A pílula anticoncepcional é o método contraceptivo mais utilizado pelas mulheres. O medicamento, feito à base de hormônio, deve ser usado diariamente a fim de reduzir a chance de gravidez. Mesmo sendo comercializado e usado amplamente, falar sobre o assunto ainda é considerado tabu na sociedade. Ainda assim, algumas coisas devem ser ditas para o conhecimento geral: você sabia que a pílula anticoncepcional tem efeitos colaterais?
A ginecologista e obstetra Eloisa Pinho, pós-graduada em ultrassonografia ginecológica e obstétrica pela CETRUS, conta que o medicamento traz muitos benefícios, como regulação do ciclo menstrual, diminuição das cólicas, combate às espinhas e reduz o risco de anemia devido à perda de sangue no período menstrual. Mas nem tudo são flores. O uso da pílula traz uma diversidade de efeitos colaterais e reações adversas.
É comum sentir dores de cabeça, abdominais, náuseas, ganho de peso, retenção de líquido e perda da libido nas primeiras semanas do uso da pílula anticoncepcional. E no começo, é normal ocorrer sangramentos fora da menstruação devido ao aumento da fragilidade do útero causado pelo medicamento. A especialista destaca: "O problema é especialmente comum em mulheres que ainda não se adaptaram ao uso correto da pílula e acabam esquecendo de ingeri-la diariamente".
Alternativa para método contraceptivo. (Foto: Reprodução/Getty Images)
Sobre a acne, Pinho explica que o medicamento provoca a produção de oleosidade da pele, criando o ambiente perfeito para o surgimento dos pequenos indesejáveis cravos e espinhas. O uso do medicamento também traz riscos à saúde, como a chance de trombose. Inflamando as paredes do vaso sanguíneo o uso não é indicado às mulheres com predisposição ao problema. Eloisa nos ajuda a entender melhor, diz "Isso ocorre porque a quantidade de hormônios presentes nas pílulas anticoncepcionais é capaz de alterar a circulação, aumentando o risco de formação de coágulos nas veias profundas".
Segundo a obstetra outro ponto que se deve ter atenção é a endometriose. O tratamento para tal condição é justamente a pílula anticoncepcional, pois ela controla e alivia os sintomas. No entanto, muitas mulheres que sofrem da doença, e tomam a pílula, desconhecem a condição podem agravar o quadro, evoluindo para infertilidade.
Alternativas de contraceptivos
A famosa camisinha, tanto masculina quanto feminina, é o único contraceptivo que evita doenças sexualmente transmissíveis, porque oferece uma proteção física contra a entrada do esperma. O diafragma é uma cúpula de silicone que é colocada dentro da vagina antes da relação sexual impedindo que o esperma fecunde o óvulo, o conceito parecido com a camisinha. E por fim, o DIU de cobre tem o formato de T e é colocado no útero da mulher para dificultar a fecundação.
A especialista recomenda que seja combinado um método preservativo com um medicamento para proporcionar maior eficácia na contracepção.
Foto Destaque: Conheça os efeitos colaterais e reações adversas. Reprodução/Getty Images