O ex-presidente Jair Bolsonaro foi julgado e condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a oito anos de inelegibilidade. O julgamento, que durou oito dias, teve início no dia 22 de junho e só foi definido na última sexta-feira (30).
Após o parecer da justiça, Bolsonaro ainda sinalizou temer uma nova ação de busca e apreensão semelhante a que ocorreu em maio desse ano em sua casa em Brasília. O ex-militar declarou “Ninguém sabe o que vem desses inquéritos”, fazendo referência às investigações das quais é alvo desde agosto de 2021, quando começou a colocar a legitimidade do sistema eleitoral brasileiro à prova.
O julgamento do ex-presidente durou oito dias e a maioria votou a favor da condenação (Foto/Reprodução TSE)
O ex-ministro da casa civil, Walter Braga Netto, ex-vice-presidente da chapa de Jair Bolsonaro, também foi colocado sob julgamento pelo TSE, porém, foi absolvido por unanimidade nos votos.
Cada um dos sete ministros da Corte se posicionou da seguinte forma:
Benedito Gonçalves, relator: pela condenação;
Raul Araújo: pela absolvição;
Floriano de Azevedo Marques: pela condenação;
André Ramos Tavares: pela condenação;
Cármen Lúcia: pela condenação;
Nunes Marques: pela absolvição;
Alexandre de Moraes: pela condenação.
Em contrapartida, os apoiadores do político acreditam que o veredito do TSE pela inelegibilidade de Bolsonaro até 2030 é uma decisão impensada, pois, segundo eles, tal atitude garante holofotes ao estadista pelos próximos anos.
O governador de São Paulo e principal nome cotado para substituir Bolsonaro em 2026, Tarcísio de Freitas, do Republicanos, disse em suas redes sociais que a liderança do ex-chefe de estado como representante da chamada direita brasileira é algo inquestionável e que se conserva, reafirmando assim seu apoio e lealdade ao político que o apoiou durante a última eleição.
Ainda pensando numa campanha de apoio ao ex-militar reformado, parlamentares criaram um projeto de lei para tirá-lo da inelegibilidade e garantir a segurança dos poderes políticos dele. O texto de autoria do deputado Ubiratan (PL) ainda necessita passar por algumas comissões na Câmera dos deputados para saber se seguirá adiante ou não.
Foto destaque: Ex-presidente Jair Bosonaro (Reprodução/instagram)