Doenças como SIM-P e Kawasaki podem estar relacionadas com o aumento de casos graves
Apesar de boa parte das crianças que são infectadas pelo novo coronavírus serem assintomáticas, algumas podem desenvolver doenças graves. Segundo estudo realizado pela prefeitura de São Paulo, 7 em cada 10 crianças que contraem o vírus são assintomáticas.
Além do risco de transmitir o covid-19 para outras pessoas, principalmente as que estão no grupo de risco (crianças de até 2 anos, idosos, gestantes e pessoas com doenças crônicas), há um número crescente de complicações em crianças que contraem a doença e apresentam sintomas.
Especialistas dizem que as crianças que chegam a ser internada por covid-19 podem ficar com sequelas, além de casos graves de insuficiência respiratória, cardíaca e doença renal aguda.
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Criança usando máscara (Foto: Reprodução/istock)
Ministério da Saúde Alerta
O Ministério da Saúde está monitorando crianças de até 16 anos sobre alerta do aumento da Síndrome Inflamatória Multissistêmica (SIM-P) que pode ter ligação com o coronavírus. Os sintomas são: febre alta e continua, diarréia, manchas no corpo, conjuntivite, dores no corpo e pressão baixa.
No ultimo dia 25 de agosto, a morte de uma menina de onze anos de idade sem aparentar problemas de saúde, chamou a atenção de médicos e especialistas. Eles descobriram pela primeira vez a presença de partículas do vírus da doença em células musculares cardíacas, determinando uma relação entre o coronavírus e a SIM-P. O agravamento dessa inflamação pode afetar até o coração.
Outra doença com sintomas semelhantes é a doença de Kawasaki, cujo os principais sintomas são febre alta e descamação na pele. Em países como , Itália, Reino Unido e Holanda, médicos relataram que crianças infectadas pelo novo coronavírus apresentaram, semanas depois, inflamações nos vasos sanguíneos e sintomas semelhantes ao da Doença de Kawasaki, que é uma síndrome infantil extremamente rara que afeta, principalmente, crianças entre um e cinco anos de idade. Os casos foram alvo de estudos publicados em revistas científicas importantes.
(Foto destaque: Criança medindo a temperatura. Reprodução/oglobo)