Bem Estar

Melatonina não é solução para insônia e seu uso pode ser perigoso

Após a liberação da venda de melatonina pela Anvisa, especialistas afirmam que não há benefícios contra insônia e avisam que uso descontrolado pode trazer riscos à saúde.

08 Fev 2022 - 16h50 | Atualizado em 08 Fev 2022 - 16h50
Melatonina não é solução para insônia e seu uso pode ser perigoso Lorena Bueri

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a liberação da venda de melatonina, substância conhecida como hormônio do sono, sem prescrição medica há alguns meses, no entanto o consumo descontrolado do suplemento podem agravar quadros e desregular o organizado. Especialistas afirmam que não há evidências de que o suplemento traga benefício direto a quem sofre de insônia.

A melatonina é um hormônio produzido pela glândula pineal, localizada no centro do cérebro, e atua como regulador e indutor do sono, entre outras tarefas. O hormônio é recomendado para o tratamento dos transtornos de ritmo circadiano e o transtorno comportamental do sono REM. Ou seja, é essa glândula ‘quem’ decide quando vamos dormir. Inicia a produção de melatonina quando percebe a queda da luz, anoitecer, e entender que deve se preparar para dormir. Por isso é orientado às pessoas evitar a exposição a telas antes de ir dormir.

Diferente de minerais e vitaminas, a melatonina não é simples de medir a concentração no sangue. A neurologista Dalva Poyares, pesquisadora do Instituto do Sono (SP) explica: “Ela é um hormônio. Então não é possível dizer se uma pessoa precisa de reposição e em qual medida”.


Cerca de 35% das pessoas que sofrem de insônia usam remédios sem o acompanhamento devido. (Foto: Reprodução/Pixabay)


Especialistas estão preocupados com o consumo desenfreado do medicamento, pois segundo Caio Bonadio, médico psiquiatra da Vigilantes do Sono, aproximadamente, 35% das pessoas que sofrem de insônia usam remédios sem o acompanhamento devido.  

Dormir mal não significa somente ter insônia. Existem cerca de 50 doenças do sono catalogadas. Como o nosso corpo produz a melatonina naturalmente, é preciso fazer uma avaliação médica completa antes de decidir prescrevê-la”, explica o especialista. Antes de aderir às drogas, modificações no estilo de vida serão realizadas como, dieta alimentar, exercícios físicos. Segundo a Associação Brasileira do Sono (ABS) a melatonina não é indicada no tratamento de insônia pelos relatórios europeu e americano.

Para o bom funcionamento do organismo nosso corpo produz cerca de 0.2 miligramas de melatonina todos os dias e, por isso, que a Anvisa assegura que a dose deve ser respeitada. A psiquiatra Dalva alerta: “a melatonina age também no pulmão, no cérebro, no fígado e no sistema endócrino, e não há estudos suficientes que avaliem possíveis danos nesses órgãos se houver erro de dosagem ou mau uso do suplemento”.

Consumo desregulado e rotina desbalanceada podem ser riscos para pessoas que usando produtos a base de melatonina, como o professor do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, José Cipolla Neto, informa: “Se houver refeição próxima à ingestão de melatonina, a pessoa corre maior risco de desenvolver diabetes”.

Ainda que o medicamento esteja disponível na prateleira da farmácia só utilize com prescrição médica.

 

 

Foto Destaque: O consumo de melatonina sem acompanhamento médico por ser perigoso. Reprodução/ Singlecare

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