Desde o último sábado (07), Israel vem sofrendo com um devastador ataque terrorista organizado pelo grupo Hamas. Ao longo desses últimos dias, mais de 700 mortes de civis e militares foram registradas, além de aproximadamente 120 reféns levados a força pelos soldados do grupo terrorista, o que pode gerar uma resposta violenta por parte de Israel.
Netanyahu é pressionado pela opinião pública
A comoção popular em Israel está sendo misturada com a sensação de angústia dos parentes de desaparecidos pela falta de informações e isso deixou o Primeiro-Ministro, Benjamin Netanyahu, pressionado pela opinião pública.
Netanyahu nunca escondeu sua preferência por bombardeios aéreos, e não ofensivas terrestres, já que esses ataques podem ser altamente devastadores, principalmente em uma área tão povoada como a Gaza, e podem resultar em altas quantidades de óbitos de civis.
Em um vídeo que circula nas redes sociais uma adolescente israelense é levada por radicais e as imagens chocaram o mundo pela crueldade dos terroristas. Diversos relatos de crianças e idosos sendo sequestrados também vêm causando comoção e revolta por todo o mundo.
O sequestro de civis para torná-los reféns mudou completamente a estratégia do primeiro-ministro israelense, e tornou praticamente impraticável a ideia de Netanyahu de percorrer o caminho já feito outras vezes: bombardear, entrar e sair da Faixa de Gaza. O governo israelense corre um sério risco de entrar em uma operação militar longa com o grupo radical Hamas, o que pode custar a vida de muitos civis.
Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. (Foto: Reprodução/REUTERS/BBC)
Relembre ações anteriores do grupo Hamas
Em 2008, foi criada a Operação Chumbo Fundido, logo após mais de 200 foguetes atingirem o sul de Israel, encerrando um cessar-fogo que durava seis meses. Os foguetes foram lançados da Faixa de Gaza. Em 2007, Israel havia se retirado do território de Gaza, que ficou sob o poder do grupo Hamas. Em apenas um dia de ataques aéreos, mais de 200 palestinos foram mortos.
Já em 2014, ocorreu outro ataque terrestre, durante a Operação Margem Protetora, uma campanha militar de aproximadamente 50 dias e iniciada após o sequestro e assassinato de três adolescentes israelenses e a morte de um jovem palestino, que foi queimado vivo.
Foto destaque: Soldados do grupo radical Hamas. Reprodução/REUTERS/BBC