A inteligência emocional na liderança é composta por empatia, habilidades sociais, autoconsciência, autogestão e motivação. Estas são as chamadas soft skills, que são muito apreciadas no mercado de trabalho atual.
Com um crescimento cada vez maior do uso de tecnologias, sistemas on-line, inteligência artificial e internet das coisas, tornou-se mais importante do que nunca que os líderes demonstrem inteligência emocional.
Para líderes, dominar a inteligência emocional ajuda a treinar equipes com sucesso, gerenciar o estresse, fornecer feedback adequado e humanizado e saber trabalhar em colaboração.
O que é a inteligência emocional
Inteligência emocional é a capacidade de reconhecer, compreender e gerenciar as emoções, bem como as emoções das pessoas do convívio ou ambiente de trabalho. O termo existe desde 1990, criado pelos pesquisadores e professores de psicologia, John D. Mayer da UNH e Peter Salovey de Yale.
Em entrevista para a Harvard Business Review (HBR), Mayer definiu inteligência emocional como “Do ponto de vista científico (e não popular), a inteligência emocional é a capacidade de perceber com precisão as suas próprias emoções e as dos outros; compreender os sinais que as emoções enviam sobre os relacionamentos; e gerir as suas próprias emoções e as dos outros. Não inclui necessariamente as qualidades (como otimismo, iniciativa e autoconfiança) que algumas definições populares atribuem a ele”.
Mas o termo só se popularizou com o psicólogo Daniel Goleman, autor de livros
Em fala à HBR, Goleman disse: “Os líderes mais eficazes são todos iguais de uma maneira crucial: todos eles têm um alto grau do que veio a ser conhecido como inteligência. Não é que o QI e as habilidades técnicas sejam irrelevantes. Eles importam, mas... eles são os requisitos básicos para cargos executivos.”
Na liderança, usar da inteligência emocional permite administrar as relações interpessoais de forma criteriosa e empática. E, além disso, conectar-se emocionalmente com os funcionários, permitindo melhorar o engajamento e a produtividade da equipe.
A maneira como o líder se relaciona com os seus funcionários impacta diretamente na forma como os colaboradores percebem e produzem seu trabalho.
Os desafios atuais do mundo do trabalho exigem líderes com inteligência emocional. (Foto: Reprodução;Lookstudio/Freepik)
Principais características da inteligência emocional em líderes
As emoções no ambiente de trabalho combinam muitas situações de mudanças, incertezas, conflitos, sensações de esgotamento, e ainda, fracassos e decepções. Saber compreender, conversar e engajar os funcionários em meio a essas situações pode colaborar diretamente para o sucesso do negócio.
Entre alguns componentes essenciais da inteligência emociona, podemos citar:
- Autoconsciência: A capacidade de conhecer as próprias emoções, bem como os pontos fortes e fracos, e reconhecer seu impacto no desempenho e nos relacionamentos.
- Autogestão: É a capacidade de se autorregular, controlar emoções e impulsos positivos e negativos e ser flexível e adaptável conforme as situações o justifiquem.
- Motivação: A capacidade de inspirar por meio de comunicação persuasiva, otimismo, construção de vínculos e desarmar conflitos entre os indivíduos.
- Empatia: A capacidade de ter consciência social, ter simpatia pelos outros, navegar politicamente e interagir proativamente. Ser capaz de reconhecer sentimentos, não apenas palavras.
- Habilidades sociais: Saber comunicar-se, mostrar respeito às diferentes necessidades, medos, inseguranças e expectativas das pessoas. Posicionar-se de forma a resolver os conflitos com cuidado e comunicação.
O ambiente dos negócios encontra desafios de resiliência e adaptabilidade. Líderes de sucesso precisam garantir que possam se ajustar às novas maneiras de fazer as coisas e responder de forma saudável a novos desafios. As empresas têm lutado para reter talentos com essas qualidade, por isso, é uma necessidade buscar desenvolver soft skills de liderança.
Foto destaque: Líderes de sucesso precisam ter inteligência emocional. Reprodução/Kate Magostar/Freepik.