As chuvas fortes, que duraram mais de 17 horas, ocasionaram na morte de 6 pessoas, entre elas um jovem de 21 anos, na tarde desta sexta-feira (3). Segundo um levantamento da Defesa Civil, houve mais de mil chamados para quedas de árvores na região metropolitana, dois chamados para enchentes e 46 para desabamento/desmoronamento. Os seis óbitos estão relacionados justamente às causas da chuva, como queda de árvores, muros e paredes.
As rajadas de vento chegaram a 151 km/h na região de Santos e, ainda de acordo com a Defesa Civil, várias quedas de árvores por todo estado causaram muitos estragos, como uma morte na cidade de Suzano, duas mortes na Zona Leste de São Paulo e uma morte na região de Limeira.
Um jovem de 21 anos morreu após uma árvore atingir o veículo onde a vítima estava e um outro óbito aconteceu por causa da queda de uma parede do 18º andar de um prédio em construção na região do Grande ABC, em Santo André. Ao todo, foram registradas 120 quedas de árvores na capital paulista e na região metropolitana. Pouco antes, o Instituto Nacional de Meteorologia havia emitido alerta de tempestades para diversas regiões do estado de São Paulo com previsões de chuvas e ventos, de até 100 quilômetros por hora, assim como queda de granizo.
Aeroportos
Por causa das chuvas, o Aeroporto de Congonhas, zona sul de São Paulo, sofreu uma queda de energia no terminal de passageiros e teve que ser fechado após fortes rajadas de vento que teriam causado danos a um hangar. Um avião de pequeno porte parou na pista principal por causa de problemas com o sistema de freios durante a aterrissagem, porém, não houve feridos.
Segundo a concessionária Aena, que administra o aeroporto, os pousos e decolagens da pista principal ficaram suspensos por cerca de uma hora, quando a situação foi normalizada. Diante da instabilidade, 12 voos foram cancelados e 14 desviados para outros aeroportos.
Já em Guarulhos, a concessionária GRU Airport não registrou nenhum dano por causa do temporal. No entanto, sete voos foram alternados para outros aeroportos por causa das condições do tempo e, no começo da noite, o aeroporto internacional funcionava normalmente para pousos e decolagens.
Avião que saiu da pista na tarde desta sexta-feira (03), no aeroporto de Congonhas, Zona Sul de São Paulo (Foto: Reprodução/Acervo pessoal do G1)
Falta de energia
Já são mais de 20 horas sem energia na capital paulista. O abastecimento de água também está comprometivo, após danos provocados pelas fortes chuvas, as regiões mais afetadas foram as zonas Sul e Oeste. A companhia de distribuição de energia, Enel, disse que reforçou as equipes em campo, nos canais de atendimento e no centro de controle, mas que ainda não há um prazo para voltar à normalidade.
A Enel é uma empresa privada que atua no ramo de geração e distribuição de eletricidade e gás que atende a 24 municípios da região metropolitana de São Paulo, incluindo a capital paulista.
Posicionamento oficial da Enel nas redes sociais (Foto: Reprodução/Twitter (X)/EnelClientesBR)
Previsão para os próximos dias
Durante o decorrer deste sábado (4), o céu estará com poucas nuvens e essa frente fria que atingiu São Paulo será rápida, deixando o final de semana sem previsão de novos temporais. Neste domingo (5), o sol deve predominar ao longo do dia e não há previsão de chuva. As temperaturas variam entre mínima de 13ºC na madrugada e a máxima deve atingir 26°C nas primeiras horas da tarde.
Foto destaque: Temporal em São Paulo deixa 6 mortos e provoca alagamentos e até chuva de granizo (Reprodução/Julio Zerbatto/MyPhoto Press/Estadão Conteúdo)