Na noite desta quinta-feira (03), o tribunal constitucional da Coreia do Sul validou o impeachment contra o presidente Yoon Suk-yeol após tentativa de declarar lei marcial em dezembro de 2024, afastando-o permanentemente do cargo.
O processo de impeachment do ex-presidente começou no dia 04 de dezembro de 2024, quando seis partidos de oposição apresentaram um projeto de lei à Assembleia Nacional para impeachment do sul-coreano Yoon Suk-yeol, após sua declaração de lei marcial no dia anterior.
Yoon Suk-yeol no tribunal de justiça de Seul (Foto: reprodução/KIM MIN-HEE/Getty Images Embed)
A lei marcial, que viola os princípios fundamentais do Estado de direito e do governo democrático, se trata de uma medida que restringe os direitos dos civis e fecha o parlamento, sendo assim, considerada como uma "tentativa de golpe". Yoon Suk-yeol estava sendo investigado judicialmente por insurreição pela lei imposta, podendo ser punido com prisão perpétua ou até mesmo pena de morte.
Reputação de Yoon Suk-yeol
O ex-presidente Yoon Suk-yeol, que assumiu a presidência em maio de 2022, enfrentava crescente desaprovação pública devido a uma série de políticas controversas e acusações de má conduta.
O sul-coreano chegou a ser preso no dia 15 de janeiro deste ano, mas foi solto em março após um tribunal anular seu mandato.
A decisão, anunciada em Seul, mergulha a nação em um período de incerteza e antecipa novas eleições presidenciais, além de promover um impacto econômico, social e político no mundo todo.
Moon Hyung-bae no tribunal da justiça de Seul discutindo sobre impeachment de Yeol (Foto: reprodução/Bloomberg/Getty Images Embed)
Novo presidente
De acordo com a constituição do país, uma nova eleição deverá acontecer em 60 dias. Enquanto isso, o primeiro-ministro Han Duck-soo servirá como presidente interino até que um novo tome posse do cargo.
Este novo impeachment provoca uma instabilidade política da Coreia do Sul, um país que já passou por outros dois processos parecidos, como o impeachment dos ex-presidentes Roh Moo-hyun em 2004 e Park Geun-hye em 2017, que demonstram momentos de intensa turbulência democrática.
Foto Destaque: Ex-presidente da Coreia do sul (Reprodução/Chung Sung-Jun/Getty Images Embed)