O meteorologista da Nottus, Alexandre Nascimento, esclareceu à CNN Brasil, que o país não deve voltar a registrar nas próximas semanas ondas de calor. Como vem ocorrendo nas últimas semanas em diversos estados brasileiros. Em entrevista neste sábado (30), o meteorologista disse que a "onda de calor que nos pegou durante a segunda quinzena de setembro já perdeu completamente a intensidade e, pelo menos nas próximas semanas, não deve voltar”.
Homem se refrescando com sorvente (Foto:Reprodução/Folhapress/Rubens Cavallari)
“Já estamos com sistemas de baixa pressão – as frentes frias – começando a se deslocar pelo país. Tivemos durante a semana o retorno das chuvas em diversas áreas do Brasil central. Isso é um indício que a primavera meteorológica começa a dar seus primeiros passos”, acrescentou Alexandre.
Frente fria na região Sul, Sudeste e Centro-Oeste
De acordo com a MetSul, uma frente fria deve provocar chuvas nessas três regiões brasileiras,l neste final de semana.
“Os maiores volumes de chuva trazidos por esta frente no Centro-Sul do Brasil tendem a ocorrer no Paraná e em diferentes áreas do Sudeste do Brasil com acumulados de 30 mm a 50 mm em diversas localidades. Estes volumes mais altos vão se dar no Leste paranaense, interior de São Paulo e no Centro-Sul de Minas com caráter isolado.”
Influência do El Niño
No passar do mês de outubro, o El Niño continuará interferindo o clima global e principalmente o do Brasil. Este evento já é considerado forte e o fenômeno atuará durante toda a primavera de 2023 e o verão de 2023/24. Os principais centros de monitoramento do clima global apontam que o El Niño enfraqueça somente durante o outono do próximo ano.
Os principais efeitos do El Niño em no próximo mês será o aumento da chuva sobre a Região Sul e diminuição da chuva sobre o Norte e o Nordeste do país. Esses dois aspectos são bastante preocupantes diante aos volumes recordes de chuva que aconteceram durante o inverno no Rio Grande do Sul e da situação dramática que começa a se desenhar sobre o Amazonas e outros estados da Região Norte que estão enfrentando o chamado "verão amazonense", período de extrema secura na região, com vários rios importantes com níveis abaixo do esperado para época do ano. Como vem acontecendo no Rio Negro.
Foto destaque: Termômetro de madeira de rua - Reprodução: VladisChern/Shutterstock