Joelho estalando podem indicar artrose, segundo especialistas

Estalar articulações do corpo não é algo tão incomum assim. Cada um com seu costume, instalar nódulos dos dedos, instalar pescoço, pulso, joelho, calcanhar e, até mesmo, as costas. No entanto, é importante prestar atenção ao instalar o joelho, pois por se tratar de uma corpo do corpo fundamental para qualquer movimentação sua manutenção é imprevisível.

Ao caminhar, agachar, subir uma escada sentir ou ouvir o joelho estalar não necessariamente é indício de problema, ou lesão na articulação, mas é recomendada a procura de um profissional para uma avaliação criteriosa. Segundo o ortopedista, doutor Luiz Felipe Carvalho, especialista em medicina regenerativa, o barulho frequente acompanhado por incômodo ou dor é algo preocupante e deve ser consultado com especialista imediatamente. “Este rangido pode ser ocasionado por problemas como artrite, sinovite, artrose e condromalácia patelar, por exemplo“, explica. O ortopedista recomenda aplicação de gelo no local, fisioterapia e academia, para fortalecer os músculos.


A artrose ou osteoartrite é uma doença de natureza inflamatória e degenerativa das articulações. (Foto: Reprodução/Michigan Medicine Orthopaedic)


Já o doutor ortopedista Marcello Serrão, especialista em cirurgia desportiva, sugere três dicas para a melhor funcionamento e manutenção da articulação podendo evitar o barulho do joelho estalando:  

  • Caso trabalhe sentado certifique-se que haja espaço debaixo da mesa para movimentar as pernas. Levante e caminhe de hora em hora e evite cruzar as pernas, as mantendo esticadas.
  • Fortaleça o glúteo médio. Tal músculo é encontrado na lateral do quadril e precisa ser fortalecido para que as pernas estejam alinhadas e não haja é excesso de peso sobre um dos joelhos. Consulte seu personal trainer sobre exercícios adequados
  • Ao praticar corrida se lembre dos treinos complementares e os siga à risca. Os aquecimentos antes e pós-exercício não podem ser ignorados e não exagere no exercício caso seja iniciante. O ideal é “aprender” a correr.

Sempre importante ressaltar: esta matéria não substitui um diagnóstico clinico médico. Consulte com profissionais qualificados para identificação adequada e o melhor tratamento possível.

 

Foto Destaque: Pessoas que trabalham sentado precisam esticar as pernas. Reprodução/ Michigan Medicine Orthopaedic

Saiba o que especialistas acham de tratar o inchaço nos pés com água e sal

Devido os inchaços nos pés serem bastante incômodos (podem ser causados por retenção de líquidos, falta de circulação ou sedentarismo), diversas alternativas são elaboradas para aliviar as dores e um dos mais pensados é mergulhar os pés numa simples mistura de água e sal.

Porém, André Echaime Vallentsits Estenssoro, cirurgião vascular, garante que: “Em caso de dor, a água quente pode até dar um alívio momentâneo, mas o uso do sal é um mito e não tem nenhum papel em desinchar os pés”

Especialistas recomendam, antes de qualquer coisa, entender o que causou o inchaço e procurar entender em que estado se encontra a área afetada. 

Geralmente, o calor não é o mais aconselhável em situações graves. É o que explica o fisioterapeuta Wouber Hérickson de Brito Vieira: “O calor promove vasodilatação e pode ocasionar o aumento do processo inflamatório e inchaço. Por outro lado, em situações crônicas, com o edema já instalado, o calor pode ser uma alternativa para mobilizar e reduzir o inchaço”


Pés de um homem em água quente. (Foto: Reprodução/Vecteezy)


O bioquímico Alexandre Cavagis sugere que: “Pela lógica científica, alternar a imersão em água quente e fria, seria mais efetivo para diminuir o inchaço”.  

Na opinião de José Antônio Veiga Sanhudo, médico ortopedista e traumatologista, as pessoas tem que voltar a atenção, em casos de hematoma pós-trauma, ao calor já que pode ser de grande ajuda para a vasodilatação. De acordo com o site Viva Bem, a água quente pode diminuir a dor por causa do aumento circulatório no local afetado e, por consequência, a sensação de relaxamento muscular ou tecidual. 

O doutor Cavagis ressalta que o sal não faz diferença em nada do tratamento. “Algumas pessoas podem acreditar que isso afete de alguma maneira, mas, do ponto de vista químico, o sal dissolvido não interfere no inchaço de forma alguma”. 

O mesmo explica que se fosse para o sal tratar alguma lesão externa poderia fazer algum efeito. Mas os inchaços estão diretamente ligados a problemas de circulação (ou seja, problemas internos) e não há possibilidade de o sal ajudar com a dor. 

Foto Destaque: Pés em água quente. Reprodução/Personare. 

Ficar muito tempo frente na TV e ser sedentário, afeta o sono dos idosos

Um trabalho feito por pesquisadores brasileiros da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), especificadamente cinco pesquisadoras, estimaram características de mais de 43 mil idosos participantes da Pesquisa Nacional de Saúde de 2019.

As cinco pesquisadoras observaram que o comportamento sedentário:  ficar por muito tempo do dia sentado, reclinados ou deitados, tempo assistindo à TV, lidar com computadores e dispositivos móvei, e tempo não gastando energia, sendo um sedentário total.


Foto representativa de um idoso com dores. (Reprodução/Pexels)


Aqueles idosos que informaram permanecerem por mais de seis horas por dia vendo TV, ou mais de três horas no tempo sedentário total, apresentaram maior probabilidade de ter problemas de insônia.

Fatos comprovados científicamente apontam que a dificuldade para dormir está interligada a declínio cognitivo, depressão e aumento do índice de massa corporal.

O estudo foi publicado no dia 9 de março na revista “Cadernos de Saúde Pública”. A professora Núbia Carelli Pereira de Avelar é a coordenadora do Laboratório de Envelhecimento, Recursos e Reumatologia do campus Araranguá da UFSC, que fica no extremo sul do estado. Além dela, são coautoras as também professoras Ana Lúcia Danielewicz e Kátia Jakovljevic Wagner, e as estudantes Jaquelini Betta Canever (doutorado) e Letícia Martins Cândido (mestrado).

Tem nove anos que Núbia Carelli, fisioterapeuta por formação, pesquisa questões relacionadas ao envelhecimento. Ela garante que um bom começo é fazer interrupções regulares para se exercitar: “/o idoso deve fragmentar o período de comportamento sedentário a cada hora, movimentando-se por cinco minutos“/.

A dominância de distúrbios do sono foi semelhante em todas as faixas etárias, explicou Ana Lúcia Danielewicz: “/entre 60 e 69 anos, ficou em 40%; entre os 70 e 79, 42%; acima dos 80 anos, 43%, ou seja, todos eram afetados pelo problema”/.

As pesquisadoras relataram também que o uso dispositivos móveis e computadores aparentaram ser menos danosos ao sono do que a mídia televisiva. Uma das explicações para tal feito, segundo a doutora Núbia, é que a pessoa, ao utilizar esses dispositivos, se movimenta mais, porque se levanta com maior frequência do que quando assiste à TV.

 

Foto em Destaque: Foto de um Idoso usando celular. (Reprodução/Pexels).

7 itens do quarto para organizar e melhorar a qualidade do sono

O quarto é o ambiente mais singular que possuímos, é onde efeitamos com nossos gostos singulares, ficamos quietos quando algo está acontecendo, enfim, é um local de privacidade e na maioria das vezes onde sentimos que estamos seguros.

A escolha de nosso colchão e dos travesseiros afetam diretamente no nosso conforto na hora de dormir. Vale ressaltar que o sono é condição fundamental para uma vida saudável de qualquer ser humano.

De forma alguma, apenas preparar um ambiente que ative a memória do seu cerébro que está na hora de dormir: apagando as luzes, colocando forros da cama confortáveis, aromatizador calmantes nos tecidos, bons colchões e camas retira a responsabilidade do indivíduo que está sofrendo um quadro de insônia de procurar um tratamento específico.


Foto representativa de duas pessoas arrumando o quarto (Foto: Reprodução/ Pexels)


Diante de tais especificações, existem algumas dicas que podem ajudar na melhoria do sono: sustentação do colchão é um recurso essencial para a qualidade do sono e deve estar adequada ao biotipo de quem dormirá nele, caso o modelo que você deseja adquirir é de espuma, é necessário estar por dentro da classificação de densidade definida pelo INER (Instituto Nacional de Estudos do Repouso) e pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), que vai de D18 a D45.

Se você mede 1,70 m e pesa 70 kg, a espessura ideal do seu colchão vai de D28 a D33. Se seu peso é 92 kg e a altura é 1,80 m, a densidade adequada passa a ser de D33 a D40. No caso de colchão para casais, some as alturas deles, divida por dois e considere o peso de quem tem a massa corporal maior.

Um sono reparador depende da escolha do travesseiro correto. “Para isso, alguns detalhes devem ser considerados, como a posição de dormir – de barriga para cima, de bruços ou de lado –, a espessura e o toque dos travesseiros, mais altos ou mais baixos, mais fofinhos ou mais firmes”, explica Betina Lafer, sócia-fundadora da FOM.

 

Foto Destaque: Foto de algúem que está confortável em uma cama. Reprodução/ Pexels.

Perca peso com pequenas mudanças

Todo final de ano, milhares de pessoas fazem promessas de emagrecimento para o ano vindouro. O ano ‘vira’, as academias ficam cheias, as pessoas começam a fazer dieta e exercício, mas poucos meses depois tudo vai por água abaixo não conseguindo o peso desejável. Começar uma dieta, mudar a alimentação e sair da zona de conforto é desafiador e cansativo.

Muitos não conseguem ânimo para iniciar este processo tão doloroso. No entanto, é possível perde peso com simples mudanças no cotidiano. Seguem cinco hábitos simples que podem mudar esta visão.

Começando pela refeição mais importante do dia: o café-da-manhã. Evite fazer exercício com o estômago vazio ou apenas com café preto. O café da manhã deve ser rico em proteína, fornecendo energia e ficará saciado até o horário do almoço. O consumo de proteína logo pela manhã é associado à redução do ganho de gordura e um melhor controle do peso. Certifique que seu desjejum tenha ovos, iogurte grego, queijos, tofu e whey protein. Pesquisas mostram que consumir proteína no início do dia diminui aquela vontade de beliscar até o horário do almoço, deixando a sensação de sacies por mais tempo.

Complementando a dica anterior; coma frutas entre os intervalos das refeições. Além de ser rica em vitaminas, fibras e minerais não há aquela vontade de comer doce. Para não deixar o dia-a-dia monótono tente variar com três ou mais frutas nos intervalos. Deixe-as cortas e já higienizadas, facilitando o consumo. É claro que alguns nutrientes se perdem ao retirar a casca, mas é melhor comer a fruta sem a casca do que não comer fruta alguma. Caso queira aprimorar acrescente granola, iogurte natural, castanhas e sementes.


Frutas eliminará a necessidade de doce. (Foto: Reprodução/ Adobe Stock)


No almoço, há uma mudança que faz toda diferença no processo de emagrecimento: mastigue bem os alimentos antes de engolir. Parece bobo, não é. Nosso cérebro leva de 15 a 20 minutos para entender que já está saciado. Então, engolindo pedaços sem mastigar será ingerido mais quantidade de alimento do que é necessário. Quando o corpo sentir que não há mais necessidade de comer, será tarde demais. Coma devagar, saboreie a refeição, repouse os talhares na mesa. Outro ponto importante: engolir grandes pedaços resultará em azia, fermentação e gases.

Anote tudo que for consumido. Hoje em dia existem diversos aplicativos para ajudar nesta tarefa e, ao fim, constatar a quantidade de calorias ingeridas em um único dia. Tomar nota do quê foi consumido internaliza os nossos hábitos e é possível observar com facilidade em qual momento do dia devemos prestar mais atenção. Há aplicativos que permite escanear o código de barras e fica cadastrado automaticamente.

Reduza a quantidade de doce. Existem pessoas que simplesmente amam açúcar, comem desde uma fatia de bolo, biscoitos até uma simples bala. O açúcar não é o vilão da história, mas sim o seu excesso. Experimente reduzir a quantidade, em vez de comer uma barra inteira de chocolate, coma a metade. É possível emagrecer com pequenas mudanças de hábitos. Ainda assim, nada substitui o acompanhamento de um profissional qualificado.

 

Foto Destaque: É possivel reduzir 2kg por mês com simples mudanças. Reprodução/ Adobe Stock

Fazendo essa redução é possível reduzir 2 kg por mês sem mudar mais nada da dieta…. – Veja mais em https://www.uol.com.br/vivabem/colunas/veronica-laino/2022/03/15/quer-perder-peso-inclua-estes-5-habitos-na-sua-rotina.htm?cmpid=copiaecola

Fazendo essa redução é possível reduzir 2 kg por mês sem mudar mais nada da dieta…. – Veja mais em https://www.uol.com.br/vivabem/colunas/veronica-laino/2022/03/15/quer-perder-peso-inclua-estes-5-habitos-na-sua-rotina.htm?

Confira quatro técnicas que irão desenvolver seu ganho de massa muscular

As técnicas avançadas da musculação são indicadas para pessoas com maior tempo de treinamento e dieta, ou seja, não são recomendadas para os iniciantes. O objetivo dessas técnicas é produzir um novo estímulo para o corpo, no intuito de acelerar as conquistas dos resultados pretendidos. 

Quando um indivíduo destreinado ingressa na academia e recebe um acompanhamento adequado, é normal que ocorra um desenvolvimento físico acelerado. Após o período de adaptação aos treinos, a massa muscular do corpo aumenta, a quantidade de gordura é reduzida e a pessoa, satisfeita com a visualização de resultados, se anima com os treinamentos.  

Contudo, após determinado período, a tendência é de que esta evolução sofra uma estagnada. Este processo ocorre quando o organismo se acomoda com os treinos realizados, entrando em uma zona de conforto.


Mulher em treino de musculação. (Foto: Reprodução/Andrea Piacquadio/Pexels)


Para evitar essa estagnação, é necessário gerar novos estímulos durante os treinos. Diante disso, Leandro Twin, treinador e assessor esportivo, recomenda quatro técnicas para contribuir na aceleração de ganho de massa muscular nos treinamentos e melhorar os resultados:

Bi-set 

Nesta técnica, é realizada dois exercícios do mesmo agrupamento muscular, sem intervalos. Por exemplo: na execução de um supino reto com o máximo de peso possível e, sem descanso, realiza um supino inclinado – também com o máximo de carga. Após a execução até a exaustão, se descansa por um ou dois minutos e então é contada uma séria de bi-set. 

Pré-exaustão 

O treinador afirma que muitas pessoas cometem o equívoco de causar a falha no ombro ou tríceps antes de treino o peito no supino. Para ele, a melhor recomendação é a técnica avançada da pré-exaustão: canse o peitoral com o peck deck e, quando for para o supino, tende a usar uma carga inferior. Contudo, com o músculo do peito cansado, ele será mais exigido do que o tríceps e o ombro.  

GVT (German Volume Training) 

Após realizar a escolha do exercício, faça 10 séries de 10 repetições. Todas as 10 repetições devem ser feitas até a falha total e sem tempo de intervalo. Se a quantidade de repetições realizadas for longe de 10, ou seja, 8 sendo abaixo e 12 sendo acima, o ideal é ajustar a carga para conseguir treinar até a falha. 

Drop-set 

Terminada a última série, reduza de 10% a 20% do peso e execute novamente o exercício sem descanso. Isto irá acrescentar uma série no drop-set. Normalmente o comum é executar de duas a quatro séries de drop-set. Dessa forma, reduza de 10% a 20% e treine até onde conseguir, depois reduza novamente dentro da mesma quantidade de peso, e siga treinando até a falha. O número de repetições não é o fator primordial. O indivíduo deve chegar à exaustão antes de fazer um novo reajuste de carga para realizar a próxima série. 

 

Foto destaque: Homem realizando exercício de musculação. Reprodução/iStock

Segundo estudo excesso de redes sociais prejudica o sono

Durante os últimos três anos de pandemia da covid-19 as redes sociais se tornaram o passatempo favorito entre adolescentes, adultos e idosos. Pesquisas apontam que 81% dos jovens utilizam diariamente as redes sociais e, destes, 60% usam uma hora antes de ir dormir.

Muito se tem estudado sobre a higiene do sono na última década e a cada pesquisa publicada isso se torna um fato: o uso de telas iluminadas, como celular, tablets e notebooks, pioram a qualidade e quantidade do sono, dificultando o adormecer da pessoa, pois inibe a produção do hormônio melatonina.

O que acontece? A otorrinolaringologista e médica do Instituto do Sono, Sandra Doria, ajuda a explicar. Há um conflito de interesses do nosso corpo. O cérebro precisa descansar após um dia inteiro de atividades, mas é soterrado de estímulos contínuos para manter absorvendo conteúdo como, informações, imagens, vídeos e música constantemente num feed infinito nas redes sociais e com isso não consegue relaxar. Até mesmo durante o sono já iniciado o celular pode prejudicar o sono emitindo sons e luzes da tela informando uma nova notificação de post ou mensagens, causando vários despertares.


Excesso de estímulos dificultam o adormecer. (Foto: Reprodução/ kittirat roekburi/ Shutterstock)


O sono e a reparação que ele tem sob nosso corpo é importante para o aprendizado, a memória, a regulação de emoções, do comportamento, entre vários outros. A privação pode desencadear, por exemplo, alteração de humor, ganho de peso, cansaço diurno e problemas no desempenho na escola.

Recentemente uma revisão sobre a pesquisa realizada conclui que o uso excessivo está relacionado a fatores de riscos para distúrbio do sono e doenças mentais como depressão e ansiedade.

Segundo a médica pequenas mudanças nos hábitos podem ser implementados no dia-a-dia para evitar tais problemas. Os pais devem estipular um horário para iniciar o sono, evitar o uso de redes sociais, jogos eletrônicos e internet pelo menos uma hora antes de dormir e deixar o celular, no modo silencioso, distante da cama.

Um dos temas mais recorrentes deste portal é relacionado ao sono. Para o leitor que continua essa busca ao sono perfeito seguem abaixo matérias sugeridas para melhor a qualidade do sono e aumentar o conhecimento sobre o assunto.

 

Foto Destaque: Luz emitida pela tela interrompe produção de melatonina. Reprodução: Freepik / Divulgação / CP Memória

Aprenda a diferença entre Macro e Micronutrientes

Quem já optou em fazer diversas dietas visando o peso do corpo está familiarizado com termos encontrados nos rótulos de alimentos, como carboidratos, sódio, gordura, ferro, vitaminas, minerais, dentre outros. Mas antes de consumir, é importante ter o conhecimento e saber o quê está fazendo.

Os alimentos são compostos por nutrientes fundamentais para o nosso sustento e eles se dividem em dois grupos: Macronutrientes e Micronutrientes. Apesar do nome, a diferença deles vai além do tamanho das moléculas, assim como Gisele Pontaroli Raymundo, professora e nutricionista da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) exemplifica: “Se há uma garagem pequena e um carro precisa entrar, é só abrir o portão. Mas se chegar um caminhão, ele entra apenas desmontado. Com os macronutrientes é assim. A absorção no intestino só ocorre depois que eles forem dissolvidos”.

Na categoria dos macronutrientes estão listados os carboidratos, as gorduras e as proteínas de onde vem a nossa energia. Proteínas e gorduras são encontrados na carne, ovo e leite, origem animal, e grão-de-bico, feijão e lentinha origem vegetal. O carboidrato é encontrado na fruta e em cereal. Estima-se que 1 grama de proteína ou carboidrato forneça em torno de 4 calorias, enquanto 1 g de gordura tenha 9.

Os carboidratos e as gorduras tem a função específica de dar movimento, pode-se  dizer que é o “combustível” do corpo. Os lipídios, ou gorduras, são usados como energia no sistema muscular. Já o carboidrato é usado no sistema central em momentos de descanso e as proteínas tem o objetivo de formar, reparar e crescer de tecidos.


Cada pessoa é diferente, por isso cada dieta deve ser diferente. (Foto: Reprodução/ Pexel)


E os micronutrientes? Se engana quem pensa que tamanho é documento. Suas moléculas são tão pequenas que não precisam ser digeridas antes de serem absorvidas pelo corpo. E diferente do macronutriente, os micro tem uma lista extensa de minerais e vitaminas.

Citando os mais populares, a vitamina C é encontrada em frutas cítricas com alto potencial antioxidante, a vitamina A encontrada no leite e nos ovos auxilia para a saúde dos olhos e a vitamina B12 encontrada na carne e no leite são importantes para o funcionamento do sistema nervoso central,

Na lista dos minerais: o ferro encontrado na carne e no feijão e auxilia o transporte de oxigênio; o sódio, conhecido como sal de cozinha, ajuda a regular o volume de sangue; e o zinco encontrado nos frutos do mar e castanha fortalece o sistema imunológico.

O Guia Alimentar para a População Brasileira é a referência nacional na área da nutrição no Brasil. Segundo o documento, uma refeição equilibrada deve ter entre 55 e 60% das calorias oriundas de carboidratos; de 20 a 35% advindas de gordura; e de 10 a 15% de proteínas.

 

Foto Destaque: Seguir dieta da moda sem orientação de um profissional qualificado podem trazer risco à saúde. Reprodução/ Marcelo Camargo/ Agência Brasil

Conheça os cuidados e previna o câncer de pele na cabeça

Quando o assunto é o raio ultravioleta do sol é comum proteger os membros do nosso corpo com filtro solar ou com uma peça de roupa maior. No entanto, nos esquecemos da parte que fica mais exposta: a cabeça. O câncer de pele na cabeça pega as pessoas de surpresa. Muitos podem ter a impressão que os cabelos são uma proteção natural e se esquecem de usar chapéu e bonés.  

Segundo Dra. Patrícia Mafra, dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, os raios do sol podem causar lesões ao couro cabeludo, até mesmo tumores. Estes apresentam em tamanhos, formas e cores diferentes. Detectar essas lesões é a melhor forma para prevenção e tratamento. Mesmo quem tem grande volume de cabelo o risco de câncer de pele na cabeça existe, podendo agravar o quadro evoluindo para metástase atingindo o cérebro.

O médico neurologista e neuro-oncologista, membro da Society for Neuro-Oncology Latin America (SNOLA), Dr. Gabriel Novaes de Rezende Batistella, explica: “(…) o câncer de pele no couro cabeludo é perigoso se não for diagnosticado e tratado, pois há risco de metástase para o cérebro. Apesar de não serem classificados como tumores cerebrais, as metástases cerebrais são tipos de cânceres que chegam no cérebro após circular pelo corpo. E temos a impressão de que eles são até dez vezes mais comuns do que os tumores cerebrais“.


Ter calvície ou mesmo rarefação capilar é um fator de risco para o desenvolvimento de câncer no couro cabeludo.  (Foto: Divulgação/Instituto Nacional do Câncer)


O câncer de pele, na cabeça ou qualquer outra região, se manifesta de diferentes formas. Os principais sintomas são feridas que não cicatrizam, sangramentos, formação de crosta na pele, manchas marrom, lesão que muda de tamanho, cor e forma ou o surgimento de uma nova mancha. Mantenha atenção, pois, normalmente, quando estes sintomas aparecem o câncer está em um estágio avançado, dificultando o tratamento e reduzindo as chances de cura.

A dermatologista Patrícia Mafra recomenda: “Os cabelos são uma proteção natural contra as radiações solares, porém, na medida em que os eles vão escasseando, perde-se essa proteção. Não há filtro solar específico para o couro cabeludo. Contudo, indico aplicar um protetor solar em spray para alcançar a área. Caso a pessoa seja calva, ela pode utilizar o mesmo produto aplicado no rosto, com FPS de, no mínimo, 30 e PPD 10, reaplicando a cada duas horas. Além disso, principalmente para quem trabalha exposto ao sol, deve-se usar bonés e chapéus“.

A ajuda de um amigo, familiar ou companheiro é suficiente. Peça que vasculhe seu couro cabeludo por manchas, feridas ou sangramentos, de preferência com luz natural. Bastam alguns minutos para detectar estes sinais, uma vez por mês.  

 

Foto Destaque: O câncer de pele na cabeça é descoberto em estágio avançado devido seu encobrimento. Reprodução/ Shutterstock

A importância da dieta no tratamento do câncer

Muitos acreditam que a escolha de um alimento pode auxiliar na prevenção ou superação de um câncer; porém, não é do conhecimento de muitas pessoas que para um grande percentual das pessoas atingidas pela doença, o processo de combate acaba gerando efeitos colaterais que complicam a alimentação do paciente.

Uma revisão feita pela Academia Americana de Nutrição e Dietética, baseada em 25 estudos diferentes sobre o tema, concluiu que o paladar dos pacientes foi afetado durante ou após o procedimento de tratamento.

Os pacientes que passaram pela radioterapia apresentaram essas alterações em um período de até 1 ano após as sessões; já os pacientes que passaram pela quimioterapia, os sintomas permaneceram por mais de seis meses. Esse procedimento ao afetar o paladar do paciente, pode gerar perda de apetite e jogar o indivíduo na linha da desnutrição.

Segundo Gabriela Vilaça, nutricionista do Instituto Nacional de Câncer (Inca), essas reações são mais comuns na radioterapia, em principal, quando é direcionada para o tratamento de tumores na região da cabeça ou pescoço. E, devido a aplicação da radiação ser local, as células da cavidade bucal são prejudicas, gerando, assim, a perda do paladar por um período.


O suporte da dieta alimentar para a prevenção do câncer (Foto: Reprodução/Drauzio Varella)


Um estudo realizado pela parceria entre o Inca e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Universidade de Groningen (Holanda), foi realizada com o total de 4783 pacientes passando por esse cenário, e foi constatado que 45% dos pacientes estudados estavam com suspeita ou um quadro de desnutrição, e 12% já apresentavam um quadro grave de desnutrição.

O Inca desenvolveu o “Guia de Nutrição para Pacientes e Cuidadores” para orientar pessoas que estão passando por esse processo. Contudo, há medidas capazes de auxiliar durante e após o procedimento, evitando o paciente a perder o prazer de se alimentar. Os temperos se tornam a principal aposta dos especialistas, pois eles aguçam o paladar e ajudam a combater náuseas e enjôos.

“Podemos estimular a sensibilidade do paladar com balas de menta, hortelã ou algumas gotas de limão antes da refeição”, disse Marcelo Cruz, oncologista no Hospital Sírio-Libanês de São Paulo.

 

Foto Destaque: Dieta para auxiliar no câncer. Reprodução/Tomás Arthuzzi/SAÚDE é Vital.