Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos, e Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, discutiram na noite de sábado (14) os recentes incidentes na Síria e sobre a situação dos reféns israelenses que estão em poder do grupo Hamas, desde o início do conflito na Faixa de Gaza em outubro de 2023.
O presidente eleito dos Estados Unidos afirmou na última semana que, caso os reféns israelenses que continuam sob posse do Hamas não forem libertos até sua posse, o grupo iria sofrer consequências severas. No encontro deste sábado, Netanyahu confirmou que não tem interesse em um conflito contra a Síria.
“Não temos interesse em conflito com a Síria”
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reafirmou em conversa com Donald Trump que o país não tem interesse em iniciar um conflito contra a Síria e que as ações militares dos israelenses em território sírio foram pontuais para frustrar a tentativa de tomada do poder pelos, segundo Netanyahu, elementos terroristas perto da fronteira com Israel.
Concluir a vitória de Israel
Outro tema da conversa entre Trump e Netanyahu foi a situação dos reféns israelenses, que continuam sob domínio do Hamas desde outubro de 2023 e a necessidade de acabar com o conflito em Gaza.
Em comunicado, o premiê israelense afirmou que "Tivemos uma conversa muito amigável, calorosa e importante. Discutimos a necessidade de concluir a vitória de Israel”, concluindo que estão sendo feitos muitos esforços para a libertação dos reféns sob domínio do Hamas.
Ameaças de Trump
Donald Trump ameaçou na última semana o grupo Hamas com possíveis retaliações severas dos Estados Unidos caso, até a sua posse, todos os reféns israelenses sequestrados por eles não forem libertos. Os EUA são os principais financiadores de armamentos do exército israelense e são os maiores apoiadores do conflito.
Israel mantém bombardeios na Faixa de Gaza (Foto: reprodução/Abed Rahim Khatib/Anado/Getty Images Embed)
Israel e Síria
Nas últimas semanas, Israel tem realizado uma série de bombardeios ao território sírio, no Iêmen e no Iraque, tendo como alvos milícias armadas aliadas ao Irã. Segundo o governo israelense, os ataques à Síria têm sido pontuais em regiões próximas à fronteira entre os dois países e são para defender a população de judeus que vive próxima à região.
Enquanto Israel faz ataques pontuais na Síria, um acordo de cessar-fogo foi assinado por Israel e o Hezbollah no final de novembro, após diversos bombardeios israelenses ao Líbano, país que abriga o grupo.
Na Faixa de Gaza o conflito continua com a tentativa de libertar os reféns que continuam sequestrados pelo Hamas. Até o momento, mais de 43 mil palestinos morreram em Gaza com a destruição quase que total das residências, hospitais e escolas no local pelo exército de Israel.
Foto Destaque: Donald Trump e Benjamin Netanyahu conversaram sobre os conflitos no Oriente Médio (Reprodução/Amos Ben-Gershom (GPO)/Handout/Anadolu/Getty Images Embed)