O presidente do Irã prometeu retaliar o ataque promovido por Israel contra uma embaixada iraniana na Síria no início deste mês (01), que matou sete membros da Guarda Revolucionária do Irã, entre eles, um general.
Na quarta-feira (10), o líder supremo Ali Khamenei, abordou a ação israelense em um discurso e prometeu vingança. "Quando o regime sionista ataca um consulado iraniano na Síria, é como se tivesse atacado o solo iraniano. O regime maligno cometeu um erro e deve ser punido. E será", disse Khamenei.
Irã supera Israel em número de militares
De acordo com o levantamento realizado pelo Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS, na sigla em inglês), atualizado em fevereiro de 2023, o Irã possui o segundo maior número de soldados no Oriente Médio, com cerca de 650 mil em seu efetivo. O país perde apenas para o Egito, que possui cerca de 835,5 mil militares.
O contingente militar iraniano abriga 190 mil combatentes na guarda, uma divisão importante das forças armadas do país. Por outro lado, Israel possui 177,5 mil combatentes, distribuídos entre Exército, Marinha, Aeronáutica e outras forças. Entretanto, esse número não inclui reservistas, convocados em caso de conflito.
Com um contingente inferior ao do Irã, Israel tem como diferencial a posse de bombas nucleares. Por mais que o governo israelense não reconheça a presença de bombas no país, a Federação dos Cientistas Americanos (FAS) afirma que Israel é o único país da região que dispõe de armamento nuclear.
De acordo com um relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) obtido pela Agência France-Presse em 2023, o Irã tem enriquecido urânio a um nível que se aproxima do necessário para produzir uma bomba nuclear. No entanto, não há evidências de que o país tenha armas nucleares.
Manifestantes iranianos protestaram contra ataque de Israel (Foto: reprodução/NurPhoto/Getty Images embed)
Reações de outros países
A Casa Branca reconheceu nesta sexta-feira (12) a veracidade de um ataque direto do Irã ao território israelense.
"Continuamos considerando que a ameaça potencial do Irã neste caso é real, é viável", declarou John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional. Quando questionado por jornalistas, Kirby não respondeu se os Estados Unidos ajudariam a derrubar mísseis iranianos disparados contra Israel.
Na imprensa americana, o jornal The Wall Street Journal noticiou que Israel pode esperar a retaliação prometida pelo governo iraniano ainda neste final de semana. O sinal de GPS está bloqueado em algumas regiões de Israel, a fim de evitar a ação de mísseis ou drones.
Alguns países do continente europeu, como Reino Unido, França, Polônia, Alemanha e Rússia, orientaram a população a evitarem viagens para a região.
Foto Destaque: ataque israelense acarretou série de protestos no Irã (Foto: reprodução/Morteza Nikoubazl/Getty Images)