Nesta quarta-feira (12), veio a falecer o homem suspeito de ter ateado fogo dentro de um ônibus no município de Duque de Caxias, no dia 5 do mês de abril, na Baixada Fluminense.
Após ter 50% do corpo danificado pelas queimaduras, não resistiu aos graves ferimentos e acabou morrendo no Hospital Pedro II, Zona Oeste do Rio de Janeiro, no bairro de Santa Cruz.
"A direção do Hospital Municipal Pedro II informa que o paciente não resistiu e faleceu. O corpo foi encaminhado ao IML", segundo a Secretaria Municipal de Saúde.
Antes disso, no dia 6 de abril uma menina de 4 anos, chamada Heloíse Victoria da Silva Ribeiro, faleceu depois de ter quase 90% do corpo comprometido. A mãe da pequena Heloíse que também estava no ônibus com a filha no momento da tragédia, segue internada no Hospital Caxias D'or, por meio de um coma induzido.
O suspeito pelo atentado havia sido preso em flagrante, porém, a sua prisão acabou sendo convertida para a preventiva. O delegado Flávio Rodrigues, da 60ªDP (Campos Elísios), chegou a descrevê-lo como 'cínico, debochado e indiferente', logo após conversa com o mesmo.
Conforme dito pelo delegado, o depoimento de origem informal foi realizado no próprio hospital, onde o homem afirmou não ser o autor deste crime. No entanto, uma passageira que também foi ouvida pela polícia, contou que viu o instante em que o suspeito do crime entrou no transporte carregando dois galões que emanavam um forte odor de gasolina e continham um líquido escuro dentro.
Larissa e Heloíse, mãe e filha vítimas do ataque. (Foto: Reprodução/O GLOBO)
Ainda de acordo com a testemunha, o suspeito permaneceu calado na maior parte do tempo. Entretanto, iniciou-se um tumulto no veículo, depois disso veio o fogo e o som de um barulho altíssimo. Em seguida todos os passageiros que estavam no local tentaram sair dali de todas as formas possíveis, batendo nas janelas e nas portas do veículo, completamente desesperados.
O homem saiu correndo no minuto exato em que a porta se abriu e as chamas aumentavam de tamanho. A testemunha, então, foi atrás do suspeito enquanto berrava ao máximo que foi ele que havia causado o incêndio, levando as pessoas que passavam na rua conterem o homem até a chegada das autoridades locais.
Como dito pelo próprio motorista do ônibus em depoimento, ele não conseguiu ver quando o incêndio começou já que estava no volante. O ataque acabou deixando três vítimas, contando com Heloíse e sua mãe, Larissa Silvestre da Silva, e Cristiane da Silva Moreira Nascimento que obteve uma leve queimadura na perna direita.
Foto destaque: Ônibus incendiado em Duque de Caxias. Reprodução/O DIA