Na Faixa de Gaza, o exército de Israel e o Hamas continuam um confronto que já dura mais de seis meses. Enquanto o conflito ocorre, em outra região crítica, a Cisjordânia, a violência entre colonos judeus e palestinos se intensifica, segundo relatório da ONU. Mais de 700 ataques foram atribuídos aos israelenses e o aumento da truculência na região foi documentado em um relatório da Human Rights Watch (HRW).
Motivo dos confrontos
O aumento dos confrontos na Cisjordânia tem suas raízes na disputa territorial e na presença de assentamentos judaicos em terras palestinas. Segundo o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha), as tensões se acirraram após os ataques sofridos por Israel em 7 de outubro de 2023 em Gaza. No entanto, a onda recente de violência se intensificou quando um menino judeu de 14 anos desapareceu no assentamento israelense de Malachei Hashalom, na Palestina, e seu corpo foi posteriormente localizado.
Esse ocorrido gerou comoção e desencadeou a ação de grupos extremistas e colonos israelenses contra 17 comunidades palestinas, conforme relatado pelo Ocha. Desde o aumento das tensões, a Human Rights Watch (HRW) estima que mais de 1,2 mil palestinos foram deslocados. Com base nos relatos dos moradores das comunidades palestinas afetadas, as pessoas ainda não puderam retornar às suas casas devido às ameaças de morte caso voltem.
Soldados israelenses são destacados após confrontos entre palestinos (Foto: reprodução/Getty Images Embed)
União europeia sanciona grupos
Como resultado, 17 palestinos foram mortos, 400 ficaram feridos e mais de 1,2 mil foram forçados a se deslocar, incluindo 600 menores. Em resposta aos abusos documentados, a União Europeia tomou medidas, sancionando organizações extremistas israelenses, como Lehava e Hilltop Youth, juntamente com quatro colonos individualmente. Essas sanções incluem a proibição de entrada na UE e o congelamento de bens dessas entidades e indivíduos, marcando um esforço para responsabilizar aqueles envolvidos em violações de direitos humanos na região. Em 12 abril a UE também impôs sanções a membros do Hamas e da Jihad islâmica por "violência sexual generalizada" realizadas durante os ataques de 7 de outubro.
Foto Destaque: foto de Jerusalém (Reprodução/Getty Images Embed)