Um local repleto de destroços do Titanic, a 3.800m de profundidade. Este era o ponto de visitação ao qual o submarino turístico, desaparecido nesta segunda-feira (19), se destinava. A embarcação, que desapareceu no Oceano Atlântico, pertencia a empresa OceanGate Expeditions e levava cinco passageiros, dentre eles está o bilionário cofundador e presidente da Action Aviation, Hamish Harding.
As guardas costeiras dos Estados Unidos e do Canadá estão realizando operações para encontrar o submersível e os turistas. Até então, uma aeronave militar e um navio foram enviados para auxiliar no resgate.
A OceanGate Expeditions, empresa privada responsável pelas expedições ao Titanic, informou em comunicado que está avaliando todas as opções possíveis para trazer os tripulantes em segurança.
“Todo o nosso foco está nos tripulantes do submersível e suas famílias”, afirma OceanGate Expeditions.
A visitação até os restos do navio náufragado há mais de 100 anos, custa US$ 250 mil (R$ 1,19 milhão) por passageiro e tem duração de 8 dias. Esta expedição, que seria a quinta feita pela OceanGate, estava prevista para retornar na próxima quinta-feira, antes de perder o contato.
Turistas desaparecidos
Até o momento, a empresa não confirmou quantos tripulantes estavam no submarino, mas, segundo o governo americano, o número de desaparecidos engloba 5 pessoas, que seria a capacidade da embarcação. Dentre os turistas identificados, está o bilionário britânico Hamish Harding.
No último domingo (18), o empresário, de 59 anos, publicou em suas redes sociais que faria parte da expedição ao Titanic. Na postagem, Harding anunciou que compareceria aos restos do navio como um “especialista” e deu a entender que o clima estava, até então, desfavorável, mas havia melhorado e iriam tentar o mergulho no dia seguinte.
Publicação de Hamish Harding informando sobre a expedição. (Foto: Reprodução/Instagram)
Hamish Harding, ainda finalizou sua publicação informando que voltaria com notícias sobre a expedição, se o clima ameno se mantivesse. O empresário não realizou mais postagens em suas redes, mas seu enteado confirmou pelo Facebook que ele está entre os desaparecidos.
Embarcações com falhas anteriores
O desaparecimento do submersível, contudo, não é o primeiro problema demonstrado pelas embarcações da OceanGate Expeditions.
No ano passado, o repórter David Pogue esteve no submarino “Titan” para uma expedição aos destroços do Titanic e chegou a ficar perdido por duas horas e meia. O jornalista, que já havia tido a visita cancelada duas outras vezes por problemas em uma plataforma ligada ao submarino, informou que o submersível não possui GPS e é orientado por mensagens de texto enviadas de um barco localizado na superfície da água.
Foto destaque: Escombros do Titanic. Reprodução/Blue Marbie Private