De acordo com funcionários que trabalham na limpeza do rio Tietê, em São Paulo, 13 corpos já foram encontrados no fundo do rio só em 2023. Alguns dos cadáveres estavam amarrados por cordas e outros já estavam em estado de decomposição.
Ivalda Aleixo, diretora do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), comentou que seu departamento ainda não recebeu nenhum caso até o momento. Os casos em que existem sinais de violência geralmente são encaminhados para o DHPP, mas Ivalda falou o possível motivo de ainda não ter recebido nenhum desses casos.
“A morte suspeita não é encaminhada num primeiro momento para o DHPP, porque se faz um primeiro levantamento no distrito da área. Menos de 6 meses é pouco provável que chegue alguma coisa, é de 6 meses para frente”, disse Ivalda.
Treze corpos foram encontrados no rio Tietê só esse ano (Foto: Willian Moreira/Agência Estado)
É difícil saber de onde estão vindo esses cadáveres, já que podem ter sido jogados em outros lugares e pararam ali ou também podem ter sido jogados diretamente no rio Tietê. Ainda segundo Ivalda, existe uma certa probabilidade de que alguns dos corpos encontrados sejam de vítimas do "tribunal do crime".
O Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee), responsável pela limpeza do rio, soltou uma nota nos últimos dias informando que, quando algum cadáver é encontrado durante o processo de limpeza, a empresa liga imediatamente para o Corpo de Bombeiros e para a Polícia Militar para que façam a remoção do corpo. A Daee informa também que não possui participação alguma nesse tipo de procedimento.
Na última terça-feira (2), o cadáver de um homem de 61 anos foi encontrado no rio Tietê, no município de Buritama. De acordo com os bombeiros, Assilon Pereira da Silva estava navegando em um barco quando caiu na água e morreu afogado.
Foto Destaque: Rio Tietê. Michela Brígida/Folha de Alphaville