A saúde mental é composta por uma junção de pilares, como a genética, estilo de vida. Alguns estudos indicam que a influência da alimentação em questões emocionais, inclusive na ansiedade e depressão.
Uma dieta rica em açúcar e gorduras, porém pobre em diversos nutrientes importantes pode causar grandes alterações no corpo e prejudicando processos importantes à manutenção da saúde mental. Entre eles, estão malefícios como o estresse oxidativo e a neuroinflamação.
"A variação de saúde mental está relacionada com aumento do estresse oxidativo porque o cérebro é um tecido metabolicamente muito ativo e acaba liberando muito radical livre, responsável pelo envelhecimento das células e até por má função celular", afirmou a nutricionista Lara Natucci, em entrevista ao VivaBem durante o congresso Ganepão, realizado em São Paulo.
Comida gordurosa (Foto: Reprodução/Divulgação)
Em uma alimentação ruim, a microbiota pode causar uma piora no intestino dificultando a absorção de bons nutrientes, interferindo diretamente na produção de neurotransmissores.
Segundo a nutricionista, a boa notícia é que pesquisas também mostram redução em sintomas e o caráter preventivo de uma alimentação saudável, com produtos de fácil acesso no dia a dia.
"Se conseguirmos ter uma alimentação rica em diversos nutrientes, vitaminas, minerais, vamos ter substrato para formar neurotransmissores. Com fibras e probióticos garantimos boa saúde intestinal, além dos micronutrientes. Se tivermos nutrientes anti-inflamatórios e antioxidantes, prevenimos inflamação", diz a nutricionista.
Comida saudável (Foto: Reprodução/Divulgação)
Uma dica é manter os bons padrões alimentares e usar produtos de época, pois isso ajuda a tornar os hábitos constantes. Além de terem os compostos bioativos, nutrientes e serem mais acessíveis e com maior disponibilidade.
Estudos também se dedicam à suplementação como parte do tratamento dos transtornos. "Normalmente os pesquisadores falam em oito semanas para ter algum efeito de melhora da depressão e ansiedade", comenta a nutricionista Lara Natacci.
Nestes casos, é preciso comprovar via exames os problemas de deficiência das substâncias e ter prescrição médica individualizada, porque a autossuplementação pode ser tóxica.
Foto destaque: Pessoa comendo um X-Burguer. Reprodução/Divulgação