O Ministério de Defesa da Rússia divulgou um comunicado nesta segunda-feira (04) no aplicativo de mensagens Telegram, afirmando que a aviação naval de seu país que faz patrulha no Mar Negro destruiu quatro lanchas com soldados ucranianos que estavam indo em direção ao cabo Tarjankut, a oeste da região da Criméia, que é ocupada pela Rússia desde 2014.
Patrulha russa
A Rússia mantém no Mar Negro e no Mar de Azov navios e porta-aviões para defender o território da Criméia, anexado em 2014 da Ucrânia, e para efetuar ataques de mísseis à distância.
Em 30 de agosto, militares russos afirmaram terem destruído quatro navios com cinquenta soldados cada e alguns drones ucranianos na região do Mar Negro. Essa notificação também foi divulgada por agências oficiais russas através do Telegram.
Contraofensiva ucraniana
A contraofensiva ucraniana anunciada em junho pelo presidente Zelensky tem como foco principal a retomada da região da Criméia. No dia 24 de agosto, a Ucrânia afirmou que tropas das operações especiais realizaram uma operação militar na região e hastearam uma bandeira do país de forma simbólica, marcando o dia da independência.
No último sábado (02), Kiev lançou um ataque com drones contra uma ponte que faz a ligação entre a península e a Rússia, porém foram interceptados pelos sistemas de defesa aérea de Moscou.
Navios russos no Mar Negro (Foto: Reprodução/Reuters)
Batalha em Odessa
A Rússia ainda tenta avançar sobre a região de Odessa, cidade importante às margens do Mar Negro, onde há um importante porto onde se escoa os grãos que a Ucrânia exporta para o restante do mundo. É uma importante área de disputa que Moscou tem bombardeado e tenta ocupar desde o início da guerra.
Em agosto, a Rússia colocou fim ao acordo que tinha com a Ucrânia para não atacar navios com cargas de cereais e grãos que saíam da cidade através do porto fluvial de Izmail ou de Odessa, pelo Mar Negro.
Nesta segunda-feira (04), o Ministério da Defesa da Ucrânia afirmou ter derrubado dezessete drones russos ao sul de Odessa, perto do Rio Danúbio. A confirmação veio através do governador da região, Oleg Kiper, através do Telegram; segundo ele, foram três horas e meia de ataques e não houve vítimas civis, apenas pequenos incêndios por conta da queda dos drones.
Foto destaque: Caças MiG-31 com mísseis hipersônicos. Reprodução/X/@deolhonofront