se tornou sinônimo de elegância.

Matéria por Cecilia Oliveira

Chanel aposta na leveza em movimento e celebra códigos históricos na Alta-Costura Inverno 2025/26

A Chanel apresentou nesta terça-feira (8), em Paris, sua coleção de alta-costura para o Inverno 2025/26. O desfile, realizado no Salon d’Honneur do Grand Palais, destacou o equilíbrio da maison entre tradição e inovação. A grife apostou em uma estética refinada e fluida, atualizando elementos icônicos com foco em leveza, versatilidade e elegância sensorial.

Elegância íntima e referências clássicas

Diferente das produções grandiosas costumeiras, a apresentação teve um clima intimista, com cortinas, sofás e poucos convidados. O cenário remetia aos tradicionais salões de alta-costura do passado e ao histórico endereço da Rue Cambon, valorizando a proximidade com as peças e o cuidado nos acabamentos.

Tweed renovado e jogo de proporções

O tweed, tecido emblemático da Chanel, apareceu em novas leituras: com fios metálicos, desfiado ou em sobreposição a seda, plumas e paetês. As variações destacaram a versatilidade do material, aplicado em boleros, jaquetas curtas e casacos longos.


Coleção Outono/Inverno 2025/2026 da Chanel (Foto: reprodução/Stephane Cardinale/Getty Images Embed)

A coleção também apostou em novas proporções: peças superiores mais curtas — como tops e jaquetas — deixavam faixas de pele à mostra, equilibradas por saias longas com fendas e camadas. O contraste entre as partes evidenciou um olhar contemporâneo sobre a silhueta.


Coleção Outono/Inverno 2025/2026 da Chanel (Foto: reprodução/Stephane Cardinale/Getty Images Embed)

Botas marcantes e diálogo com a rotina

As botas cuissarde dominaram a passarela, com cano acima dos joelhos e bico arredondado. Em tons neutros, como branco, bege e preto, elas foram combinadas tanto com vestidos leves quanto com peças estruturadas em tweed, reforçando sua força como símbolo de estilo e autonomia.


Coleção Outono/Inverno 2025/2026 da Chanel (Foto: reprodução/Stephane Cardinale/Getty Images Embed)

Elementos urbanos também ganharam espaço, com releituras sutis de peças do streetwear. As bermudas jeans, os cintos utilitários com bolsos e a abordagem funcional das sobreposições reforçaram uma moda pensada para o cotidiano, sem abrir mão da sofisticação.


Coleção Outono/Inverno 2025/2026 da Chanel (Foto: reprodução/Stephane Cardinale/Getty Images Embed)

Camadas, texturas e liberdade em movimento

Com uma cartela centrada em preto, branco e bege, a coleção destacou texturas e sobreposições. Vestidos e saias em tecidos leves, como chifon e seda, surgiram com babados delicados, enquanto túnicas e capas com volume criaram silhuetas marcantes, muitas vezes com referências a armaduras sutis nos ombros.


Coleção Outono/Inverno 2025/2026 da Chanel (Foto: reprodução/Stephane Cardinale/Getty Images Embed)

Mais do que uma exibição de luxo, o desfile apresentou roupas pensadas para o movimento, representando uma Chanel que acompanha o ritmo da vida contemporânea sem perder o refinamento que caracteriza a maison.


Coleção Outono/Inverno 2025/2026 da Chanel (Foto: reprodução/Stephane Cardinale/Getty Images Embed)

Criação coesa em meio à transição

Mesmo em um momento de indefinição na direção criativa, a coleção se destacou pela consistência. Com construção técnica sofisticada e equilíbrio entre o clássico e o moderno, o Inverno 2025/26 da Chanel foi apontado como um dos trabalhos mais sólidos da equipe nos últimos tempos.


Coleção Outono/Inverno 2025/2026 da Chanel (Foto: reprodução/Vittorio Zunino/Getty Images Embed)

Ao reinterpretar seus símbolos com ousadia e respeito, a grife reforça seu papel como referência de elegância e reinvenção constante no cenário da moda.

Matéria por Lara de Sena