O presidente norte-americano Donald Trump anunciou que o governo da Venezuela aceitou receber em seu país todos os migrantes venezuelanos que se encontram morando irregularmente nos Estados Unidos, incluindo membros da facção criminosa conhecida como “Tren de Aragua”. De acordo com Trump, a administração venezuelana irá se responsabilizar por todos os custos envolvidos no processo de deportação, mas, até o momento, não se sabe se já existe um acordo formal entre ambos os países.
Antecedentes
Na última sexta-feira (31), o presidente venezuelano Nicolás Maduro fez uma declaração otimista sobre as relações bilaterais com o país norte-americano, afirmando que há um novo começo nas relações entre Estados Unidos e Venezuela. Essa declaração foi dada após o enviado especial dos Estados Unidos, Richard Grenell, ter ido a Caracas para participar de uma reunião com o presidente Nicolás Maduro, e a libertação de seis cidadãos dos Estados Unidos que estavam presos na Venezuela.
Richard Grenell (em pé, de camisa branca) aparece em foto com os prisioneiros americanos libertados (Foto: reprodução/Instagram/@unfiltered.politics)
“Estamos no processo de expulsar um número recorde de estrangeiros ilegais de todos os países, e todas estas nações aceitaram o retorno dos estrangeiros ilegais.”, segundo Grenell.
As relações diplomáticas entre Estados Unidos e Venezuela estavam rompidas desde 2019, quando o primeiro mandato de Trump reconheceu o candidato da oposição Juan Guaidó como presidente interino, no lugar de Maduro. Esse novo encontro marca um recomeço nas relações bilaterais entre ambos os países, o que o presidente venezuelano chamou de “agenda zero”.
Medida visa colocar em prática a política de deportações em massa
Na última quarta-feira (29), o governo de Trump encerrou o status de proteção temporária que era concedido a mais de 600 mil migrantes venezuelanos em situação irregular no país americano. Esse status fornecia abrigo temporário a esses migrantes. Para que a política de deportação em massa de Donald seja, de fato, eficaz, ele precisa de acordos com países da América Latina para que o recebimento dos deportados seja concretizado.
Foto destaque: presidente da Venezuela Nicolás Maduro (Reprodução/Reuters)