Na última quinta-feira (30), o Secretário Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, expressou preocupação com as condições de saúde enfrentadas por crianças em Gaza. A declaração veio após Guterres se reunir com quatro médicos estadunidenses, que prestaram socorro durante o conflito.
Em postagem no X, o Secretário afirmou estar “profundamente comovido” com os relatos, e reforçou a necessidade de retirada de crianças palestinas que precisam de auxílio médico.
Reunião de António Guterres com médicos voluntários em Gaza (Foto: reprodução/X/@antonioguterres)
Saúde da população palestina
Segundo o Ministério da Saúde em Gaza, desde o início do conflito, em 7 de outubro de 2023, cerca de 111.580 pessoas foram feridas. Além disso, a desnutrição e a propagação de doenças infecciosas também são problemas que afetam a saúde dos moradores.
A falta de infraestrutura básica para atender à população é um dos maiores desafios causados pela guerra. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) destacam que, dos 36 hospitais existentes em Gaza, somente 16 permanecem em funcionamento e com apenas 1.822 leitos, sem condições para realizar tratamentos especializados.
Com a crise no sistema hospitalar, o número de pacientes que precisam de transferências para instituições médicas adequadas é superior a 12 mil.
Cessar-fogo em Gaza
A trégua no confronto entre Israel e Palestina, iniciada no último dia 19, destaca a necessidade de reconstruir o sistema de saúde em Gaza. Em comunicado, a OMS afirmou que está “trabalhando com parceiros para expandir programas de alimentação de bebês e crianças pequenas, aprimorar os esforços de imunização e reforçar os sistemas de vigilância de doenças para prevenção, notificação e gerenciamento de surtos em tempo hábil”.
Ademais, a OMS fez um apelo para que todas as partes envolvidas respeitem o acordo, a fim de uma solução duradoura para o conflito.
Foto destaque: Secretário Geral da ONU, António Guterres (Reprodução/Instagram/@antonioguterres)