A técnica da Termografia, inicialmente usada em área militar, utiliza de radiação infravermelha emanada pelo corpo e convertida em temperatura, mapeando assim a imagem analisada. Seu primeiro uso como tentativa de identificar um tumor na mama foi em 1956 em Montreal, no Canadá. A agência reguladora do mercado de saúde americano, FDA (Food and Drug Administration), aprovou o método em 1982 para uso. No entanto, a comunidade médica não aconselha que a tecnologia seja usada de maneira isolada, pois sua eficácia é controversa, devido ao fato de ter resultados inconsistentes com falhas na detecção e diagnósticos falsos.
Os estudos continuaram sendo realizados e, agora, com auxílio de inteligência artificial, a tendência é tornar o sistema cada vez mais automatizado e inteligente, identificando melhor padrões para tornar o exame cada vez mais preciso. Ainda assim mais pesquisas precisam ser feitas ampliando todos os tipos de tumores e outras condições como a de mulheres obesas e de mamas grandes.
Outubro Rosa é o mês dedicado à conscientização do câncer de mama. (Foto: Reprodução/ Vasyl Dolmatov/ iStock).
A perda de interesse na tecnologia surgiu pela falta de estudos robustos e dados clínicos públicos. Mesmo com a adição de inteligência artificial, são necessários resultados consistentes para confecção de protocolos padronizados. Hoje em dia, exames via termografia tem dificuldade de distinguir o câncer de mama e regiões inflamadas, por exemplo.
Mesmo não sendo compreendida totalmente pela ciência moderna, o diagnóstico precoce é a melhor estratégia para aumentar as chances de cura. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o câncer de mama é a principal causa de morte específica por câncer na população feminina.
A mamografia continua sendo o exame mais eficaz na detecção de pequenos tumores, no entanto, existem algumas limitações nestes casos testes complementares como ultrassonografia, ressonância e mamografia com contraste são indicados. Em 2019, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) apontou mais de 66 mil casos só no Brasil e cerca de 18 mil óbitos pela doença.
Foto Destaque: Mamografia ainda é o exame mais eficaz para identificação de tumor. Reprodução/Stocksy.