Bem Estar

Bem-estar no ambiente de trabalho está abaixo do normal

Síndrome de Burnout se mostra em níveis altos, em decorrência de ambientes de trabalho esgotantes e mal administrados. OMS faz alerta às empresas e profissionais.

16 Jan 2022 - 19h14 | Atualizado em 16 Jan 2022 - 19h14
Bem-estar no ambiente de trabalho está abaixo do normal Lorena Bueri

O popular dizer que afirma que pessoal e profissional não se misturam caiu por terra em 1 de janeiro de 2022, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) oficializou o CID-11, Síndrome de Burnout, como uma doença relacionada à condição de saúde mental, desenvolvida em sua maioria por jornada excessiva em locais laborais esgotantes e mal administrados.

Em tempos de desemprego, estar em um “mal” emprego tem prejudicado a saúde mental da população mundial e a OMS afirma que é responsabilidade das empresas.

A Organização Mundial da Saúde enfatizou ainda que a Burnout não deve ser relacionada a outras áreas da vida, senão à ocupacional.


 

Charge sobre Burnout. (Foto: Reprodução/Portal RHMED|RHVIDA).


De acordo com a Secretaria especial de previdência e trabalho, entre 2017 e 2018, o número de profissionais diagnosticados com a Síndrome de Burnout aumentou 114,80 %, levando aproximadamente 33 milhões de cidadãos a sofrerem com a doença.

Apesar das polemicas envolvendo a oficialização da síndrome psíquica como doença, o ministério do trabalho ampara o portador, como em qualquer outra patologia comprovada.

Num ranking de cinco países, o Brasil está classificado como um dos mais afetados, perdendo apenas para o Japão, que apresenta 70% da população.


 

            Ranking de países que têm maior porcentagem da população afetada pela síndrome de burnout. (Foto: Reprodução/Portal de Notícias G1).


A menos que as empresas se reorganizem em suas formas de interação com os profissionais, os números e afastamentos em vigor da pane física e mental tendem a crescer e se espalhar cada vez mais, trazendo danos significativos à saúde dos colaboradores, acarretando também na perda de resultados profissionais e consequentemente do desempenho geral das organizações.

Segundo o Portal de Medicina (PEBMED), entre os principais sintomas estão o nervosismo, cansaço excessivo físico e mental, prostração, dor de cabeça frequente, pressão alta, dores musculares, problemas gastrointestinais, alterações nos batimentos cardíacos, alterações no apetite e no humor, insônia, dificuldade de concentração, sentimentos de fracasso, incompetência e insegurança, negatividade constante e isolamento.

Foto destaque: Desenho que retrata pessoa com Burnout. Reprodução/Portal vida adulta.

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