Bem Estar

Mau uso do Tiktok espalha preconceito de quem sofre com demência

O uso do aplicativo não supervisionado pelo pais está contribuindo para aumentar e espalhar o preconceito e estereótipo de quem vive com a enfermidade.

27 Fev 2022 - 16h00 | Atualizado em 27 Fev 2022 - 16h00
Mau uso do Tiktok espalha preconceito de quem sofre com demência Lorena Bueri

O bordão popular “abstrai e finge demência” que circula não internet, principalmente nas redes sociais, é usado como uma forma de fugir de uma situação vergonhosa. A revista MIT Technology Review publicou uma reportagem, no dia 16 de fevereiro, em que demonstra um padrão de comportamento entre os mais jovens.

Alguns usuários do aplicativo TikTok têm filmado e exposto idosos com demência clínica, na tentativa de fazer graça e arrancar 'curtidas' e compartilhamento através dos vídeos curtos. Cenas como a de um idoso que se atrapalha para tirar o suéter, tem dificuldade para se levantar e outro que dança sem consciência de estar sendo filmado estão sendo postados sem responsabilidade e ética, ignorando a dor de quem vive ou convive com a doença.

No Brasil, quase um milhão de pessoas apresentam alguma forma de demência, o mais comum é a doença de Alzheimer. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em todo o mundo são mais de 50 milhões de pessoas com a condição e estima-se que o número possa triplicar até 2050.


Ed e Dan Salinger aumentam a conscientização sobre a vida cotidiana de uma pessoa com demência com seus vídeos. (Foto: Reprodução/salnorcal)


A hashtag #Dementia (em inglês) tem 2 bilhões de visualizações. O uso indevido da rede social está contribuindo para espalhar o preconceito e estereótipo de quem vive com a enfermidade, não só o paciente, mas familiares e amigos também. Tal comportamento carrega uma questão ética ao publicar os vídeos. Filmar alguém sem seu consentimento adicionado ao fato de expor o individo que não tem condição de responder pelos seus atos, da maneira como está sendo retratado, por isso, muitos afirmam que os limites da humilhação pública parecem estar cada vez mais frágeis.

Jacquelyn Revere, de 20 anos, se mudou de Nova York para Califórnia com objetivo de cuidar da sua mãe Lynn. Hoje, a cuidadora utiliza as redes sociais para ajudar outras pessoas que estão na mesma situação que a sua. Com quase 57 mil seguidores no Instagram e meio milhão no TikTok, Jacquelyn ensina o modo correto a oferecer um lanche para uma pessoa portadora de demência. Ao invés de falar (ou gritar) de longe, tente se aproximar da pessoa e dar duas opções para ela escolher, sempre com tom de voz acolhedor. 

 

Foto Destaque: Empresa ainda não se posicionou sobre o comportamento. Reprodução/TikTok

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