O presidente Jair Bolsonaro (PL) gastou cerca de R$ 780 mil em verba pública durante sua viagem para o Guarujá, no litoral de São Paulo no feriado do Carnaval de 2022. O jornal O Globo solicitou a informação, que foi possível através da Lei de Acesso à Informação (LAI). Todas as despesas com passagens de avião, transporte terrestre e diárias totalizaram R$ 783.394,17, que foram pagas com o cartão corporativo.
A viagem de Bolsonaro durou cinco dias, tendo início no dia 26 de fevereiro e finalizando até o dia 2 de março. Ele estava acompanhado do deputado federal Hélio Lopes (PL-RJ) e ficou hospedado no Forte dos Andradas. Bolsonaro andou de jet ski, passeou por três praias e foi até a cidade de Praia Grande, compartilhando tudo nas redes sociais, como seu Facebook, Twitter e Instagram, sobretudo nos lugares onde encontrava apoiadores.
Presidente durante a viagem, andando de jet ski (Foto: Reprodução/Twitter)
Durante a viagem, o presidente pegou crianças no colo e tirou foto com vários apoiadores, sem o uso de máscara facial. Uma grade foi montada na praia pela segurança do presidente, para que as pessoas pudessem falar com Bolsonaro.
A Secretaria-Geral da Presidência da República, que forneceu essas informações, destacou que os valores podem sofrer alguma alteração, caso haja atualizações, devido a prestação de contas.
Os detalhes dos gastos, entretanto, não foram informados, pois, segundo a Secretaria-Geral, poderiam colocar em risco a segurança do presidente e seus familiares. Isso é possível através do artigo 24 da LAI, que diz:
“As informações que puderem colocar em risco a segurança do presidente e vice-presidente da República e respectivos cônjuges e filhos(as) serão classificadas como reservadas e ficarão sob sigilo até o término do mandato em exercício ou do último mandato, em caso de reeleição”.
Na época da viagem, Bolsonaro sofreu várias críticas por tirar folga em meio à guerra entre a Rússia e a Ucrânia, já que, naquele momento, vários brasileiros relatavam dificuldades e pediam ajuda para sair do território ucraniano.
Foto Destaque: Jair Bolsonaro (PL). Reprodução/Divulgação/Marcos Correa