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Altos preços de celulares aumentam demanda por dispositivos usados

Como consequência da inflação, o preço de aparelhos celulares aumentou cerca de 30%. Com o celular sendo considerado peça chave na rotina, muitas pessoas escolhem economizar comprando dispositivos usados.

22 Set 2021 - 21h00 | Atualizado em 22 Set 2021 - 21h00
Altos preços de celulares aumentam demanda por dispositivos usados  Lorena Bueri

Nos últimos 12 meses os celulares sofreram, em média, um aumento de 30% nos preços, devido a inflação. Dispositivos que antes custavam R$ 800, agora não são menos de R$ 1 mil. Com os aparelhos cada vez mais necessitados no dia a dia, a solução para grande parte dos brasileiros foi investir em dispositivos usados.

A desvalorização do real é um dos fatores responsáveis pelo aumento, assim como a subida do valor dos fretes internacionais, principalmente na China, e escassez de componentes na indústria. Até o momento, não há previsão para quando essa situação será resolvida.

Segundo Ricardo Moura, consultoria GFK, não há mais perspectiva de melhoria para o ano de 2021, a situação deve se prolongar até 2022. "A produção dos componentes é global, não tem como fugir desse cenário de aumento de preço e da variação do dólar também.", acrescenta ele.


A pandemia influenciou ainda mais a compra de smartphones. Reprodução: cottonbro/Pexels


Para muitos brasileiros, a vantagem dos celulares usados é a possibilidade de comprar aparelhos mais equipados por um preço menor. 

A Yesfurbe, plataforma de venda de celulares seminovos, diz ter dobrado as vendas durante a pandemia. "O desafio foi manter o estoque carregado para atender toda a demanda", diz Danilo Alberto, sócio-diretor da plataforma. 

Caso você esteja cogitando economizar com um dispositivo usado ou seminovo, aqui vão algumas dicas para melhor aproveitamento de sua compra:

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1- Preste atenção ao design, tome cuidado com celulares quebrados ou trincados. De preferência, procure deixar seu celular sempre protegido com uma capinha apropriada.

2- Cuidado com aparelhos básicos muito antigos. Geralmente modelos assim costumam ter o preço mais baixo, porém, mesmo em bom estado de conservação, aparelhos antigos correm mais risco de apresentarem problemas irreversíveis. É comum que esse tipo de celular não possua suporte às novas versões de sistemas operacionais, tanto iOS quanto Android, o que pode dificultar a vida do usuário.

3- Não adianta economizar se o produto adquirido não é de qualidade. Sendo assim, evite celulares com apenas 1 GB de memória, pois esses possuem processamento fraco, podendo apresentar lentidão e travamentos recorrentes. Aparelhos a partir de 4 GB de memória ram já são suficientes para obter um bom desempenho.

4- Tire todas suas dúvidas com o vendedor, sempre que possível peça fotos. Design, câmera, microfone, saúde da batéria, portas de entrada, etc. Ateste a qualidade de tudo e caso seja uma compra presencial, faça testes de todas as funções do celular antes da compra.

Caso a compra seja virtual, importante conferir feedbacks de clientes antigos para garantir segurança contra fraudes.

 

Foto destaque: Altos preços de celulares aumentam demanda por dispositivos usados. Reprodução: Karolina Grabowska/Pexels 

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