Que a prática de exercícios físicos faz bem para o cérebro, ninguém duvida. No entanto, há algumas atividades físicas que podem oferecer mais benefícios do que outras. Um artigo de José A. Morales García (professor e pesquisador científico de neurociências na Universidade Complutense de Madri, na Espanha) publicado no site de notícias acadêmicas “The Conversation”, e republicada na “BBC News”, evidenciou que a natação pode ser uma das atividades mais completas para melhorar tanto a saúde física como mental.
De início, o texto dá uma prévia de que a prática da natação pode liberar substâncias no cérebro que melhoram a cognição e a memória, em parte devido ao fato de que ajuda a estabelecer novas conexões cerebrais. Outros pontos apresentados são: combater o estresse oxidativo e os radicais livres, redução dos níveis de estresse, melhora do sistema imunológico e o humor.
Natação
A prática da natação ativa os principais grupos musculares. (Foto: Reprodução/Diário do Nordeste)
Primeiramente, no artigo é apresentado aos leitores a razão por trás de ser o exercício mais completo e isso está ligado ao fato de ativar os principais grupos musculares por causa da resistência da água.
A prática de tal exercício estimula o sistema cardiovascular e, por causa da resistência, o esforço acaba sendo maior do que em outros esportes. Por estar submerso, o corpo do indivíduo sofre menos impacto físico o que facilita a locomoção.
A endofirna
Natação ajuda na liberação de endorfina. (Foto: Reprodução/Growth Blog)
Bem como outros exercícios aeróbicos (o que exige esforço do coração e pulmões para o fornecimento de oxigênio para os músculos), a natação provoca a descarga de endorfinas.
De acordo com informações do artigo, tais substâncias são produzidas naturalmente pelo cérebro e conseguem reduzir a percepção de dor e proporcionam o prazer e a sensação de felicidade.
O autor do texto, José Morales García, evidência que esse é a razão por trás de a natação ser viciante já que as endorfinas se conectam aos receptores opióides no cérebro.
Morales aponta que essas substâncias mostraram-se efetivas no tratamento da depressão.
Dessa forma, esse esporte funciona como terapia para melhorar o humor e reduzir os sintomas de indivíduos que sofrem com essa doença (sendo assim, isso poderá permitir a redução ou eliminação da medicação em pacientes).
Natação como treinamento cerebral
Pesquisadores mostram que é ideal para melhorar as capacidades do cérebro. (Foto: Reprodução/Jornal Corporativo)
Por fim, José Morales aponta que, segundo estudos, além de manter a mente em “boa forma” à medida que envelhecemos, a prática desse esporte pode ajudar no desenvolvimento do cérebro infantil.
Para mostrar que é verdade, o autor fala sobre um estudo recente em que comprova que crianças entre 6 e 12 anos têm mais capacidade de lembrar vocabulário após nadar por vários minutos. Ou seja, uma atividade que parece reforçar a memória em pessoas de todas as idades.
Outra virtude apresentada no artigo é o estímulo da função cerebral. Isso foi comprovado após um estudo realizado com nadadores adultos que, após 20 minutos de exercícios, melhoraram tal função.
Morales mostra que, parte da responsabilidade destes benefícios, está conectado ao fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF), este trata-se de um fator de crescimento cerebral que auxilia na memória e cognição.
Foto Destaque: A natação é uma das atividades mais completas para melhorar tanto a saúde física como mental. Reprodução/Manual do Home Moderno.
