O governo de Donald Trump revogou nesta quarta-feira (29) a extensão do Status de Proteção Temporária (TPS) para venezuelanos, medida adotada por Joe Biden pouco antes de deixar o cargo. Com a decisão, mais de 600 mil venezuelanos perderão o direito de viver e trabalhar nos Estados Unidos. A medida faz parte de uma série de ações de Trump para endurecer as políticas de imigração no país.
Revogação do TPS e críticas ao governo Biden
A revogação do TPS foi anunciada pela secretária do Departamento de Segurança Interna (DHS), Kristi Noem, em entrevista à Fox News. Ela criticou a decisão do governo Biden de estender a proteção até 2026, dizendo que os americanos querem mais segurança nas suas comunidades. A prorrogação havia sido estabelecida em janeiro, devido à crise humanitária na Venezuela. Noem afirmou que, com a ordem executiva assinada por Trump, o governo interrompeu essa extensão, destacando a necessidade de avaliar a situação de cada imigrante de acordo com as leis do país. Ela argumentou que a medida de Biden enfraqueceu a segurança nacional ao permitir que imigrantes continuassem no país sem um processo de avaliação adequado.
Kristi Noem durante uma cerimônia na Casa Branca (Foto: reprodução/Chip Somodevilla/Getty Images Embed)
Trump reverte políticas migratórias de Biden e intensifica operações
Trump tem trabalhado para desfazer várias políticas migratórias do governo Biden desde que assumiu a presidência. Além de revogar o TPS para os venezuelanos, o governo também terminou com a permissão de permanência para imigrantes de Cuba, Haiti e Nicarágua que tivessem patrocinadores nos EUA. Além disso, Trump reativou o polêmico programa "Fique no México", que exige que imigrantes aguardem do lado mexicano enquanto seus processos de imigração são avaliados.
O governo Trump também intensificou as operações de busca e prisão de imigrantes ilegais, visando principalmente aqueles com antecedentes criminais. A retórica de Trump, que tem sido criticada por defensores dos direitos dos imigrantes, continua a se concentrar em combater gangues e cartéis, reforçando sua agenda anti-imigração.
Foto destaque: Donald Trump participa de uma reunião em Nova York (Reprodução/Saul Loeb/AFP/Getty Images Embed)