A empresa americana especializada em exploração espacial, Virgin Galactic, comunicou na última quinta-feira (14) que seu primeiro voo comercial tripulado foi adiado para 2022 e que os testes agendados até o final de 2021 estão cancelados.
O voo comercial, que inicialmente ocorreria entre o final de setembro e o começo de outubro de 2021, ainda contará com tripulantes da Força Aérea Italiana, mas teve de ser remanejado para o quarto trimestre do próximo ano.
Nave aeroespacial SpaceShipTwo. Reprodução/Virgin Galactic
Fundada em 2004 pelo engenheiro aeroespacial americano, Burt Rutan, a Virgin Galactic é uma empresa de voos espaciais e, atualmente, está trabalhando no desenvolvimento de espaçonaves comerciais, visando o fornecimento de voos e lançamentos suborbitais (que permitem viajar além da atmosfera terrestre, cruzando os limites definidos como “espaço”) para turistas especiais e missões de ciências especiais, respectivamente.
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Ainda segundo o comunicado, as espaçonaves, VSS Unity e VMS Eve, entrarão em período de manutenção em virtude de testes laboratoriais, realizados nos materiais utilizados nos veículos, que apontam “uma possível redução nas margens de força de alguns materiais, usados para modificar juntas específicas”.
A Virgin Galactic informou também que, ainda que os dados sobre as reduções nas margens de força não impactem o veículo, é necessário realizar novas inspeções uma vez que os protocolos de teste de voo exigem margens de força bem claras.
Segundo a agência britânica de notícias, Reuters, desde a liberação do comunicado, as ações da Virgin Galactic caíram cerca de 13%. Esse percalço entre para lista dificuldades enfrentadas pela empresa americana que, em virtude do atraso testes, também precisou adiar a venda de passagens para a viagem aeroespacial. Com tempo médio de vinte minutos de voo, o “bilhete” custará, aproximadamente US$ 450 mil (cerca R$ 2,4 milhões) e até agosto já contava com uma lista de, no mínimo, 600 interessados.
Foto Destaque: Unity 21 - VSS. Reprodução/Virgin Galactic.