As tensões políticas nas Filipinas atingiram um novo patamar neste sábado (23), quando a vice-presidente Sara Duterte, fez uma declaração perturbadora. Durante uma entrevista, ela afirmou que ordenaria a morte do presidente Ferdinand Marcos Jr., sua esposa Liza Araneta e o presidente da Câmara das Filipinas, Martin Romualdez, caso fosse assassinada. A ameaça gerou uma resposta rápida do governo, que tratou o episódio como uma grave questão de segurança nacional e iniciou uma investigação sobre a veracidade da declaração.
Governo vê ameaça como questão de segurança nacional
Em resposta à fala de Duterte, o conselheiro de Segurança Nacional, Eduardo Ano, destacou que todas as ameaças ao presidente seriam tratadas com extrema seriedade. O governo prometeu colaborar com as autoridades policiais e de inteligência para investigar a ameaça. O Gabinete de Comunicações Presidenciais informou que, caso as evidências comprovem a veracidade da ameaça, podem ser tomadas medidas legais, incluindo o possível processo contra a vice-presidente.
Vice-presidente Sara Duterte faz ameaça de assassinato contra o presidente, gerando crise política e reação das autoridades de segurança (Vídeo: reprodução/Youtube/InfoMoney)
Ruptura entre as famílias Duterte e Marcos se agrava
A declaração de Duterte, se coloca em um contexto de crescente tensão entre ela e Marcos, após a dissolução da aliança política que os elegeu em 2022. A vice-presidente, filha do ex-presidente Rodrigo Duterte, tem criticado o governo atual, acusando-o de incompetência, e recentemente envolveu-se em disputas com membros do Congresso.
A crise também é alimentada por acusações de corrupção, com o episódio também ocorrendo no contexto de uma polêmica envolvendo a transferência de seu chefe de gabinete para a prisão, acusado de obstruir investigações sobre o uso indevido de recursos públicos.
Foto destaque: Marcos, junto com Sara Duterte, posa para fotos após tomar posse como presidente (Reprodução/Ezra Acayan/Getty Images Embed)