Pesquisadores do centro de Pesquisas da Faculdade e Esportes e Ciências da Saúde da Universidade de Jyväskylä, na Finlândia, apresentaram o resultado de um estudo feito com pessoas idosas, entre 75 e 80 anos, feitas uma primeira parte na década de 1990, e outra com idosos no século XXI na mesma faixa etária.
O corte de idade da pesquisa se deu primeiramente nos que nasceram entre os anos de 1910 e 1914, e depois com os que nasceram entre 1938 e 1942. Em ambos os períodos estudados, grandes eventos ocorreram no mundo, como a primeira Guerra mundial (1914-1918), e a segunda guerra mundial (1939-1945).
O que mostrou o estudo foi que os idosos do século XXI apresentam menos sinais de depressão e outras doenças psiquiátricas do que os do século XX. Uma das hipóteses levantadas pela equipe é a de que os níveis de educação e os avanços na área de saúde contribuíram para o resultado apresentado.
Outros índices serviram de parâmetro para a pesquisa, como a melhora física e corporal desses idosos. Houve um aumento muscular, na força, em velocidade de caminhada e o que deixou os pesquisadores animados, é que a tanto na fala, quanto na velocidade de raciocínio, apresentaram uma diferença enorme entre os grupos. O motivo apontado no estudo para essa diferença intelectual, se dá por conta das novas tecnologias, no qual ajudam a esses idosos a manter o cérebro em funcionamento com diversas atividades.
Idosos estão ficando menos deprimido com o passar dos anos - (Foto: reprodução/Freepick)
A evolução e a popularização das academias da terceira idade ajudam a esses idosos a manterem o corpo e a mente ativos.
Um dado importante que foi apresentado, é quando se foi perguntado em relação a satisfação com a vida. Os números foram iguais nos dois grupos.
A pesquisadora finlandesa responsável pelo estudo, Tiia Kekäläinen disse que “Os homens nascidos em 1910 viveram numa época dura, o que pode explicar a satisfação com suas vidas em 1990. Os indivíduos se adaptam às condições que enfrentam, o que vale para os idosos de 1990 e os de hoje”.
A Finlândia é conhecida e reconhecida como o país mais feliz do mundo, é o que diz uma pesquisa feita pela ONU. O Brasil, nessa mesma pesquisa divulgada esse ano, é apenas o 49º país mais feliz do mundo. Em 2016, o Brasil chegou a ocupar a 16ª posição desse ranking.
Foto destaque: Idosos felizes apreciando a vida – Foto: reprodução/Freepick