O caso de difamação envolvendo Donald Trump e a jornalista e escritora E. Jean Carroll ganhou mais um capítulo nesta sexta-feira (08). O ex-presidente dos Estados Unidos recorreu do veredicto determinado pela justiça em 26 de janeiro e depositou em juízo cerca de US$ 91,63 milhões (R$ 458 milhões).
E. Jean Carroll, escritora que moveu ação contra Trump por estupro (Foto: reprodução/Brendan McDermid/Reuters)
"Excessivo", diz Trump sobre sentença
O processo movido por Carroll teve início em novembro de 2019. Carroll acusa Trump de tê-la difamado cinco meses antes ao negar que tenha estuprado a escritora em uma loja de departamentos Bergdorf Goodman, em Manhattan, em meados da década de 1990. O político alegou que não conhece Carroll, e a acusou de ter inventado a história para inflar as vendas de seu livro.
A quantia determinada na sentença foi maior do que a pedida por Carroll no início da ação, que era em torno de US$ 10 milhões (R$ 49 milhões). No julgamento de janeiro, o júri condenou Trump a pagar US$ 18,3 milhões (R$ 89,96 milhões) em indenizações compensatórias e cerca de US$ 65 milhões (R$ 320 milhões) em danos punitivos. O valor depositado em juízo pelo ex-presidente segue a determinação do tribunal de que, em casos de recurso, uma das partes pague 110% do valor da sentença.
Ex-presidente enfrenta briga multimilionária
Essa não é a única batalha que Trump está enfrentando na justiça. O empresário também foi condenado em um caso de fraude civil e precisará desembolsar US$ 454 milhões (R$ 2,26 bilhões) até 25 de março.
Trump propôs o pagamento em juízo de US$ 100 milhões. A procuradora-geral Letitia James, que apresentou o caso à justiça de Nova York, refutou a oferta, argumentando que o depósito deve ser feito no valor integral da sentença.
Enquanto promove sua campanha para a eleição presidencial desse ano, Donald Trump ainda enfrenta quatro julgamentos criminais.
Foto Destaque: O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Reprodução/Marco Bello/Reuters)