Nesta quinta-feira (12), o presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol — que recentemente decretou lei marcial — em discurso, afirmou que não aceitará um novo processo de impeachment contra ele e que enfrentará o que for para que isso não aconteça.
O presidente pretende seguir no cargo
Mesmo em meio a protestos por todo o país e sem o apoio do parlamento, que o ameaça com um novo pedido de impeachment, o presidente deixou claro que não abrirá mão do cargo tão facilmente como muitos imaginaram e que, principalmente, está disposto a lutar por ele com todas as suas forças.
Entenda o caso
No último dia 03, o presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, surpreendeu seu país e a comunidade internacional ao decretar uma lei marcial, lei essa que limitaria os direitos civis e restringiria o poder ao Estado. Em um cenário de alto índice de rejeição entre seus governados e segundo ele, iminentes ameaças comunistas contra seu regime democrático, o presidente sul-coreano em um ato de desespero decretou lei marcial no país.
Horas depois, após duras críticas do parlamento e incontáveis protestos dos populares, o presidente acabou voltando atrás em sua decisão e anulou seu decreto. Ao se justificar, alegou que agiu por desespero no intuito de defender o seu país do regime ditatorial da sua vizinha, Coreia do Norte.
Os enfrentamentos do presidente
Independente de não ter dado continuidade na tentativa de golpe e de ter realizado um pedido público de desculpas, o presidente não se salvou de enfrentar as consequências legais, parlamentares e penais, por suas ações. Na ocasião, a oposição deu início contra ele a um processo de impeachment; Yoon Suk-yeol acabou sendo absolvido após uma manobra política do seu partido no parlamento. Mesmo seguindo no cargo, o presidente segue sob investigação pelo crime de insurreição, no qual tem por pena prevista a morte.
Protestos na Coreia do Sul contra o presidente Yoon Suk-yeol (Foto: reprodução/Jung Yeon-je/ Getty Images Embed)
Com diversos protestos, mesmo sob temperaturas negativas do rigoroso inverno sul-coreano e uma reprovação cada vez maior da população e do parlamento, o presidente terá uma longa e delicada batalha pela frente. Ele lutará não apenas para se manter na presidência do país, mas, principalmente, por defender-se na esfera penal pelo crime de traição à pátria e, consequentemente, sua própria vida.
Foto destaque: Presidente Sul-Coreano Yoon Suk-yeol (reprodução/ Mauro Pimentel/ Getty Images)