Há cerca de um mês atrás, Jessica Barraza, 38 anos, uma funcionária da fábrica da Tesla em Fremont, Califórnia, relatou que após ela fazer denúncias de assédio sexual, a empresa desativou o e-mail para onde as importunações eram relatadas. A funcionário informou que era assediada “quase diariamente” durante os três anos que trabalhou na montadora de carros. Informou também que frequentemente escutava assobios e toques inadequados.
Jessica relatou que no dia 28 de setembro quando trabalhava no período noturno, um homem se aproximou por trás e colocou a perna entre suas pernas. Ela conseguiu se desvencilhar enquanto ele ria da situação. Acontece que antes de ela procurar as autoridades, Jessica conversou com os recursos humanos, mas eles preferiram ignorar o caso e desativar o e-mail.
Jessica afirmou que: “A fábrica da Tesla parece mais um canteiro de obras arcaico e tosco ou uma casa de fraternidade do que uma empresa de vanguarda no coração da progressiva Baía de São Francisco.”
Por fim, Jessica informou que a Tesla exige que seus funcionários assinem um acordo arbitrários, onde são proibidos de levarem seus problemas aos tribunais.
Tesla passa por novos processos. (Foto: Reprodução/dpa/AFP)
Depois do processo de Jessica Barraza, outras seis funcionárias e ex-funcionárias fizeram queixas separadas para acusar Tesla. As seis mulheres alegaram que existe uma cultura de assédio sexual na fábrica da Califórnia e outras instalações. As queixas foram feitas na terça-feira (14) no Tribunal Superior do Condado de Alameda. As mulheres disseram que eram submetidas por seus colegas de trabalho e supervisores avanços indesejados, vaias, contato físico, comentários explícitos sobre seus corpos e discriminação durante o trabalho.
Uma das mulheres que processou Tesla, Jessica Brooks, alegou que foi assediada logo em seu primeiro dia de orientação na montadora. Ela disse que no seu primeiro dia, um supervisor disse a seus subordinados para “verificar a nova garota”. Brooks afirma que reclamou da situação com o RH da empresa, mas eles apenas mudaram ela para uma parte diferente da fábrica ao invés de abordar a situação. Jessica Brooks contou ao O Washington Publicar: “Eu estava tão cansada da atenção indesejada e dos machos boquiabertos que comecei a criar barreiras ao meu redor apenas para que pudessem obter algum alívio. Isso foi algo que eu achei necessário apenas para poder fazer meu trabalho.”
A maioria das sete mulheres que processaram a empresa relacionou o abuso que sofreram ao comportamento do CEO Elon Musk. Umas das denúncias relatou: “Ele fazia 69 ou 420 piadas... O que tornava os técnicos ainda piores.”
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Já não é a primeira vez que a Tesla sofre por processos judiciais, isso porque em outubro deste ano, o Tribunal Federal ordenou que a Tesla pagasse US $ 137 milhões a um trabalhador negro que disse que sofreu abusos racistas diários na fábrica da empresa em Fremont. A empresa apenas disse: “Continuamos a crescer e melhoras a forma como tratamos as preocupações dos funcionários. Ocasionalmente, erramos e, quando isso acontece, devemos ser responsabilizados.”
Foto Destaque: Empresa Tesla. Reprodução/Kevin McGovern/Shutterstock