De acordo com a ciência das cores, existem cerca de 10 milhões de cores visíveis a olho nu espalhados pelo planeta e, mesmo diante desta explosão de tonalidades, um grupo de cientistas estadunidenses acaba de descobrir um novo tom de azul-esverdeado para compor a imensamente variada paleta de cores, mas esta nova cor só é possível de ver por meio de equipamentos científicos e lasers.
Para a obtenção do resultado, o estudo buscou controlar a atividade fotorreceptora do olho humano, célula por célula.
Entenda o processo da cor “olo”
A nova cor com alta saturação recebeu o nome de “olo”, e a informação da revista Science Advances, responsável pela publicação do estudo, é de que não é possível visualizá-la pela visão natural, ou seja, a olho nu.
O seguinte método foi usado: as células da retina responsáveis pela conversão da luz em sinais elétricos, interpretada como visão pelo cérebro, são estimuladas por meio de lasers. A este processo capaz de revelar novas cores, os cientistas o denominaram de Oz. Parece complexo, mas de forma bem simplificada, acontece assim: o "olo" é visto quando a retina é estimulada por esses lasers. Eles afirmam que o método gera cores desconhecidas, nunca vistas e extremamente saturadas. A revista publicou o estudo no último dia 18.
O fenômeno curioso é acompanhado por profissionais de oftalmologia do mundo afora, que reagem à descoberta. No Brasil, o Dr. Luis Claudio Guillaumon usou a sua rede social para fazer uma indagação: “Você já viu uma cor que não existia na natureza?”.
Postagem sobre a cor "olo" (Foto: reprodução/Instagram/@dr.luisguillaumon)
Entenda a dinâmica das cores
As 10 milhões de cores existentes na natureza citadas nesta matéria, tratam-se apenas de números estimativos, pois cada um vê o mundo de uma maneira distinta com suas interpretações e limitações.
Segundo os cientistas, os seres humanos podem ver, aproximadamente, mil níveis de claro e escuro, 100 níveis de vermelho a verde e 100 níveis de amarelo a azul. Ao multiplicar estes dados, chega-se ao resultado de 10 milhões de cores.
Foto Destaque: Experimento científico (Reprodução/Pixabay)
