Nos últimos 12 meses os celulares sofreram, em média, um aumento de 30% nos preços, devido a inflação. Dispositivos que antes custavam R$ 800, agora não são menos de R$ 1 mil. Com os aparelhos cada vez mais necessitados no dia a dia, a solução para grande parte dos brasileiros foi investir em dispositivos usados.
A desvalorização do real é um dos fatores responsáveis pelo aumento, assim como a subida do valor dos fretes internacionais, principalmente na China, e escassez de componentes na indústria. Até o momento, não há previsão para quando essa situação será resolvida.
Segundo Ricardo Moura, consultoria GFK, não há mais perspectiva de melhoria para o ano de 2021, a situação deve se prolongar até 2022. "A produção dos componentes é global, não tem como fugir desse cenário de aumento de preço e da variação do dólar também.", acrescenta ele.
A pandemia influenciou ainda mais a compra de smartphones. Reprodução: cottonbro/Pexels
Para muitos brasileiros, a vantagem dos celulares usados é a possibilidade de comprar aparelhos mais equipados por um preço menor.
A Yesfurbe, plataforma de venda de celulares seminovos, diz ter dobrado as vendas durante a pandemia. "O desafio foi manter o estoque carregado para atender toda a demanda", diz Danilo Alberto, sócio-diretor da plataforma.
Caso você esteja cogitando economizar com um dispositivo usado ou seminovo, aqui vão algumas dicas para melhor aproveitamento de sua compra:
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1- Preste atenção ao design, tome cuidado com celulares quebrados ou trincados. De preferência, procure deixar seu celular sempre protegido com uma capinha apropriada.
2- Cuidado com aparelhos básicos muito antigos. Geralmente modelos assim costumam ter o preço mais baixo, porém, mesmo em bom estado de conservação, aparelhos antigos correm mais risco de apresentarem problemas irreversíveis. É comum que esse tipo de celular não possua suporte às novas versões de sistemas operacionais, tanto iOS quanto Android, o que pode dificultar a vida do usuário.
3- Não adianta economizar se o produto adquirido não é de qualidade. Sendo assim, evite celulares com apenas 1 GB de memória, pois esses possuem processamento fraco, podendo apresentar lentidão e travamentos recorrentes. Aparelhos a partir de 4 GB de memória ram já são suficientes para obter um bom desempenho.
4- Tire todas suas dúvidas com o vendedor, sempre que possível peça fotos. Design, câmera, microfone, saúde da batéria, portas de entrada, etc. Ateste a qualidade de tudo e caso seja uma compra presencial, faça testes de todas as funções do celular antes da compra.
Caso a compra seja virtual, importante conferir feedbacks de clientes antigos para garantir segurança contra fraudes.
Foto destaque: Altos preços de celulares aumentam demanda por dispositivos usados. Reprodução: Karolina Grabowska/Pexels