A relação entre os irmãos Leandro Roque de Oliveira, o Emicida, e Evandro Roque de Oliveira, conhecido como Fióti, virou um campo de batalha judicial que ganhou um novo destaque: uma tentativa de acordo que não prosperou. O fim da parceria de 16 anos, anunciado em 28 de março de 2025, expôs desentendimentos profundos sobre a Laboratório Fantasma, empresa criada em 2009 para gerenciar a carreira do rapper. O ponto central da discórdia é a proposta de Fióti, que exigiu 50% de tudo o que Emicida produzir pelo resto da vida, algo que o artista recusou de forma firme, levando o conflito para os tribunais.
A proposta que acirrou o conflito
Em 2024, numa reunião com advogados, Emicida tentou selar a paz oferecendo ao irmão 50% de tudo o que foi construído até então na Lab Fantasma — uma oferta que reflete o peso de anos de trabalho conjunto. Fióti, no entanto, não se deu por satisfeito e respondeu com uma demanda ousada: metade dos lucros futuros da carreira do rapper, sem data para acabar. O racha começou a se desenhar em novembro de 2024, quando Emicida tirou Fióti do quadro societário, bloqueou seu acesso às contas da empresa e revogou sua procuração.
A tensão subiu ainda mais com a alegação de que Fióti teria desviado R$ 6 milhões, algo que ele refuta com convicção, dizendo que todas as movimentações foram claras e acordadas. Nas redes, Fióti falou sobre o desgaste de ver o caso exposto, enquanto Emicida criticou o tom exagerado de algumas manchetes, negando usar palavras como “roubo” para descrever a situação.
Pronunciamento do rapper Emicida (Foto: reprodução/Instagram/@emicida)
Justiça mantém o impasse
Fióti recorreu à Justiça para tentar retomar o controle das finanças da Lab Fantasma, apontando um acordo de dezembro de 2024 que, segundo ele, assegurava a gestão conjunta e a divisão igual dos lucros. Ele pediu acesso às contas e o veto a decisões solo de Emicida, mas o juiz Guilherme de Paula Nascente Nunes, da 2ª Vara Empresarial de São Paulo, rejeitou o pedido.
Com Emicida segurando 90% da sociedade contra 10% de Fióti, o rapper segue à frente do negócio enquanto o processo corre em segredo de Justiça.
Foto destaque: Emicida (Reprodução/@emicida/Instagram)